One shots - Wenclair

Ninguém avisou ela? - Part 1

Resumo:

Todo mundo sabe que Wednesday e Enid estão namorando há meses

O problema é que ninguém lembrou de avisar Wednesday

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Wednesday chegou ao seu quarto depois de uma longa noite de investigação infrutífera e trapaça geral, ansiando por dormir, para encontrar um obstáculo impensável que a impedisse de dormir.

- Deve haver consequências, Mãozinha -.ela disse enquanto andava de um lado para o outro da sala.

- Deve haver. Ele não pode, não deve, sair ileso. Não depois dessa lesão.

Mãozinha assinada e batida.

- Não, não acredito que seja uma reação exagerada da minha parte -. Wednesday disse, logo continuam em seguida

- Isso foi um exagero da parte dele. Uma linha foi cruzada, uma linha que estava lá por uma razão.

Mãozinha assinada e batida.

- Certamente ele sabia. Certamente ele estava ciente. Por que mais ele faria isso? Poderia muito bem ter sido uma declaração de guerra. Bem, se guerra ele quer, é guerra ela terá.

Mãozinha assinada e batida.

- Não, eu não vou deixar isso passar. Eu não posso deixar isso passar. Apenas olhe para ele, Mãozinha.

Enid estava dormindo na cama de Wednesday, enrolada nas cobertas, vestida com um moletom enorme que Wednesday tinha.

O simples fato de olhar para ela estava fazendo com que Wednesday sentisse uma emoção estranha e borbulhante, que ela só podia supor que fosse uma raiva assassina, exceto que ela estava muito sintonizada com todo o espectro de suas emoções assassinas e isso não parecia com nenhuma delas.

Ainda assim, mesmo que a emoção fosse estranha, o lado mais racional de Wednesday entendeu que a violência era a resposta adequada para esse desrespeito, esse roubo, essa provocação.

Essa era uma das qualidades mais fortes de Wednesday: qualquer um podia ser violento em um acesso de raiva, mas era preciso muito talento para escolhê-lo tão pacificamente quanto ela. No momento, essa habilidade era o que lhe permitia superar a sensação de fervura (sim, fervura era certamente uma palavra mais adequada do que o desagradável borbulhar ) e planejar a queda de Enid com a cabeça limpa.

Wednesday seria...

Não. Ela iria

Tinha que haver algo que ela pudesse fazer.

Ela exalou de maneira um pouco irregular e alta, algo que outra pessoa poderia ser interpretado como a versão original de Wednesday de um suspiro.

Ela se sentou na cama e examinou o rosto tranquilo de Enid.

Oh, como ela odiava aquele rosto.

Injustamente poderoso, monstruosamente belo, repugnantemente adorável.

- Enid -. Disse Wednesday suavemente, sacudindo cuidadosamente o ombro da garota. Tanto não ser violenta com a garota adormecida.

- Esta é a minha cama.

Enid se espreguiçou e soltou algo entre um gemido.

- O quê? -. Ela disse, meio adormecida.

- Você está na minha cama -. Wednesday insistiu.

- Ah -. disse Enid, piscando para tirar o sono dos olhos

- Bem, sim, eu precisava ter certeza de que você me acordaria quando chegasse.