Capítulo 4

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POV CAROLYNA

Só há uma coisa que consegue se igualar ao dia em que dormimos com a pessoa que amamos. O dia seguinte.

Pri sempre me trata como uma rainha, com um carinho e uma atenção exagerada. Iniciando pelo café.

Priscila: Tudo bem, não preparei tudo sozinha, admito, mas fui eu que espremi as laranjas para o suco. - Contou-me orgulhosa, após largar a bandeja sobre meu colo.

- É mesmo? Sozinha? - Fiz um espanto exagerado

Priscila: Sozinha - confirmou, com um sorriso que emanava um brilho tão grande que fez o sol se sentir menosprezado

- Como é possível eu te amar mais a cada dia?

Priscila: Me pergunto a mesma coisa todos os dias, quanto aos meus sentimentos por você - rebateu sorrindo - agora anda, não me enrola, quero ver sua reação ao tomar o suco. - Disse ansiosa

Peguei o copo e lentamente o levei até os lábios, Priscila praticamente quicava ao meu lado, o que eu achei muito engraçado e por isso acabava rindo antes de conseguir engolir. Coloquei um pouquinho na boca e fiz uma expressão neutra, olhei para seus olhos, lotados de expectativa.

- Hm, sabe, eu acho que... – ela me encarou, esperançosa. - ...esse é o melhor suco que já tomei na minha vida. – Sorri.

Priscila: Sério? Mesmo? – Sua empolgação me fez rir. Assenti.

- Quer provar? – Estiquei o copo em sua direção, ela tomou um pequeno gole e me devolveu.

Priscila: Até que não ficou tão ruim. – Sorriu. – Como está se sentindo hoje?

- Maravilhosamente bem. – Respondi com toda a sinceridade.

Priscila: Menos fogosa? – Questionou, arqueando uma sobrancelha.

- Sim, pode dormir tranquila, não te atacarei mais no meio da noite. – Brinquei, ela gargalhou. – Em pensar que antigamente era extremamente difícil te fazer sorrir...

Priscila: Antigamente eu não tinha um motivo concreto para isso. – Me olhou. – E mesmo quando tive eu estava com um pé atrás. – Belisquei um biscoito que ela colocou na bandeja. – Hoje eu tenho e felizmente sei disso.

- Você era meio grossa em L.A. – comentei, olhando para meu biscoito.

Priscila: Meio? Que bondade a sua. – Levantei a cabeça e a vi sorrindo. – Alguém conseguiu derreter meu coração de gelo. – Lançou-me um olhar significativo. – E trouxe de volta a Priscila chata bobona melosa implicante Caliari que eu costumava ser.

- Não, implicante tú já era antes. – Brinquei.

Priscila: Ah é, mas tem hábitos que são difíceis de serem mudados. – Encolheu os ombros.

- Priscila, aqui tem comida para alimentar o Brasil inteiro. – Brinquei, após um tempo comendo. – Estou satisfeita por uma semana.

Priscila: Você está muito magrinha. – Me olhou, mordendo os lábios. – Come só o iogurte então...

- Por que você quer me deixar gorda? Vai me comer depois? – Questionei, inocente, no que ela me lançou um olhar sugestivo. – AI NÃO!!! – Retruquei, rindo. – Estava falando comer no sentindo literal, tipo na história de João e Maria.

Priscila: Eu não falei nada. – Se fez de santa. – Tu que tem a mente muito maliciosa. – Brincou.

Rolei os olhos e peguei o tal iogurte para que ela suma com essa bandeja da minha frente.

Priscila: você bebeu todo o suco. – Observou, sorrindo.

- Não era para beber? – A encarei, confusa.

O Intercambio 2  - CAPRI Where stories live. Discover now