O Melhor Em Mim - Livro 2 Da Série: Família Drummond

capítulo 27

Abby

Acordei me sentindo extremamente relaxada e contente quando senti um braço forte me rodeando a cintura.

Parece a concretização de um sonho acordar assim com ele, mas eu insisti em relembrar ao meu cérebro que apesar de parecer um sonho muito bom é apenas a vida me deixando ser feliz na minha realidade.

Depois de tanto sofrimento eu acho que mereço. Ainda mais agora que marquei mais uma consulta na esperança de que alguma coisa tenha mudado.

Senti o Bennet se mexendo anunciando que o seu sono foi interrompido e olhei para ele esperando que seus olhos abram.

A cena é linda, a pele dele está corada, a feição tranquila de uma forma como eu nunca vejo quando estamos na empresa e suas pálpebras estão de agitando um pouco até começar a se acostumar com a invasão da luz do sol.

Logo depois ele sorriu, o sorriso que literalmente coroou o momento o tornado com certeza uma das coisas que eu mais vou me lembrar no futuro

— Acordou tem muito tempo?— Ele questionou com a voz arrastada me puxando pela cintura para ficar bem rente ao corpo dele.

Nós ainda estamos completamente sem roupa, apenas esse leve contado entre nossas peles desnudas é mais do que o suficiente para me fazer recordar os momentos incríveis de ontem a noite.

— Acho que tem uns vinte minutos, no máximo.— Respondi fazendo um leve carinho em seus cabelos.

Ben fechou os olhos novamente dando a entender que ele queria voltar a dormir.

Tudo bem que já faz alguns anos que ele vive como se não passasse de um robô programado unicamente para o trabalho, e como consequência eu imagino que ele já não tivesse uma noite de sono descente a muito tempo, mas eu não posso deixar ele dormir de novo por mais que isso me parta o coração.

Temos um compromisso importantíssimo hoje, absolutamente inadiável e já passam das onze horas da manhã.

Se esse meu relacionamento com o Ben for para ser algo passageiro, como eu suspeito que seja dada a minha impossibilidade de gerar filhos eu quero ter feito algo de bom por ele.

Quero que ele lembre de mim como alguém que o ajudou a resolver um problema que já estava durando a bastante tempo. Eu quero ajudar ele a se reconciliar com os irmãos, se eu conseguir fazer isso hoje, então vou estar satisfeita e convicta de ter ajudado alguém que já é tão importante para mim a voltar a ter tudo que ele sempre desejou ter de volta.

Já faz tempo que eu não consigo ajudar alguém que eu amo, ele vai me fazer voltar a fazer isso.

O pensamento me paralisou por alguns instantes.

Eu amo o Bennet?

Não, de forma nenhuma, começamos esse relacionamento a pouquíssimo tempo, ficamos juntos pela primeira vez ontem!

Seria um absurdo estar apaixonada tão rápido assim.

Isso sem falar no fato de que eu sei que isso não vai pode durar muito tempo, agora o Bennet pode até pensar que não se importa com filhos biológicos, mas eu sei que a verdade futuramente não seria essa.

Com o tempo ele iria ficar frustrado e os iria procurar outra mulher que consiga lhe dar o que eu provavelmente não posso.

Isso só me traria mais dor e sofrimento...

Mas por outro lado, mesmo que a abe exatamente da forma que eu imagino, ainda assim não seria melhor saber que eu o amei intensamente enquanto pude? Saber por toda a minha vida que quando eu tive a chance de viver um grande amor, com direito a romantismo, carinho, atenção e intensidade eu agarrei a oportunidade com unhas e dentes?

Acredito que no fim de tudo vale muito mais a lembrança de um grande amor do que viver a vida inteira sem nunca experimentar a sensação.

— Acorda, você não pode esquecer o nosso compromisso de hoje.— Falei voltando a mim e aproveitando o espasmo que o meu corpo deu para acordar o meu digníssimo namorado que realmente voltou a cochilar tranquilamente.

— Você é uma mulher muito má, o que custava ter marcado esse encontro para hoje a noite?— Ele disse em um resmungo descontente.

Ele não ficou muito a vontade de precisar fazer esse encontro com os irmãos acontecer, acho que já foram tantos anos com a mesma postura que é esquisito para ele finalmente poder se abrir com os irmãos.

Acho que ele está se sentindo vulnerável por antecedência.

— É melhor fazer isso logo, o Matteo disse que vai fazer um jantar na casa dele e se estiver tudo resolvido logo de tarde o jantar vai ser muito mais agradável.— Respondi com compreensão tornando a fazer carinho nos cabelos dele.

Bennet assentiu se dando por vencido finalmente.

Graças ao bom Deus ele não é um homem difícil de convencer quando eu estou absolutamente certa e ele absolutamente errado.

— Você acha que eles vão ficar com raiva?— Ben questionou com os olhos estreitados.

— Eu acho que se eles ficarem um pouco chateados não vai ser pelo motivo que você pensa, e sim por você não ter confiado neles para dividir tudo o que aconteceu.— Retruquei prontamente.

— Pareceu a melhor opção.— Ele justificou dando de ombros e se levantando da cama.

— Eu sei, mas agora a melhor opção é contar toda verdade. Vai dar certo, não se preocupa.— Falei tentando tranquiliza-lo um pouco mais.

— Eu sei, vou tomar um banho logo para me aprontar e não atrasar.— Ben disse entrando no banheiro do quarto.

Aproveitei o tempo e fui até a minha pequena mala para pegar um vestido leve e florido que eu já tenho a muitos anos.

Desde os meus 18 anos para ser mais objetiva.

Eu tenho o estranho hábito de me apegar a algumas roupas, eu chamo de roupas de segurança ou roupas da sorte.

O dia de hoje depende da sorte, então toda ajuda é bem vinda.

Abri o guarda roupas dele procurando uma toalha, mexi em algumas gavetas até conseguir encontrar uma na última, mas não foi a única coisa que eu encontrei.

Uma foto dele com uma mulher está quase escondida entre os tecidos das toalhas, aquela mesma mulher que apareceu na empresa naquele dia, eu não me recordo muito bem do nome dela, mas o rosto arrogante eu nunca vou ser capaz de esquecer. Ver ele assim com ela nessa foto me deixou com uma sensação muito ruim.

Como se eu estivesse perdendo ele.

Uma sensação desesperadora de queimação na garganta me afligiu e eu não demorei para identificar a sensação como ciúme.

Fechei a gaveta com força e fui tomar banho no outro quarto para evitar uma possível briga.

Respirei fundo três vezes enquanto a água cai em cima da minha cabeça.

Não é momento para eu ficar encucada com essa foto, mas também não vou guardar isso pra mim. Assim que tudo estiver mais tranquilo eu vou perguntar a ele sobre essa foto, de uma forma calma e racional.

Ao menos eu acho que consigo ser calma e racional, nunca senti tanto ciúme assim de ninguém na minha vida.

O dia hoje é inteiro direcionado para essa reconciliação e só assim eu vou conseguir dar espaço a qualquer outra coisa.

Oi meus amoresssss, o capítulo tá pequeno, mas tá aqui para vocês😍♥️ espero que gostem, não esqueçam de votar e comentar MUITO viu ♥️