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Fico em dúvida entre o vestido verde esmeralda e o marsala, ambos os dois são lindos. Seguro os dois na frente do espelho e reveso na tentativa de escolher. Depois de um tempo pensando decido usar o vestido na cor marsala.
Vou para o banho, não me demoro, faço escova no cabelo e algumas ondas, o caimento fica perfeito bem natural. O bom de sempre se virar com o que dá aprendi muitas coisas sem precisar de cabeleireiro.

Coloco o vestido e me surpreendo, ficou melhor do que eu esperava, alças finas, tamanho Midi com uma abertura na lateral, tecido seda marcando o busto e a cintura, elegante e sexy.

Coloco saltos nude, nossa como minha postura melhorou muito, as aulas de etiqueta estão fazendo milagre, até a minha silhueta deu um up, faço uma maquiagem não muito carregada e deixo que o batom se encarregue de destacar, passo o que o cabeleireiro me indicou também na cor marsala.

Ual, quem diria Alice olha para você a garçonete não existe mais, digo para mim mesma na frente do espelho, antes de descer coloco os brincos dourados, quase me esqueço.

Desço aos poucos a escada, Sara a minha professora de etiqueta sempre diz, uma mulher de salto que queira ter boa postura e passar elegância não precisa andar com pressa, olhe para frente e passe confiança.

Vejo Dominique, está no hall de entrada ajeitando os cabelos com as mãos na frente do pequeno espelho, ele me vê pelo reflexo do espelho e fica surpreso. Se vira animado e me espera no final dos degraus da escada.

-- Está linda, coloque sua mão aqui - ele beija a minha mão enquanto fala e a coloca sobre seu peito, sinto seu coração palpitar rápido -- está vendo como me deixa. - diz

Eu o abraço e o beijo suavemente sua boca, nunca ninguém tinha me dito algo tão belo. Ele também está lindo, camisa de botões azul céu essa cor realça muito seus olhos e seus músculos bem definidos, calça lavagem escura, o cabelo pós lavado dando aquele charme e o perfume que cheiro mais gostoso esse homem tem.

Não demorou muito, um pouco mais de vinte minutos já estamos na frente do restaurante. Ele entrega as chaves para o manobrista e entrelaça meu braço sobre o seu, me sinto amada e feliz.

A moça na recepção parece conhecer Dominique é bastante cordial com sua presença, nos leva até a mesa reservada, a melhor mesa do restaurante ela destaca.

O ambiente tem algumas mesas ocupadas alguns olham um pouco curiosos, o ambiente é agradável música clássica tocada por músicos.

Logo um garçom vem nos atender, e pergunta se Dominique quer ser servido pelo melhor vinho da casa por cortesia da casa, Dominique aceita.

-- Que gentil - digo

-- Somos os fabricantes dos melhores vinhos, por isso a cortesia - ele diz

Fico surpresa, Dominique está sempre trabalhando mas não imaginava que seria dono de uma vinícola.

-- Eu não imaginava, não vejo beber em casa - digo

-- Eu não bebo, apenas em certas ocasiões - diz -- Somos os maiores produtos a séculos, passado de geração a geração - completa.

A entrada foi servida, eu consigo compreender quase tudo que o garçom fala, eu estou bem fluente ao idioma, Dominique fica orgulhoso, rimos bastante contando algumas histórias minhas de infância, como consegue ficar ainda mais lindo rindo.

-- Eu ainda não fui ao Brasil - diz sorrindo -- Quero conhecer com você qualquer dia desses - diz

-- sério, pensei que já havia ido.

-- Ainda não, minha mãe era brasileira mas nunca fomos - ele deixa de sorrir ao lembrar, ali percebo que falar sobre seus pais era algo delicado.

Um senhor grisalho de terno se aproxima da mesa, Dominique fica sério, o senhor nos comprimenta e faz um gesto no ar e duas mulheres também se aproximam uma senhora e outra mais jovem. Ficamos de pé.

Marcas do Destino (concluído) Where stories live. Discover now