Capítulo doze

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Horas depois...

Robby acordava numa cama de hospital reclamando da dor que sentia em todo o seu corpo. Com a reclamação dele, Johnny que estava dormindo na cadeira ao lado acordou num susto e olhou o filho que estava com uma expressão confusa, provavelmente o parte cerebral do Keene que para pra perceber bem as coisas estava acordando.

- Oi, como está se sentindo?- O pai faz carinho no cabelo curto do filho

- Estou bem- Mente, Robby estava com uma baita dor, mas precisava ter uma pergunta respondida antes de se importar com a dor- O que aconteceu comigo? Achei mesmo que eu iria morrer com aquele tiro

- Você desmaiu e quando o Kreese e o Terry estavam se metendo a porrada eu aproveitei e te tirei dali e o truxe para cá- Explica ao filho que estava com uma cara de "entendi"

- Eu achei mesmo que você tinha escolhido proteger o Kreese e não a mim

- Claro que não, o Kreese foi alguém de uma época da minha vida que eu prefiro esquecer

- O que ele te fez?- Robby estava curioso

- Ele também tentou me matar, mas sem a parte do sequestro que você passou, eu nunca colocaria ele no seu lugar

- Você poderia adotar outro herdeiro, garanto que essa idéia passou pela sua cabeça- Sussura esperando que o pai não escute

- Nunca- Johnny revela que escutou o que ele sussurrou- Você acha mesmo que eu iria adotar alguém que me obedeça igual um cachorrinho? Você pode ter todos os seus problemas, se rebelar contra mim em 99% do tempo, mas eu gosto desse desafio e cuidar de você é muito bom- Robby deixou cair uma lágrima, revelando que se emocionou com aquilo

- Você me ama, e o modo de você demonstrar esse amor é me deixando ficar num cativeiro por 5 dias, preso em casa, me obrigando a casar e me batendo- Brinca, o pai ri da brincadeira dele- Enfim, quando eu vou poder ir para casa? Amanhã?- Tenta mudar de assunto, Johnny que o olha com cara de "tá doido?"

- Nem pensar mocinho, o seu quadro não está mais grave, mas você ainda pode estar ou não em perigo. Tem que ficar se recuperando e amanhã os médicos vão fazer uns exames para ver sua saúde já que você não come e nem dorme faz 5 dias enquanto estava lá preso, você vai ficar no mínimo umas duas semanas aqui- Explica, o filho joga a cabeça para trás- Isso vai ser o melhor para você

- Que droga- Não demorou muito para que a atenção de Robby seja tomada pelo seu namorado, Tory e Demetri que estavam esperando na porta- O que estão fazendo aqui?

- Eu liguei para eles, estão a muito tempo sem se falar- Johnny diz- Vou esperar lá fora- Sorri para o filho, saindo do quarto, deixando os quatro sozinhos

- Robby, eu fiquei preocupada quando seu pai ligou e contou o que aconteceu- Tory é a primeira a falar

- Pelo menos você está bem agora- Demetri pronuncia

- Mas eu deveria te bater- Tory olha o amigo- Não sei que pecado você está pagando para toda hora alguém querer te machucar

- Acredite, nem eu sei, claramente joguei pedra na cruz numa vida passada e estou pagando nessa vida

- Vocês podem parar de falar sobre isso- Shawn pede, olhando o namorado- Que bom que está bem, meu príncipe- o Keene sorri para ele

- Eu estava preocupado de não te ver mais- Comenta- Estou falando para os três quando eu digo que tenho muita sorte de os ter aqui comigo agora

- Quase morrer o deixou sentimental- Tory brinca, Demetri dá um tapa leve no seu ombro para ela se comportar- Eu não vou ficar sentimental só por que ele está sentimental também- Explica ao Alexopoulos

Segundos depois, Miguel aparece na porta olhando os quatro e principalmente o Payne segurando a mão do Keene, isso o deixou um pouco triste e enciumado, ele encarou Robby como se pudesse transmitir toda a dor que sente vendo aquela cena através do olhar a Robby.

- É melhor eu voltar quando tiver menos gente- Miguel fala

- Miguel, espera- Robby pede antes que o Diaz fosse embora dali- Nós três temos que conversar

- Vamos esperar no carro, não quero ser cúmplice de nenhum assassinato- Tory puxa Demetri para fora dali, não querendo ser a vela do trisal esquisito e que provavelmente nunca vai existir, Shawn e o Miguel iam tentar se matar todo dia se existisse

Miguel estava de um lado e Shawn do outro, Robby suspirava pesado sabendo que se ele não contasse toda a verdade agora, ele nunca iria ter coragem de falar.

Com um pouco de dificuldade por causa da dor e dos pontos que levou, se sentou na cama olhando Miguel e depois o Shawn.

- Shawn, meu amor- Robby começa a falar- O Miguel não é namorado da Tory igual ela falou aquele dia na boate, ele é... Ele...- O Keene começa a travar não querendo terminar a frase e com vontade de chorar

Shawn vendo o estado que ele está pega na mão dele o acalmando, esse é um truque que ele sempre usa quando o Keene está nervoso e o ajuda sempre. Robby suspira tomando compostura para terminar sua frase.

- Ele é meu noivo, foi um acordo que o meu pai fez com o pai dele e vamos ter que casar em menos de 1 mês- Dessa vez ele termina sua frase, Shawn solta sua mão, chocado com o que ouviu- Mas eu ainda te amo, e estava com medo de te contar

- Você vai ter que casar com esse pigimeu- Shawn olha o Diaz com raiva

Shawn nunca foi do tipo que controlou sua raiva, uma vez o mesmo ficou 2 meses no reformatório pois um cara qualquer na rua piscou para o seu, talvez não mais príncipe. Dessa vez não foi diferente, ele queria partir para cima de Miguel e Robby impede gemendo de dor quando fez um movimento brusco para o parar.

- Que se foda também- O mais alto rala- Eu volto para conversar com você quando esse pigimeu não estiver aqui, pois se você ter hemorragia por causa que algum ponto arrebentou para me impedir de o matar- Olha o Diaz- Eu nunca iria me perdoar

O Payne nem quis se despedir de Robby, só saiu daquele quarto deixando um Robby desolado e chorando em silêncio.

Casamento forçado (Kiaz/Robbyguel)- ConcluídoWhere stories live. Discover now