01.

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Oito anos se passaram desde aquela desastrosa noite, os Mendonças nunca foram importunados pela familia Perreira, trocaram de número, e começaram a comandar a empresa de casa mesmo. Marília ainda estava alheia a toda situação que foi criada para ela.

Hoje era sexta feira em Seatlle e o friozinho passou pela janela fazendo a pele da jovem Marília se arrepiar, ela então bocejou e já ia reclamar de ter que acordar cedo, mas lembrou-se que não era uma sexta feira comum, era sexta feira 22 de julho, o dia do seu aniversário. A loira pulou da cama
e se olhou no espelho.

- Hoje é sua festa. - beijou a si mesma no reflexo e gargalhou andando pelo quarto. - Tenho dezoito anos, tenho dezoito anos, ahhh. - dizia empolgada e se jogou na cama. - Finalmente. - riu.

A loira fez sua higiene matinal, tomou seu longo banho cantarolando, e se arrumou com a blusa do uniforme da escola e uma calça jeans branca que ela amava, optou pelos cabelos soltos, e estava passando batom quando ouviu leves batidas na porta de seu quarto.

- Filha, sou eu, sua mãe. - ela ouviu abafado por a porta estar fechada.

- Entra, mamãe, estou me maquiando. - falou num tom alto o suficiente para que a mais velha ouvisse.

Ruth entrou com uma bandeja de café da manhã para a filha que olhou pelo espelho e foi até a mãe.

- Isso é para mim, mamãe? - disse feliz.

- Sim, meu amor, feliz aniversário. - Ruth abraçou a filha e recebeu vários beijos da mais nova que agradecia repetidamente. - Está tudo certo para sua festa, só as luzes do quintal que vai ser instalada umas quatro da tarde.

A Mendonça mais nova sorriu e beijou a testa da mãe e tomou um pouco do suco.

- Obrigada, mamãe. Papai já acordou?

- É aqui que temos uma princesa de dezoito anos? - A voz de Mário foi ouvida e Marília sorriu correndo até ele.

- Papai, eu to tão ansiosa, tão feliz. - o sorriso da jovem fez os mais velhos rirem.

- Eu sei, meu amor. - Ruth disse. - Mas agora, a senhorita está muito atrasada.

A loira olhou para o relógio em seu pulso e olhou para o pai com olhinhos pidões.

- Sim, filha, eu te levo na escola.

- Você é o melhor! - Os três riram.

Assim,Mário levou sua filha até a escola. Assim que chegou lá, ela deu um beijo na bochecha do pai e saiu do carro sendo recepcionada por sua amiga Maiara.

- Feliz Aniversário para a princesa mais rebelde de Seatlle. - A ruiva disse abraçando loirinha que riu.

Afinal, o apelido se dava por apesar de Marília ser uma filha incrível, ela costumava quebrar algumas regras que Mário dava a ela.

- Obrigada, amiga. - disse jogando o cabelo.

As duas passaram pelos corredores e todos parabenizaram a loira pelo dia e garantiram presença na grande festa da loirinha no quintal de sua casa.

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Naquela noite a festa de Marília rolava do jeito que a loira queria, a loira mesmo não saia da pista de dança, e seus pais estavam feliz com a Alegria dela. 

- Pular na piscina? - Julyer prôpos e Maiara riu.

- Piscina! - Marília disse animada e os três amigos saíram entre todos e se jogaram na piscina.

- Marília! - Ruth disse olhando séria para a filha que riu, e a mais velha acabou rindo também.

Mais algum tempo de festa e Mário chamou a filha e sugeriu a ela que cantassem o parabéns, e assim se sucedeu, eles cantaram o parabéns, comemoraram mais um pouco e logo finalizaram a festa.

Cada amigo da loira se despediu dela e deixaram presentes para ela e elogiaram muito a festa.

Agora, Ruth, Mário e Marília estavam arrumando a bagunça do quintal com a loira bastante feliz. Mas um barulho chamou atenção da jovem Mendonça que olhou para calçada de sua casa e viu um carro luxuoso preto parar e seu olhar se  tornou pura confusão, logo a porta foi aberta e um homem de cabelos grisalhos, moreno, num terno perfeito saiu com dois homens que mais pareciam armários do lado dele, Marília sentiu medo, e viu seu pai se colocar na frente dela e sua mãe segurar sua mão.

- Quem são essas pessoas, papai? - Marília perguntou assustada.

- Ninguém, querida. - Foi Ruth quem respondeu.

- Mário, quanto tempo... - A voz e proximidade do homem fez Mário Mendonça tremer.

Marcos César estava ali como prometeu que estaria há oito anos atrás.

A mafiosa do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora