Capítulo dois

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Aɴᴅʀᴇᴡ Bᴇʟᴍᴏɴᴛ

— Cinco! Cinco ocorrências essa semana, e ainda estamos na quarta! — Jones berra.

   A sensação de estar encharcado de refrigerante não é nada boa. Mas a de estar com o rosto coberto de torta também não deve ser das melhores, então isso me conforta.

   Apesar de meu rosto ainda estar doendo, e minha cabeça também pelo fato de Jones estar berrando a mais de meia hora, me conforta saber que provavelmente a bruxa ao meu lado vai levar alguma advertência e eu não vou precisar olhar na cara dela por um tempo.

   Se fosse ao contrário, provavelmente seria um sacrifício não ver meu rosto todo dia. Tipo, sou eu!

   Hora de acabar com essa palhaçada.

— Qual é, Jones, dê logo a advertência para ela. — interrompo ele.

   Beatrice solta uma risada de desdém.

— A educação mandou lembranças, imbecil.

— Te perguntei alguma coisa, pimenta?
  Ela vira o rosto calmamente em minha direção.

— Sabe onde eu vou enfiar uma pimenta, seu filho da…

— Chega! — Jones grita, interrompendo ela.

  Jones bate a mão na mesa, fazendo nós dois se assustar.

— Vocês são meus melhores agentes, mas infelizmente age como se fossem duas crianças de seis anos! — o rosto dele está vermelho, e os olhos verdes parecem soltar faíscas.

— Obrigada pela parte que me toca. — Beatrice murmura com deboche.

Jones vira o rosto para ela como se estivesse possuído.

— Dois mal educados! É isso que vocês são!

— Isso você reclama com minha mãe. — digo calmamente.

   Por outro lado, Wayne também parece calma, o que não é normal, já que essa louca é totalmente desequilibrada.

— Por favor, senhor, não me compare com esse animal.

   Viro meu rosto pra ela.

— Adoro como você me chama, pimentinha.

   Ela manda um beijinho.

— Te odeio, riquinho.

— Te odeio mais, pimentinha. — pisco para ela.

   Outro tapa na mesa.

— Vocês são malucos!? — o véio vai ter um ataque, certeza. — Não tem o que fazer. Vou punir os dois. — ele põe as mãos no quadril.

— Que!? — perguntamos em uníssono.

   Quando digo que ele vai ter um ataque, ninguém acredita. Ele está vermelho e o cabelo todo desarrumado pelo fato de ter passado as mãos várias vezes.

Entrelaçados Where stories live. Discover now