Meu Amarelo - Zentan

Festa

Desculpa a demora pra postar :)
      Boa leitura :)
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O fim de semana havia chego. Agatsuma arrumava seu quarto quando seu irmão chegou em casa.

– E aí. – O rapaz se encostou na porta.

– Bem vindo de volta Kaigaku – Zenitsu falou dobrando uma camiseta.

– Voltei.

– Hm... Vai continuar aí?

– Aconteceu alguma coisa? Tá mais desconfortável comigo. Geralmente isso acontece quando alguma coisa aconteceu. – Kaigaku se aproximou – Ficou assim quando o velhote morreu.

– Não chama o vovô assim.

– O que aconteceu? Sabe, ainda sou seu irmão.

Kaigaku bagunçou o cabelo do loiro.

– Para! Tá tentando ser um irmão melhor? O que aconteceu na faculdade? – Agatsuma riu.

Kaigaku parou. Ficou em silêncio. O louro parou de rir e o olhou sério.

– Tá tentando ser um irmão melhor? Mesmo?

– Ah – Suspirou – Talvez. Algum problema?! Porra! – Se sentou na cama.

– Não, nenhum. Aprecio isso, mas não é um pouco tarde?

– É pode ser.

– Eu não me importo. – Os dois se olharam – Pode continuar sendo o velho Kaigaku. – O Agatsuma sorriu, fazendo o moreno sorrir também.

– Tudo bem. – Se levantou – Mas, o que aconteceu?

– Nada, só... Uns problemas.

– Problemas?

– Sim. – Zenitsu deu uma pausa – Eu gosto de um garoto, mas aí eu...

– Não contou pra ele sobre suas inseguranças? Que é um bebê chorão?

– É... E também não contei sobre você e sobre o vovô e sobre a minha vida no geral.

– Entendo, basicamente não contou nada.

– Entende?

Zenitsu encarou Kaigaku. O moreno ficou surpreso e envergonhado.

– Kaigaku, tá me escondendo alguma coisa? – O Agatsuma jogou a camiseta na cama – Me responde!

Kaigaku hesitou. Claramente Zenitsu estava irritado com o moreno.
Antes do mais velho ir embora, os dois fizeram a promessa de não esconderem nada um do outro e o Agatsuma odeia quando seu irmão esconde coisas de si.

– Não é nada! – Falou o mais velho.

– Você sabe que eu odeio quando você não fala nada. – O loiro se aproximou. – Kaigaku, o que você fez?

O moreno o encarou.

– O que eu fiz? Sério? Por que acha que eu fiz alguma coisa? Hein?! – Empurrou o mais novo – Que merda! – Chutou a parede.

– Que merda!? Porra Kaigaku, o que aconteceu? Se você não fez nada então me fala! – O mais novo gritou.

Ficaram em silêncio. O moreno suspirou.

– Eu me envolvi com um cara. – Contou – Não contei nada sobre mim e nem ele sobre ele.

Agatsuma o encarou.

– Gostava dele, só que ele não gostava de mim do mesmo jeito. Droga... Por que tenho que te falar isso?... – Bagunçou seu cabelo – Acabei me envolvendo com uns caras que eram amigos dele e descobri que ele tava me traindo, porra!

–...

– Olha, foda-se que isso aconteceu! É uma merda! Mas e daí? Você não se importa, não é?!

– É...

– Então que se dane!

Kaigaku saiu e bateu a porta do quarto, deixando Zenitsu pensativo.
[...]

Era noite, próximo das oito. O louro se arrumava para a tal festa de que Tengen havia falado.
Ele não queria ir, mas seria arrastado pra lá de qualquer forma pelo platinado.

– Talvez não seja tão ruim – Murmurou

– Talvez não seja tão ruim, o que? – Disse Kaigaku entrando no quarto.

– Não sabe bater?

O moreno mais velho se encostou na porta. Zenitsu tirou sua camiseta para colocar outra.

– O que você quer Kaigaku? – Agatsuma o encarou.

– Uzui tá lá embaixo. Vocês vão pra onde?

– Ah... Pra uma festa. – Colocou uma camiseta branca e pegou sua jaqueta preta. – Eu volto até às três. – Disse indo em direção ao mais velho.

– Eu não ligo pro horário, desde que você volte.

Zenitsu desceu as escadas, Kaigaku estava logo atrás. Uzui estava sentado no sofá.

– Uzui! – Chamou o loiro – Vamos?

Tengen se levantou num pulo e andou até o Agatsuma, arrumandi sua roupa que estava amarrotada. Zenitsu abriu a porta e saiu na frente. Antes de Uzui sair, Kaigaku o chamou.

– Aí, se acontecer alguma coisa me fala.

– Tá bom. – O platinado respondeu sem interesse e logo saiu.
[...]

A festa estava lotada, como era de se imaginar. Muitas pessoas que estudavam na escola, estavam ali. Zenitsu estava desanimando, pegou um copo de bebida e começou a beber enquanto andava pelo local.

No jardim estava Tanjirou, sentado olhando as estrelas. Estava sozinho, na esperança de alguém aparecer para o entreter.

– Maninho, eu vou dormir na casa da Kanao hoje. – Avisou Nezuko.

– Tá bom. Divirta-se. – Disse o Kamado mais velho divagando.

Não demorou muito para Zenitsu passar pelo jardim e ver o menor. O louro parou. Atrás dele vinha o platinado com dois copos de refrigerante — já que eram de menor.

– Vai falar com ele. – Sugeriu assim que chegou mais perto do Agatsuma.

O loiro apenas o encarou.

– Qual é. Vocês vão ficar assim até quando? Zenitsu você ficou mais feliz quando conheceu ele e os outros. Vedo você agora, me lembro de quando seu avô morreu, tá igual. E dói ver você assim, sem seu brilho. Vai lá e conversa com ele. – Lhe entregou os copos e sorriu.

O mais jovem pegou os copos, olhou para Tanjirou ao longe e voltou a olhar para Uzui, que afirmou com a cabeça para o outro ir.