Eu contei, contei para mamãe do abuso frequente que sofria do meu padrasto. Tudo começou no meu aniversário de dezoito anos há 2 semanas.
Um toque em minha mão que subiu para o meu braço. Eu fugi, evitei e tentei ignorar.
Na mesa do jantar seu pé cutucou minha perna, enquanto minha mãe estava do lado. Senti vontade de chorar, mas apenas me levantei e sai.
Se eu tivesse gritado, praguejado, lutado contra tudo isso antes teria acabado já?
__Do que você está falando, Louise? - Sua voz ecoava raiva e incredulidade.__Seu padrasto jamais faria uma coisa dessas!
Engoli em seco.
Minhas mãos tremiam.
__Ele me tocou, mãe. - Minha voz saiu embargada.__Mas ele não conseguiu fazer nada, eu o acertei com a panela quente. - Contei esperando que ela acreditasse.
Seus olhos escuros se arregalaram.
__Você fez o que? Cadê ele?
Não entendia que tipo de pergunta era aquela, ela estava mesmo preocupada com ele e não comigo?
__Não sei. Mas mãe porque está preocupada com ele? Aquele homem tentou me estuprar!
__Ele nem sequer fez nada, Louise. Deixe de drama. Apenas comece a se vestir direito e nada disso irá ocorrer novamente.
Olhei para o meu short velho e minha camiseta branca que era até maior que eu.
Roupas não são convites.
A culpa não é minha.
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Depois da tempestade
ChickLitEu era grata ao meu pai por me obrigar a ir na psicóloga aquela tarde pois eu te conheci enquanto aguardava nervosa naquela sala de espera, assim que te vi pensei que aquele lugar não era o ideal, você parecia forte e desinteressado demais para est...