Capitulo 13

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1 semana depois•

Estamos voltando pra cidade agora pra minha consulta com a médica, e em seguida vamos pegar o resultado dos exames. Depois daquela matéria idiota que o Léo postou, entrei com a ação contra ele, e a clínica. E foi mais rápido que eu imaginei. E como esperado, eu ganhei o processo.

- A sua cicatrização é boa, então não temos mais que nos preocupar com isso. Mas ainda precisa ficar em repouso pelas suas costelas. Vai continuar com dores, mas agora elas vão se tornando menos intesas.

A médica me examinou, e depois fui pegar os resultado do exame. Não queria abrir no hospital, então fui pra casa e esperei minha irmã e Marilia. Entrei no quarto, me sentei na cama colocando o papel na minha frente, e apenas esperei.

Maiara: Chegamos! - Entrou no quarto.

Marilia: Você já abriu? - Neguei.

Maraisa: Estava esperando vocês. Eu quero falar uma coisa antes. - Ambas me olharam confusas - Se isso der negativo, vamos enterrar esse assunto, e ninguém vai tocar no nome da minha filha. Vou enterrar essa dor, porque ela me mata todos os dias!

Marilia: Tudo bem! Agora abre.

Confesso que estava com muito medo. Aquele simples papel, diria muito sobre a minha vida. Diria muito sobre mim. E isso me deixa ansiosa a ponto de desaprender a respirar. Com muito medo, eu abri o papel e dancei com os olhos procurando o resultado, que estava perto do final da folha. Assim que olhei, meu coração bateu de maneira estranha, meu rosto foi lavado com o salgado das minhas lágrimas, e minhas mãos tremiam fazendo a folha ficar instável nas minhas mãos.

Maraisa: É ela! Meu Deus, é ela! - Respondi quase que em um sussuro.

Maiara: Você tá brincando! - Maiara pegou o papel das minhas mãos.

Marilia: Meu Deus!

Maraisa: Eu não acredito. Eu fiquei anos achando que... - Meu choro engoliu minhas palavras - Eu não acredito. E agora?

Maiara: Agora a gente vai avisar um advogado, e vamos pegar a guarda dela!

Marilia: Fácil assim?

Maiara: Ela tem o direito, ela é mãe. E ele vai ser preso por fazer uma coisa dessas. E o hospital processado. Como uma criança some, e eles dão como morta? - Maiara perguntou irritada.

Maraisa: Vamos fazer isso já! O mais rápido possível.

Sem pensar, elas se levantaram e seguraram minha mão pra ir no escritório. Chegamos em menos de 10 minutos lá, o advogado já estava presente, e alguns polícias também, e após contarmos toda a situação, ele falou muitas coisas, e também disse o que eu mais temia.

- Me notificaram que a mãe da Cloe fugiu com ela. Essa madrugada. Elas estão sumidas, ninguém sabe sobre o paradeiro delas. - Falou olhando pra mim.

Maraisa: Como assim não sabem sobre o paradeiro dela? - Perguntei um pouco alterada.

- Até poucas horas, ela era mãe daquela garota. Então esse sumiço, não alertou ninguém. - Informou mantendo sua calma.

Maraisa: É, mas agora isso mudou! Precisam encontrar ela. - Respondi nervosa - É a minha filha, e sabe se lá o que aqueles imbecis podem fazer com ela.

- Não podemos procurar agora. Precisa ter 24 horas pra contar como desaparecimento.

Maraisa: O quê?

- Eu sinto muito, mas não podemos fazer nada! - Disse um dos policiais.

Maraisa: Olha só, eu perdi 11 anos da vida da minha filha. Perdi os primeiros passos, as primeiras palavras, perdi o primeiro dia de escolinha, perdi os sorrisos... Eu não pude ser mãe porque me roubaram isso! Não me deixaram ser mãe. Então, sim, vocês podem. Podem e vão procurar a minha filha.

Uma Vida A MaisWhere stories live. Discover now