Os Capeletti são grandes produtores de vinhos da região, conhecidos pelo seus maravilhosos vinhos e produção artesanal.
Geórgia, primogênita, não quer viver fora dali, e nem conhecer o mundo que está depois da cerca de sua fazenda.
Teus sonhos está...
- Andaimo Geórgia! - Mamma bate pela milionésima vez na porta do meu quarto, já sem paciência nenhuma.
- Calma Mamma, ela já vai sair. - Ouço Matteo tentando acalma-la par mim.
- Vamos chegar tardi e vamos ficar nos piores lugares.- Ouço ela reclamar e bufar no final.
- Antonella avisou que já chegou e pedi pra guardar lugares para gente. - Ouço ele dando uma solução para ela.
Hoje é o casamento de Maia, irmã caçula de Apolo, e fomos convidados, na verdade mamma e Antonella haviam recebido o convite antes do falecimento de papá, eu não queria ir, não me senti convidada e a ideia de que é bem provável de encontrar Apolo, me deixa com medo de saber do que se fez a vida dele depois que fui obrigada a parti, Fred, me contou de todos, exceto dele, o que me deixa mais insegura sobre querer reencontra-lo, mas mamma e Matteo que veio para o casamento encheram tanto a minha paciência que acabei cedendo por agora pouco a ir.
Ainda estou me curando da ressaca que tive sábado todo, devido a noite de sexta no barzinho, pois é, Maia está se casando em pleno domingo à tarde, como manda a tradição grega.
- Geo, estamos indo para o carro, se não mamma vai ter um treco. - Matteo diz bem próximo a porta do meu quarto e escuto ele descer as escadas.
Me olho no espelho, respiro fundo e abro a porta e me apresso para descer as escadas, paro na soleira da porta de entrada e vejo Matteo manobrando o carro para entrarmos.
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- Più che bella! - Mamma exclama ao meu ver parada na porta. - Está explicada porque tanta demora, andiamo. - Diz a abrir a porta do passageiro de trás e entrando.
Entro no banco de passageiro da frente e Matteo no de motorista, chegamos a tempo do cortejo dos carros dos noivos. Nós, convidados entramos depois deles. As madrinhas se vestem da mesma forma e Maia se casa com o vestido de Cora, sei porque uma vez, vi fotos do casamento dela com Eustáquio que ela mesma mostrava a mamma num desses almoços de domingo que tinha.
No decorrer da cerimonia os noivos seguram velas durante a cerimônia e eles trocam a aliança da mão esquerda para a mão direita, o que é bem diferente do costume brasileiro. Cada um dos noivos usa uma coroa, chamada Stefana, do grego coroada, é feita de um aro fino branco enfeitado com folhas e pérolas aplicadas bem delicadamente e com uma fita amarrada ligando as duas coroas, o que simboliza a união deles.
As coroas são trocadas entre o casal três vezes por um padrinho, para sinalizar a ligação espiritual, pelos traços, o padrinho é Apolo, quem diria que eu reconheceria este rosto quase que instantaneamente, meu coração quase que para e minhas mãos suam, ele está todo concentrado em sua missão, consigo ver um leve incomodo em sua expressão, se ainda não mudou, ele não gostava de ser o centro das atenções, me pergunto se ele lembrará de mim ou falará comigo na festa?
- Aquele é Apolo Geo. - Sinto o hálito quente de Antonella sussurrado em meu ouvido direito.
- É, eu percebi. - Sussurro de volta.
- Então porque essa cara de confusa? - Ela sussurra de volta me indagando.
- Shiii, silenzio vocês duas. -Mamma nos adverte também sussurrando e olhando de cara feia.
- Não tem cara nenhuma Nella. - Respondo vendo o olhar de advertência que mamma me dá.
Após compartilharem uma taça de vinho, o sacerdote conduz o casal, segurando a fita das coroas, para três voltas ao redor do altar, e então são declarados casados.
(Abaixo Apolo no casamento)
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