Refletir pt.2

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Amity POV.

Minha cabeça tá tão confusa.



—Amity, vai estar livre hoje à tarde?–Boscha pergunta, enquanto rolava seu penstagram.

—Na verdade não, mas o que tinha pra fazer era estudar mais a fundo os feitiços de fogo. Então eu acho que sim, vou estar livre.–A garota tirou sua atenção para Boscha que parou de mexer em seu ectafone e a encarou.

—Vai rolar uma coisa muito interessante e acho que você vai gostar.–Ela sorri de modo intrigante.

—Como assim, eu vou gostar?

—Sabe, a humana, vou dar o troco pelas palavras de hoje mais cedo no corredor.

Luz...

—O quê?–Um estalo percorreu a cabeça da cabelos esverdeados. —Pensa lá o que você vai fazer, Boscha Willerha, não quero confusão com o diretor.–Ela murmudou. —Sabe o que ele faz com relação a duelos bruxos ilegais pelo Campus, não sabe?–A mais nova encarou o chão a sua volta.

—Ah. Para.–Ela ri. —Não vai ser nada de mais, eu só vou colocar ela no seu devido lugarzinho.–Novamente, um sorriso suspeito. —Sabe, Amity. Eu tô achando você muito estranha com tudo isso, ham.–Boscha dá um leve empurrão na garota.

—Eu, estranha com o quê exatamente?–Amity pergunta, confusa.

—Sabe, o modo como você fica quando a gente tá falando daquela menina, não da pra entender, é como se...–Ela exita em terminar a frase.

—Se, o quê?–A fios verdes franze o cenho. —Do que cê tá falando? Não tem nada de estranho.–Ela diz engolindo seco. —Essa conversa tá me dando enjôo.–Amity tampa sua boca.
—Olha, seja lá o que cê tiver insinuando, eu não tenho tempo. Te vejo hoje à tarde nesse seu duelo bruxo tosco.–Ela dá os ombros e se retira.

—Até.–Boscha acena mas sem respostas.

Será que...? Ela sabe? Eu... Meu-titã! Minha vida estaria arruinada se a Boscha Willerha espalhasse pra OssoBurgo inteira que eu tô gostando da Luz Noceda, a humana. A garota que nesse momento deve me odiar e eu tô confusa pra um... Ah eu nem sei.

ÚLTIMA AULA DE ESCLAVOMOBILIDADE, 9:15. Droga!

Amity, não sabia, até então o que sentia de verdade por Luz, sua cabeça estava um redemoinho.

—Droga, e agora o que eu faço?–Dizia ela andando em direção a aula, quando derepente esbarra na aluna nova, sua amiga, Emily.

—Ah, mil perdões, Blight.—A menina ficou corada.

Seus olhares se encontraram e uma sensação diferenciada predominou o ar, as duas fixaram os olhares e mantiveram suas bocas dentre abertas por segundos. Passo por passo foram se aproximando até que Emily tomou iniciativa e—

Luz POV.

Após bater o sinal, Noceda, Gus e Willow saíram da aula de fisiocultura das baquetas e caminharam pelo corredor em meio a uma conversa qualquer sobre seus planejamentos para o dia.

—Sabe, eu acho que a gente devia ir pra casa do Gus personalizar aqueles discos de vinil que a Luz achou no meio do lixo humano da Eda e sei lá escutar umas músicas.–Sugeriu, Willow.

—Seria interessante. Meu pai inventou uma nova receita que vocês vão amar! Poderiam almoçar lá.–Gus disse animado.

—Simm! Ótima ideia, assim eu distraio a mente e...

Ao virar o corredor, os olhos de Luz avistam Amity em meio a um beijo com Emily, seus membros travaram e seu olhar se mantia fixo naquela cena que vagava seu subconsciente.

—Aquela não é a...–Gus parou de falar quando percebeu Amity desviando o olhar para os três.

Amity POV.

Ao abrir os olhos e me separar do beijo de Emily, avisto Luz imóvel com seus olhos banhados de lágrimas prestes a serem derramados.

—Luz?–A cachinhos verdes dá um passo a frente.

—Como você pôde?–Noceda desvia o olhar e deixa todos de maneira frustrante.

—Ai que droga.–Disse Willow preocupada.

Continua...

I Found Peace In Her EyesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora