Capítulo 2 - Surpresa dupla

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No dia seguinte/ 6:15am

Acordo com os raios de sol adentrando sobre a janela do meu quarto.
- Eu esqueci de fechar a cortina ontem, que saco! Ainda é muito cedo e estou com tanto sono, queria poder dormir mais! Mas... (suspiro) tenho que levantar e ir ao mercado.

Me levanto num salto, afinal minhas amigas chegarão depois de amanhã graças a Deus! E eu quero deixar tudo pronto pra recebê-las.
Faz um tempo que não as vejo e poder reencontra-las e abraça-las de longe será a melhor coisa que vai me acontecer este ano.

Depois de fazer minha higiene pessoal, na cozinha fui fazer algo para o meu desjejum.
Fiz um café fresquinho, uma torrada e ovos mexidos pra comer. Após terminar o meu café, fui até meu quarto me trocar. O dia está quente, optei por colocar um shorts jeans uma regatinha preta e uma camisa branca por cima só pra dar aquele charme. Procurei um sapato pra combinar e resolvi colocar um Converse de cano médio, eu amo esse conceito de chique e despojada.
Ao meu ver, é maravilhoso!
Dei uma última olhada no espelho pra averiguar se estava tudo ok. Diante do meu reflexo, sinto que falta algo e enquanto me encarava no espelho minha mente me prega mais uma peça, trazendo à tona aquele olhar. Balanço minha cabeça na tentativa de espantar tal pensamento, assim voltando ao foco para o meu reflexo no espelho, me sento no banco em frente a penteadeira. Passei um lápis nos olhos e uma batom rosa e um gloss pra dar um tchan e me levanto pra averiguar meu look mais uma vez.

Agora sim, pego minha bolsa que estava sobre a cama e caminho até a porta pego as chaves e assim saindo de casa indo em direção ao mercado.
Ao caminhar pelas ruas vou sentindo algumas sensações como se alguém estivesse me vigiando, me viro pra olhar pra trás mas não vejo ninguém, deve ser coisa da minha cabeça. Ninguém em sã consciência não faria nada em plena luz do dia, mas enquanto caminhava aquela sensação só aumentava.

Minutos depois...

Ao chegar no mercado a sensação de estar sendo vigiada ainda era forte mas eu não avistava ninguém, terminei minhas compras e ao sair do mercado me deparo com duas garotas me encarando de braços cruzados.
Eu não conseguia acreditar no que meus olhos estava vendo, minhas amigas!
Elas só chegariam no outro dia estavam ali bem a minha frente, não consegui me conter corri pra um abraço assim sendo correspondido.

- Não acredito que vocês estão aqui! Como? - Perguntei ainda nostálgica por poder ver, abraçar e falar com elas que pra mim são minhas melhores amigas, enquanto eu processava tudo que acontecia elas só me olhavam e sorriam.

- Ah Alê, queríamos te fazer uma surpresa disse Babi me encarando e sorrindo.

Caroline apenas concordava com Babi, as puxei novamente pra mais um abraço, afinal já fazia meses que não as via pessoalmente, apenas por mensagens.

Enquanto conversávamos na porta do supermercado, um rapaz com seus amigos passa por nós, assim chamando minha atenção para o rapaz de pele clara e cabelos negros, não conseguia acreditar era ele. Aqueles olhos eu os reconheceria em qualquer lugar, ao passar por nós tive a confirmação de que era ele. E ouvi sua voz ao pedir licença a Caroline, que estava bem na entrada do estabelecimento.
Assim que Carol lhes deu licença, o mesmo a agradeceu e sem olhar para os lados passou por mim, pude sentir seu perfume e caramba que perfume! Que cheiro maravilhoso, me sinto embriagada. Sem dúvidas ficará gravada em minha memória assim como seu olhar na noite passada.

"Alê... Ei Alessandra!"
Saio de meus pensamentos quando ouço Caroline me chamar.

- Ei o quê aconteceu? Está aí parada olhando pro nada, vamos! Babi e eu estamos cansadas e precisamos descansar um pouco pra podermos sair à noite. Queremos comer algo porque como chegamos hoje não queremos cozinhar, certo Babi?
- Certo! - Respondeu Babi concordando com Carol
- Ah não é nada, vamos. - Digo à elas caminhando em direção as mesmas.

- No quê estava pensando hein? Estava tão perdida em seus pensamentos que nem se deu conta quando Carol e eu saímos do seu lado conta pra gente o que houve!
- Nada, não houve nada apenas me distrai.
- Tá bom... - Dizia Carol com um olhar de que não acreditou em nenhuma palavra que eu havia dito.
Mas também não disse mais nada, apenas se calou enquanto andávamos de volta pra casa, foi só aí que meu dei conta.
- Onde estão as bagagens de vocês?
- Ah estão lá na portaria do condomínio, você estava tão dispersa que nem se deu conta que estávamos lá. Você passou por nós e nem nos notou, foi por isso que Caroline e eu viemos atrás de você nos escondendo cada vez que você olhava para trás.
- Então era vocês, eu achei q estava ficando louca. Senti que estava sendo observada mas eu não via ninguém! - Eu disse fazendo bico, o que fez Carol me dar um abraço.
- Não fique assim gata, éramos só nós te observando e tentando entender que passarinho cantou na sua janela pra te deixar assim tão alegre pela manhã, já que pra você estar alegre assim logo de manhã é uma coisa inédita para nós. - Enquanto ela falava, sorria ao mesmo tempo

- Cantou? Co... Como assim cantou? Ninguém cantou pra ninguém aqui! - Digo com tom surpreso e com a voz trêmula.
- Ah... Mas alguém cantou sim, se não cantou, por quê estaria gaguejando assim? - Pergunta Babi aos risos.
- Vamos garotas, em casa a Alê nos conta o que aconteceu não é Alê?
- Ah é sim ... Em casa eu conto.
E assim seguimos nosso caminho entre risos e conversas fiadas, afinal eu estava tão feliz por elas estarem comigo finalmente.

Ao chegar em casa, vejo as duas já brigando pra ver quem tomaria banho primeiro, era um tal de eu vou primeiro, não eu que vou, até que decido acabar com a discussão.
- Oxi, mas já estão brigando?
- Alê, fala pra ela me deixar tomar banho primeiro!

Antes mesmo que eu pudesse dizer algo, ouço Carol gritando.
- Não adianta pedir pra ela falar comigo Babi, eu sou a mais velha e por isso irei primeiro, certo Alê?

Eu não sou nem doida de dizer não pra Carol. Apenas me calei, com diz aquele ditado... Quem cala, consente.
Babi faz bico e senta na cama emburrada.

Aquilo era engraçado, fazia um tempo que isso não acontecia, não conseguíamos nos reunir por conta de nossas vidas corridas e tudo mais. Fico feliz de finalmente elas conseguirem um tempo para virem ficar comigo, ainda não sei por quanto tempo elas ficarão, mas confesso que gostaria que ficassem aqui comigo pra sempre. É ruim morar sozinha e longe da minha família, mas é pior morar longe delas, que são a melhor parte da minha vida. Sei que para elas eu posso contar tudo, porque terei os melhores conselhos e os mais honestos também.
Afinal elas são mais velhas do que eu, o que me faz a caçula do grupo, mas isso não quer dizer nada, afinal sou tão madura quanto elas.
Me sinto tão feliz com elas aqui, porque quando se tem amigos de verdade tudo fica mais alegre e muito mais incrível!

Bad Boys Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz