{.Capitulo 1.}

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Hayley

- Desça para tomar café hayley! - Minha mãe grita do andar de baixo.

- Já estou descendo! - falo terminando de me vestir.

Assim que desço as escadas já começo a sentir o cheiro de panquecas.

- Que cara essa? Passou a noite lendo livros de novo, não foi? - ela questiona colocando as panquecas no meu prato. - achei que você já tinha lido todo o "estoque" de livros do seu pai.

- Realmente acabei com todo o estoque do meu pai, mas não com o da biblioteca da cidade. - já tinha lido e relido todos os livros que o meu pai tinha deixado antes do seu desaparecimento, pois amava este tipo de livro mesmo sendo todos "fictícios" como minha mãe sempre me diz.

- Deveria parar com essa obsessão ridícula! - Apenas reviro meus olhos.

Minha mãe nunca acreditou em nada que meu pai dizia ou lia, segundo ela isso era a mais pura imaginação.

- Não é uma obsessão, é só um gosto meu. - falo comendo as panquecas.

- Um gosto muito ridículo por sinal. - além de não acreditar, ela era totalmente contra.

- Quer saber? Tchau mãe! - Dou um beijo em seu rosto, pego minha mochila e vou para escola.

Assim que entro ja dou de cara com jade na porta da escola.

- O'Que aconteceu? - pergunto mesmo já sabendo o motivo de ela estar de óculos sendo que não está sol.

- Nada. - Fala esquivando o rosto.

- Não acredito que deixou isto acontecer de novo! - falo me referindo ao seu olho roxo embaixo do óculos.

Jade namora Alex, um dos garotos mais populares da escola.

No começo do namoro era tudo flores, até que ele começou a beber e ficar agressivo. No inicio eram puxões de cabelo e beliscões, até que se tornaram tapas, murros, e chutes.

Já não era novidade para ninguém vê-la chegar machucada na escola.

- Era só porque ele estava bêbado.

- E sempre a mesma desculpa.

- Quer saber? Isso não é problema seu Hayley, cuida da sua vida!

- Mas você faz parte dela, e eu me importo com você! - Ela simplesmente me dá as costas e vai embora.

Embora já estivesse cansada de dar conselhos, eu sempre tentava ajudá-la, mas parece que ela realmente não quer sair desse relacionamento.

- Não sei porque ainda tenta. - fala Rose, minha melhor amiga.

- Eu ainda tento porque quero ajudá-la.

- Mas ela não quer ajuda, e você sabe disso. - Talvez Rose tivesse razão, mas não queria desistir tão fácil assim, pois ela foi uma das minhas melhores amigas por muito tempo.

- Eu sei, mas...

- Vamos para aula? E melhor do que ficar tentando ajudar alguém que não quer ser ajudado.

...

Assim que entramos eu me sentei em uma carteira logo a frente e Rose em uma logo atrás de mim.

Depois de horas cansativas de aulas finalmente chegou a hora do intervalo.

- Você precisa sair mais! - Fala Rose indo em direção as mesas do refeitório.

- Porque?

- Porque não pode viver a vida inteira só lendo livros e se apaixonando por personagens literarios.

- É melhor do que sofrer por caras escrotos que não dão a mínima para mim. - falo mordendo um hambúrguer.

- Indireta para mim, fofa?

- Não, Impressão sua. - Sorrio.

- É sério. Meu propósito deste ano é fazer você arrumar um namorado. Não que você precise de muito esforço, pois sei que existem muitos aí aos seus pés. - Fala ela.

- Se nem você namora porque eu deveria?

Antes que ela pudesse responder o sinal tocou e voltamos para a sala de novo.

...

Depois de algum tempo nem estava mais prestando atenção na aula. Comecei a desenhar coisas aleatórias na mesa, até que finalmente a aula acabou.

Apressei o passo para chegar em casa logo, pois só oque eu quero agora é tomar um banho quente depois de tantas aulas cansativas.

Assim que cheguei em casa me deparei com mamãe com uma caixa velha na mão.

-- O que é isso? -

- Algumas coisas antigas do seu pai. - fala ela colocando a caixa empoeirada em cima da mesa.

Abri a caixa e logo de cara vi relógios velhos, e outras coisas, mas nada que me chamou atenção, até que vi um livro bastante "exótico", digamos assim.

O livro tinha a capa toda de veludo vermelho, e o título "DEMÔNIO DOS SONHOS".

Peguei o livro sorrateiramente enquanto minha mãe estava de costas, para que ela não viesse falar no meu ouvido depois.

Tomei um banho, vesti uma roupa confortável e peguei o livro para ler.

Abri o livro e já comecei a achar interessante, pois parecia ser escrito a mão, e com letras muito bonitas por sinal. As páginas pareciam estar velhas e gastas.

Infelizmente, não consigo compreender a língua que está escrita, mas pelo menos vou dar uma olhada nos desenhos, que são bem interessantes.

Na primeira página pude ver um símbolo de uma chama, que parecia ser feita de uma tinta vermelha bem forte, pois analisando todos os outros desenhos pode se ver que estam bem gastos, mas este, parece ter sido desenhado a bem pouco tempo.

Logo abaixo, existem algumas palavras, que obviamente não consigo compreender, mas mesmo assim tentei pelo menos sibilar algumas delas, mas logo parei, pois senti um vento gélido passar por todo o meu corpo me deixando arrepiada.

Quer saber? Vou fechar este livro logo, se não passarei a noite acordada, e amanhã vou estar igual a um zumbi.

Peguei o livro e o coloquei dentro da gaveta, mas antes de me deitar percebi a janela aberta, oque é estranho já que a tranca está quebrada, e isso me impede de abri-la, Mas provavelmente algum vento forte deve ter a forçado a abrir.

Fecho a janela e apago a luz para dormir, mas de repente ouço um barulho forte vindo da janela. Me levanto novamente e a fecho, mas assim que me deito o barulho vem novamente.

Porra! Essa janela não vai me deixar dormir não? Me levanto novamente e a fecho de novo.

Assim que me deito e me cubro com o edredom o barulho vem novamente, mas decido deixá-la aberta. Não vou passar a noite toda fechando essa janela!

The Demon Of DreamOnde histórias criam vida. Descubra agora