dont be scared. | katsuki b. oc

Curioso

"..."

Desde pequena, sempre soube que nunca iria ser fácil viver no meio de tanta gente difícil e pontual. Cresci aprendendo sobre classe, educação, respeito, acenos, poses, sorrisos... Mas sempre, sempre colocando bons modos em primeiro lugar, acima de tudo e todos. A regra básica é nunca mostrar fraqueza e nem contar suas tristezas. Rir e ser educada, calma e civilizada, ser quieta, nunca pedir ajuda, sempre ajudar os outros.

Seus sentimentos não importam, o que importa, é
Ter
Uma
Boa
Reputação.

"he"
13:32

A maior desvantagem em ser herói, pra mim, é ser gravado em todo canto que você for. Não posso sair pra espairecer, ou até a divertir, e vem gente sem noção encher meu saco com fotos e vídeos. Odeio paparazzi. Um dia me perguntaram para onde eu estava indo e se eu estava indo encontrar alguém, acredita?

Hoje era um feriado qualquer em Musutafu e aqui eu estou, sendo arrastado até um mercado pra comprar cerveja e comida pra passar a tarde. É uma raridade eu ganhar folga (realmente depois que o índice de crime abaixou pra caralho, as coisas começaram a ficar mais frouxas pros heróis), e ainda estou fazendo coisa que eu nem quero.

Kirishima e Deku apareceram em frente a minha casa para simplesmente me obrigar a sair de casa e tomar cerveja na casa de Kirishima. Eles sabem que eu odeio beber em excesso, aqueles dois desgraçados sabem bem disso.

— Kacchan, no que está pensando? — ouvi o Brócolis perguntar do meu lado, e automaticamente formulei uma resposta sincera para ele.

— O quanto odeio você e o Kirishima.

Depois de uns cinco minutos de caminhada, quase desistindo de estar alí – mas completamente arrependido –, chegamos em frente ao mercado, e a primeira coisa que reparei, foi em uma pessoa que não via a anos.

Jason Muler.

Um escroto que tive que aguentar dois anos na UA, ele conseguia ser pior do que eu naquela época – o Mineta também, mas esse inútil não chega a ser comparado a mim –. Falava merda, tinha preconceito com todo mundo que não era como a ele, fazia bullying, cometia racismo, era machista. Fodidamente chato e sequelado. Não sinto falta nem um pouco dele. Eu não sei como ele não foi expulso, o cara era um inútil e ainda fazia coisas horríveis na escola.

Esse merda vivia enchendo meu saco, e o pior de tudo era que ele era da minha sala, são incontáveis as vezes que eu fui pra diretoria por causa dele. Dei graças a Deus quando recebi a notificação que ele saiu da escola logo no último ano, foi o ano mais tranquilo depois que eu entrei na Yuuei (mesmo com os desastres por conta dos vilões horríveis da época).

— Aquele não é o Muler? — Izuku perguntou do meu lado.

Revirei os olhos.

— Infelizmente.

— Vamos lá, Bakugou! Tenho certeza que ele mudou. — incentivou Kirishima, e mais uma vez, eu revirei os olhos, bufando.

Eles não sabiam o quanto ele era escroto, já quem via tudo era eu. Eu saia pra investigar, já que eu achava suspeito o tamanho da... maldade, dele.

Literalmente me arrastaram até ele e chamaram sua atenção, e depois todas aquelas palavras lindas e hamonicas começaram. Fui obrigado a apertar a mão dele, senti vontade de quebra-la e ao mesmo tempo explodi-la, causaria um caos, mas eu sairia de lá com um sorriso ponta a ponta no rosto. Tenho certeza que se eu contasse pros policiais e a justiça todas as coisas que ele fazia, ele com certeza sería preso por uns trinta anos.