O Melhor Em Mim - Livro 2 Da Série: Família Drummond

Capítulo 47

Abby

Decidi contar tudo para o Bennet hoje, não aguento mais esperar.

Eu ia fazer a surpresa como tinha dito para as meninas, mas ele chegou cansado do trabalho a semana inteira, e eu não queria contar como se fosse uma coisa qualquer.

Preferi abandonar a minha mesa um pouquinho, entrar na sala dele de surpresa e lhe entregar uma caixinha com uma roupinha de bebê escrito "para o melhor papai do mundo".

É bem bobo e bem simples, mas eu sei que ele vai amar de quaiquer jeito.

Tirei a caixinha de dentro da bolsa e olhei para ela. Foi um imenso trabalho conseguir enconder ela dentro da minha bolsa por que o Bennet é bastante curioso, quase me parabenizei por ter conseguido fazer essa proeza sem ter sido pega em flagrante.

Sorri feito boba e me levantei da cadeira.

Minha barriga já está começando a ficar bem protuberante, eu estou com pouco mais de três meses eu acho, mas está começando a aparecer. Mal posso esperar até que esteja gigante.

Enviei uma mensagem no grupo das garotas contando que daqui poucos minutos tudo vai deixar de ser um segredo e deixei o celular na mesa para ir falar com o meu amor sobre nosso pequeno presente de Deus.

Entrei sem bater, com o maior sorriso possivel no rosto, mas dei de cara com ele cheio de papeis, parecendo furioso, preocupado e nervoso. De uma forma que eu nunca tinha visto antes.

Me aproximei com cautela da mesa, fazendo ele prestar atenção em mim.

— O que aconteceu, Bene?— Perguntei baixinho, preocupada com a reação que ele possa ter caso eu fale um pouco mais alto.

— Foi você, não foi?—  Perguntou com a voz cheia de rancor.

—  Do que você está falando?—  Questionei tentando entender o que eu posso ter feito de errado para deixa-lo nesse estado de nervos, mas nada me veio na mente.

— Deus, como eu sou idiota! É claro que foi você, eu movi céus e terras por você, paguei ao seu pai para sumir das nossas vidas, assumi seus problemas como sendo meus também e você traiu dessa forma!—  Bennet se lavandou da mesa, passando as mãos pelos cabelos completamente exasperado, parecendo a beira de um colapso nervoso.

—  Como assim pagou ao meu pai? Bennet pelo amor de Deus, você não está fazendo sentido nenhum, me fala o que aconteceu.—  Pedi muito mais preocupada com ele do que com as acusações que ele está me fazendo sem dar a chance de eu me defender.

  — Eu estou falando que a empresa está a beira da falência, Abigail.— Respondeu e eu não pude evitar o choque.

Ele cuida tão bem dessa empresa, especialmente depois do vazamento de informações, como isso pode ter acontecido?

Eu e ele temos todo cuidado com as maiores contas da firma, como isso aconteceu?

  — O que? Como isso aconteceu?

  — Não seja sinica! Só nós dois tinhamos acesso aos documentos, as maiores contas da empresa! Você vendeu as informações, nosso maiores investidores estão na concorrência! Se precisava da porcaria do dinheiro era só me pedir, não precisava acabar com a droga do patrimonio da minha familia! — Ele cedeu na cadeira exausto e decepcionado.

Bom, ele está bem melhor do que eu, por que estou magoada, ofendida e muito, muito furiosa.

Bati a mão livre com força na mesa.

  — Você é idiota ou só se faz? Bennet, eu nunca trairia você, nunca na vida faria algo do tipo e você sabe disso! Não sei como essa droga vazou ou como eles foram parar na concorrência, mas não fui eu!

  — Ah não? Se não foi eu e não foi você, quem foi Abigail? — Perguntou sarcastico.

Senti como se levasse um soco no meu estomago, completamente sem ar.

Eu não mereço passar por isso.

  — Quer saber? Vá para o inferno Bennet! Eu quero que você se dane. Eu vim aqui te dar uma noticia incrivel, a melhor coisa do mundo e vocÊ estragou tudo. Eu nem consigo acreditar que você realmente ache que eu faria uma coisa assim com você. Eu to indo embora, inclusive da sua vida. — Falei com dificuldade, as lagrimas lavando o meu rosto em uma mistura absurta de dor, confusão decepção e magoa.

Eu não posso acreditar.

Simplesmente não consigo.

Saí da sala dele rapidamente, olhei para minha mesa e preferi não levar nem o celular. Quando ele se arrepender das coisas horriveis que me disse e tentar falar comigo não vai conseguir e eu não vou fazer o menor esforço para que ele consiga.

Coloquei as mãos em minha barriga de forma protetora saindo da empresa. Em verdade eu nem mesmo sei para onde estou indo, só sei que preciso sumir daqui o mais rapido possivel.

— Onde pensa que vai gracinha?— Ouvi uma voz atrás de mim que arrepiou até a minha alma.

Empertiguei minha coluna e me virei dando de cara com o Patrick.

Ele está magro e muito diferente do homem com quem eu almoçava. Diferente do homem que o Bennet demitiu.

Ele parece... ruim.

— O que está fazendo aqui? Me deixa em paz.— Pedi dando meia volta tentando sair, mas logo fui impedida por sua mão me segurando.

— Ele já descontou em você? Que otimo.— Ele não fala coisa com coisa, eu sinceramente não entendo uma unica palavra  e as minhas lagrimas não facilitam.

Nada mais ocupa a minha cabeça do que as palavras do homem que eu amo falando que eu o trai.

Ele me conhece melhor que qualquer um, não consigo acreditar que me ache alguem tão mesquinha assim para trair o nosso relacionamento em troca de dinheiro ou qualquer coisa que seja.

— Me deixa, você é maluco.— Falei da boca para fora e tentei me soltar do seu aperto, obviamente sem sucesso.

— Se não vai por bem, vai por mal.— Dito isso eu senti uma forte pancada contra a minha cabeça fazendo meu corpo inteiro ceder.

Fiquei instantaneamente zonza e me esforcei para não deixar os meus olhos se fecharem, porem foi inutil.

— Leva ela para a van, temos que sair daqui rapido.— Ouvi uma voz de mulher ordenando antes de finalmente ser levada pela escuridão absoluta.

EU SEMPRE VOLTOOOOOOOO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK