Capítulo Dezoito - Só para não perder o costume, amore mio.

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— Agora tudo faz sentido, diabinha!

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— Agora tudo faz sentido, diabinha!

Magnum está sorrindo e em sua voz tem um tom de orgulho. Esse homem é doido? Eu acabo de falar para ele que eu sou a tal diaba verde e ele se sente orgulho?

Todos os homens que souberam disso passavam a ficar efetivamente com medo, alegando que eu podia matá-los se fosse da minha vontade.

Não que eu não fosse capaz de matar, mas eu não mato por esporte, afinal de contas. Na realidade, matar de verdade é algo que eu quase nunca precisei. Balear, ferir, torturar, bater ou machucar, é outra história, mas não é matar. Não que eu goste disso também, mas eu faço o que é necessário, só isso.

Magnum me prende contra ele na cama, usando seu corpo quente para cobrir o meu, me mantendo junto a ele. Seus olhos cor de mel, tão profundos, me encaram de uma maneira tão sublime e direta que consigo ver o brilho de uma alegria que eu ainda não tinha visto em Magnum. Um brilho que muito me incomoda reconhecer, mas que reflete em meus olhos também.

— Minha diabinha. — ele sussurra com felicidade e possessividade.

Definitivamente, ele é louco. Como poderia estar tão feliz com uma informação dessa?! A parte de sua fala possessiva me atinge e tudo que eu quero é dizer o quanto ele está errado, mas seu sorriso é tão lindo e genuíno que não quero estragar esse momento dizendo que eu não sou dele e que nunca serei.

Sem saber os pensamento que me atormentam, Magnum aproxima sua boca da minha e me beija profundamente. Um beijo calmo, exploratório. Um beijo... Diferente. Especial.

Especial? Nada disso, Fiorela.

Eu desvinculei meus lábios dos dele e digo:

— Agora que você já sabe quem eu sou, não deveria estar tão atrevido. — sorrio sarcasticamente — Aliás, segundo as informações eu mato por esporte e em um piscar de olhos.  — digo piscando o olho literalmente.

Ele continua sorrindo, e dessa vez leva uma de suas mãos ao meu rosto, e alisando a pele macia da minha bochecha responde:

— Fiorela, eu acredito que você tenha plena capacidade de se cuidar, ou cuidar de quem você quiser. E também tenho certeza que matar também não é um problema, pelo pouco que eu vi de você. Mas matar por esporte? É absurdo se tratando de você.

É estranho ver que ele não parece nem um pouco intimidado em saber quem eu sou, por completo. Mas estranho ainda é pensar que Magnum é um dos poucos homens que não reagiu mal ao fato de eu ser quem eu sou. Além disso, ele dizer com essa absurda convicção que eu não sou uma assassina a sangue frio, mesmo sem me conhecer a tanto tempo, me comove.

E como me comover é um sinal de alerta, resolvo manter a máscara da assassina fria.

— Nunca se sabe até onde os boatos estão certos ou não. Se eu fosse você, ficaria mais esperto corazión.

Mia Bella, MafiosaWhere stories live. Discover now