Welcome to the Jungle

Destino

YOONGI

Terminei de pôr as pedras sobre o corpo do nosso último lobo, não conseguiríamos levar seus corpos ao norte naquelas condições, por isso demos a eles um enterro digno ali mesmo na clareira.

— Yoongi — ouvi a voz de uma ômega. — Os outros querem saber, o que faremos agora?

Apesar do olhar esperançoso de todos, eu não me sentia pronto para dar ordens. Assim como os que morreram, o bando era tudo que nos restava, nenhum deles se arrependeu de ter seguido Jeon. Mas o vazio dentro do peito, me fazia duvidar se estar ali fosse a coisa certa a fazer.

Tudo escapou por entre meus dedos como fumaça, estava sobrecarregado para responder, mas fui obrigado a assumir uma posição de alerta com a confusão que se iniciou do outro lado da clareira.

Os lobos uivaram ao notar a aproximação suspeita, alguns gritos seguidos de correria antes que os primeiros híbridos aparecessem.

— O que vocês fazem aqui? — disse frente as mulheres com orelhas de gato.

— Onde estão nossos garotos? — Catarina ignorou minha pergunta.

— Chegamos tarde — sua irmã de cabelos claros comentou com olhar distante na pilha de pedras que fizemos sobre os mortos.

— Onde está o outro pirralho?

— Jungkook abandonou o bando, está seguindo os lobos que sequestraram os híbridos — respondi.

— Meu filho está entre eles? — falou voltando a si. — Para onde o levaram?

— O lobo do oeste o capturou, devem estar indo para aquele lugar — dei de ombros.

— Permaneçam em formação! — Catarina gritou aos seus híbridos.

— Não adianta segui-los, vocês não os alcançaram mesmo que corram.

— Como pode ter certeza? — a líder dos híbridos disse, irritada.

— Tudo que encontrarão no oeste é uma pilha de corpos, poupe o fôlego e voltem para a montanha de vocês no sul enquanto podem.

— Não é do feitio de um lobo dar as costas para os seus, ainda mais para o líder.

— Se não der ouvidos ao que digo, devia perguntar a bruxa — mesmo distante, podia sentir o cheiro familiar dela entre os híbridos.

— Lisa — Catarina a chamou.

— Não é fácil explicar.

— Foi você quem previu, bruxa. Sangue inocente será derramado, isso não parece difícil de entender — comentei, sarcástico.

— As previsões nem sempre são sobre quem pergunta, você sabe muito bem que não sou capaz de controlá-las.

— Dane-se suas premonições — Rose disse. — Eu vou trazer meu filho de volta, não me importa o que a bruxa viu.

— Boa sorte, eles partiram há um bom tempo. Nem mesmo seus híbridos mais rápidos os encontrarão.

— Não se formos por este caminho.

A humana desceu das costas de um dos rapazes, ela parecia mais velha e algo em seu cheiro me pareceu familiar.

— O que quer dizer? — perguntei, tentando lembrar de onde a conhecia.

— O oeste tem vários caminhos, é fácil se perder por lá, mas se conhecer as passagens chegaremos ao entorno da montanha vermelha em menos de uma noite sem descansar.