Se eu fosse Harry Potter

2- Uma bela relação

Eu acordei com um berro, o que me fez chorar. Nas próximas horas eu fiquei com Duda, e, percebendo que vou ter que ficar a infância toda lidando com ele, tento fazer o que poderia ser considerado uma amizade para um bebê.

Essa noite nós dormimos abraçadinhos como irmãos. Espero que eu consiga manter essa amizade.

Na semana seguinte fomos a um estabelecimento que cuida de bebês enquanto os pais não podem, onde passamos a maior parte do tempo brincando e dormindo. Eu e Duda agora temos uma amizade, coisa que nem Harry Potter conseguiu fazer em 11 anos de convivência, provavelmente porque ele tinha a idade mental de um bebê e eu tenho 15 anos a mais de experiência.

Quando Petúnia ia nos buscar eu corria para ela, com o objetivo de conquistar sua admiração ou amor e carinho. Não pareceu ter surtido muito efeito na primeira semana, mas aos poucos ao longo do mês, com cada ato de carinho eu ia avançando na relação com essa família. Espero sinceramente que eu consiga me dar bem melhor com eles do que o Harry original conseguiu, não é como se Dumbledore ou alguém fosse me ajudar se eu não conseguisse.

No próximo mês nós fomos num passeio bem tranquilo num parque cheio de árvores e plantas. Eu já era praticamente o melhor amigo do Duda.

Assim, nossa relação foi crescendo, no ano seguinte eu usei a minha carta na manga chamando Petúnia de "mãe", o que lhe deixou muito feliz. Uma vez, pensando que eu não entendia pela minha idade, ela até comentou com o meu novo "pai" que eu era o completo oposto dos meus pais, adorável e carinhoso.

Agora eu tenho 3 anos e hoje vai ser meu primeiro dia nessa creche, junto com Duda. Até agora eu escondi todas as minhas habilidades para impressionar os adultos na hora certa. Não falo muita coisa para parecer uma criança mais normal, e sempre fico perto do Duda. Uma ótima coisa é que agora eu sou um garoto, então nada de ser impedido de jogar com os garotos, que na maioria são muito mais legais que as garotas, de acordo com minhas experiências.

Uma coisa sempre me preocupa: Sirius está preso em Azkaban e eu ainda não consegui descobrir um jeito de salvá-lo, talvez se eu conseguisse entrar em contato com Dumbledore eu pudesse fazer alguma coisa, o único problema é que uma criança pequena simplesmente não pode sair sem seus pais para ir visitar a vizinha, que eu nem sei se já está me vigiando mas provavelmente está.

Pelo menos dessa vez sou eu que estou controlando Harry, e isso significa que posso fazer Draco se apaixonar por mim e não só ter meu casal favorito confirmado, como namorar esse gostoso, embora meu corpo e hormônios de bebê tentem me convencer que isso seria nojento. Isso também significa que eu sei o que vai acontecer, o que adiciona a necessidade de aprender oclumência. Talvez ajudasse se os bruxos não conseguissem encontrar Harry Potter... tive uma idéia.

Saio do meu quarto que eu compartilho com Duda e vou para a cozinha. Minha mãe está preparando as mochilas com as nossas coisas.
- Mãe, mãe!
- Oi Harry! A mamãe já já termina de arrumar isso daqui e vai poder te ajudar.
- Mãe, eu não quero ser chamado de Harry. É um nome tão vulgar...
Petúnia fica espantada:
- Mas porque? Não é tãaao feio assim, não é?
- Eu não gosto, prefiro Daniel.
Ela parece pensativa, talvez tenha gostado disso.
- Pode me chamar de Daniel? Por favor!
- Está bem, Daniel.- Ela ri.
- Obrigada mamãe! O papai também vai me chamar assim?
- Pode ser, filho.
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Antes de sair para a creche eu notei que Valter também está me chamando de Daniel, provavelmente porque eles combinaram de me chamar assim, afinal eles adorariam que eu fosse menos reconhecível como filho de Lilian e Thiago Potter. Isso é ótimo já que menos gente vai me reconhecer e menos bruxos terão chances de me atacar ou ler minha mente.

Duda foi mais difícil de convencer, ele é ainda uma criancinha e graças a deus que nossos pais foram quem o convenceu.

Chegamos de carro na creche e hoje foi divertido. Que bom que eu pensei em mudar de nome antes de ir pra creche, agora todos de lá já sabem o meu novo nome.