ROBOTS - Chanmin

two

Bangchan contorceu o rosto com a resposta de Seung, olhando ainda abismado para o pequeno robô. Seu cérebro tentava formular várias perguntas diferentes, ele estava pensando em como perguntar o mais novo sobre o robô sem parecer um bobo.

－ E robôs podem sorrir?!

－ Ele não é qualquer robô, ele é o Pipi.

Chris pareceu ainda mais confuso e o outro rapaz percebeu isso, sorriu minimamente e virou para o robô vendo ele olhar admirado para Bang, isso de alguma forma deixou Seungmin feliz.

－ Pipi é um robô sentimental, Chris. Ele pode sorrir, 'abraçar', chorar e até mesmo ficar irritado. Pipi tem todos os tipos de sentimentos, eu programei ele para aprender de acordo com suas experiências com outros humanos. Porém, ele ainda não conviveu com nenhum deles a não ser a mim, e claro, agora com você.

－ Oh... espera! Eu me lembro dele, não foi um dos projetos que Minho havia recusado?

Agora Chan parecia interessado, levando sua mão até o robô vendo os seus pés quadrados andarem até si e isso fez com que ele desse um sorriso sincero para Pipi que imediatamente guardou um pequena foto do sorriso do mais alto em seu sistema fotográfico, com toda certeza ele iria imprimir mais tarde para colocar junto das outras que ele tinha do Kim.

Bang analisou todo o robôzinho, estando sempre atento a qualquer coisa sobre ele e obviamente sobre os olhos castanho do Kim sobre eles. Não demorou muito para que no visor de Pipi aparecesse uma pequena pilha com uma listra vermelha, estava descarregando.

－ Acho que você já o olhou bastante, Chris. Ele está cansado, outra hora você o analisa melhor. Venha até aqui, Pipi.

O robô caminhou até Kim como uma criança vai até sua mãe, então a mão grande do rapaz vai até a parte traseiro do coração e aperta um pequeno botão rosa que havia no local e em um piscar de olhos o visor digital de Pipi é desligado lentamente.

－ Hora de descansar, meu bem.

Kim o conectou ao carregador e o deixou em um cantinho afastado do quarto enquanto caminhava novamente até Bang, se sentou e abriu o computador na pasta do novo projeto.

－ Então...

－ Ele vai demorar muito para carregar?

－ Parece interessado demais, senhor Christopher Bang.

－ Não estou, ele só é... não sei dizer, gostei dele.

Kim o olhou por alguns segundos e então balançou sua cabeça em negação e voltou sua atenção até o computador.

－ Não vai demorar, enquanto isso é melhor falarmos sobre o novo projeto, já está escurecendo.

Eles passaram boa parte da tarde no projeto, Kim o mostrou o design do robô e Bang não gostou nada então o outro teve que fazer um do zero e realmente o novo havia ficado bom. O novo robô iria ter um formado quase em "m", pernas triangulares e seu visor seria acima do corpo, sua cor seria roxa. Chris exigiu isso, porque Pipi era rosa e ele queria que os dois combinassem, Kim estranhou sua atitude mas nada disse.

Eles agora precisavam de uma utilidade para a máquina, então Kim sugeriu que ele fosse igualmente a Pipi, um robô sentimental porém ele teria sentimentos a mais que Pipi. Como raiva e tristeza, já que a outra máquina apenas tinha sentimentos amorosos.

O novo projeto também seria um pouco mais corpulento que Pipi e maior que ele, seria útil na parte da internet. Sendo assim, qualquer pergunta feita ao robô seria respondida na base em suas pesquisas pela web.

Estava tudo quase concluído sobre suas utilidades e design, porém, ainda faltava algo.

－ Qual nome daremos a ele?

－ Bom... eu não sei.

－ Como você escolheu o nome de Pipi?

－ Eu não escolhi, ele escolheu. Tinha acabado de colocar a caixinha de som nele, porém, ela não estava tão boa e assim que fui testar começou a sair uns sons, como "pipipii" no fim eu ajeitei o som e quando o liguei de novo eu o olhei e vi que o nome combinava, então acabou ficando Pipi.

－ Hmn... isso é interessante! Bom, como o novo projeto tem o formato de "m", que tal... deixa eu pensar! Ahn... momoi?!

－ Momoi?

－ Sim! Mo de amor e Moi porque é Mo com I, ou seja, Pipi!

－ Nossa... você pensou rápido. Eu gostei... momoi!

－ Momoi!

Seungmin pegou uma caneta e logo na parte da frente do papel com as informações do projeto ele escreveu em letras maiúsculas "MOMOI", esse seria o nome do novo robô.

Eles ficaram mais um tempo conversando e decidindo os dias que cada um iria revezar para fazer uma parte do robô, e no fim decidiram que no próximo dia seria na casa de Bang. Eles iriam iniciar a construção da máquina lá já que as partes necessárias para a parte da computação quem tinha era Chris.

Estava tudo quase pronto quando um pequeno som avisou a Kim que Pipi havia carregado, ele se levantou e pegou o pequeno robô o colocando sobre a mesa novamente e Bang pareceu animado com isso o que fez com que Seungmin abrisse um lindo sorriso em sua direção.

O mais baixo levou suas mãos até a parte traseiro do robô novamente e apertou o botão, os olhos digitais de Pipi rapidamente apareceram na tela e Bangchan quis dar leves palminhas por isso. Quando o Kim se afastou, Chris levou suas mãos até o pequeno e fez um leve "carinho" sobre o coração e então o robô levantou suas mãos digitais e o homem ficou confuso olhando para Seungmin como se pedisse ajuda.

－ Ele quer que você atire nele.

－ Ahn? Como?

－ Faça uma arminha e aponte para ele, então você verá como.

As mãos grandes e com veias saltadas de Bang formaram uma arminha e ele apontou para o robô e a tela de Pipi "quebrou" e ele caiu sobre a mesa, o que fez Bang se assustar e o pegar na mão e em dois segundos Pipi voltou ao normal e seus olhinhos digitais fizeram uma linha fininha novamente.

－ Por céus, ele me assustou!

－ Hahaha, ele gostou de você. Normalmente ele só faz isso comigo.

Chris olhou para Kim e deixou que desenhasse em seus lábios um sorriso grande e sincero enquanto seus olhinhos brilharam e fecharam minimamente, Seungmin achou aquilo muito bonito e acabou sorrindo para Bang também.

Por alguns minutos acabou esquecendo que aquele homem na sua frente era o seu quase maior inimigo dentro daquela empresa, e por incrível que pareça Kim não pareceu ligar muito para aquela informação. Nem ele e muito menos Bangchan ligavam para nada daquilo no momento a não ser ver as brincadeiras bobas do robô em sua frente.