{.capitulo 2.}

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Acordei com o barulho ensurdecedor do despertador

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Acordei com o barulho ensurdecedor do despertador. Me levantei, fui até o banheiro, fiz minhas higienes e me arrumei para ir para escola.

Aquele livro ainda estava na minha mente. Assim que chegar da escola pretendo dar mais uma olhada.

Desci as escadas, me sentei a mesa e comecei a tomar café, sozinha, como sempre, pois mamãe raramente está em casa.

Peguei minha mochila e fui para Escola rapidamente, pois percebi que estava atrasada, como sempre.

...

- Está acontecendo algo? - falo assim que avisto Rose encostada no armário conversando com John.

John é um dos meus melhores amigos, assim como Rose.

- Você ainda não o viu? - Perguntou Rose.

- Quem?

- O cara mais gostoso da terra encostado em uma moto na entrada da escola. - Fala Rose e John revira os olhos.

- Ahh, então e por isso que todas meninas estão suspirando pelos corredores?

- Sim. Espero que ele fique na mesma sala que a gente. - Rose fala eufórica.

O sinal bateu, peguei minhas coisas no armário e me direcionei para a sala de aula.

Me sentei em uma cadeira que ficava ao lado da janela que dava vista para a quadra de basquete, John se sentou bem atrás de mim, e Rose em uma fileira ao lado da minha.

A aula estava prestes a começar quando de repente alguém entrou pela porta.

Ele possuía olhos negros e sombrios, de um tom azul escuro, que poderia se assemelhar a um mar durante uma tempestade. Suas sobrancelhas eram grossas, mas bem desenhadas. Tinha cabelos loiros, que no momento estavam bagunçados de um jeito que o deixava ainda mais bonito.

vestia uma camiseta preta, que deixava suas tatuagens amostra, e no pescoço existia um colar com uma pedra vermelha, que me chamou muita atenção.

Sua postura e séria, ele andava com passos pesados até as cadeiras do fundo da sala de aula, sem olhar ou falar com ninguém.

Ai minha nossa senhora da bicicletinha! Segura que nós vamos bater!

Quando Rose me falou que ele era bonito não imaginei que fosse tanto.

A aula começou e as meninas e alguns meninos continuavam vidrados nele enquanto a professora falava. Não os julgo, porém, não fiz o mesmo, continuei fazendo minhas anotações.

- Esse cara nem é tudo isso, nem sei para que esse escândalo. - fala John quando saímos da sala de aula.

- Nem é tudo isso? Imagina se fosse, né meu querido? Aquilo é um verdadeiro pedaço de mal caminho - fala Rose enquanto caminhamos até uma mesa do refeitório.

- Se apaixonou mesmo? - pergunto rindo.

- Quem não?

Bebi mais um gole do meu refrigerante e direcionei meu olhar para as mesas ao meu redor, quando de repente me deparei com um par de olhos azuis me encarando, naquele momento, senti um arrepio passar por todo o meu corpo. Desviei meu olhar para minha mesa novamente. Sempre fico extremamente nervosa quando percebo quando alguém está me encarando, porque nunca sei se a pessoa está me achando bonita ou se está se perguntando de que zoológico eu sai.

- Eu sabia que não ia demorar para as abutres começarem a rondar a carne nova. - Fala Rose direcionando o olhar para Kiara, que já estava indo em direção a mesa do novato.

Kiara e a típica garota que acha que está no filme meninas malvadas. É quando digo isso, não digo brincando, e o pior é que todos também parecem achar isso, pois muitos se rebaixam em um nível humilhante simplesmente para ter sua amizade ou ter pelo menos um por cento de sua popularidade. Isso é algo que eu realmente não consigo entender.

- hii, já está com ciúmes do cara sem nem conhecer? - Fala jonh é Rose revira os olhos.

...

Coloco uma música no fone e finalmente me direciono para casa depois de tantas aulas cansativas.

- Mãe? - A chamo mas não ouço resposta. Provavelmente ela está no escritório, como sempre.

Deixo minha mochila jogada em algum canto da sala e subo para o meu quarto.

Enquanto tomava meu banho fiquei pensando se Rose estava certa, talvez eu devesse sair mais da minha zona de conforto, talvez conhecer pessoas novas, ou sei lá.

Eu já fui e vou em algumas festas, mas na maioria delas me senti entediada, pois é como se todos tivessem a mesma personalidade e falassem de um único assunto: sexo. Não quero dizer que todos os adolescentes são assim, mas a maioria dos caras que eu conheci só se aproximaram por isso.

As vezes penso que talvez eu seja o problema, talvez eu não fosse interessante o suficiente para que alguém se aproxime de mim com outro propósito.

Suspiro pesadamente e finalmente saio da banheira, visto minha roupa e decido dar uma olhada no livro de novo, mas assim que abri a gaveta percebi que estava totalmente vazia.

Procurei nas outras gavetas, mas sem resultado. Será que mamãe havia pego ele?

Se ela tiver pego nem adianta eu procurar a ela pois sei que não irá me devolver, mas mesmo assim vou insistir.

- Mãe?

- Sim?

- A senhora por acaso não viu um livro que estava na minha gaveta?

- Não. Passei o dia trabalhando, então não tive tempo para nada, muito menos para subir ao seu quarto.

Volto para o quarto frustrada. Será que o livro evaporou ou saiu andando então? Só eu e mamãe vivemos nessa casa, seria impossível algo sumir tão de repente.

Procuro mais uma vez nas gavetas, e logo em seguida por todo o quarto, mas sem resultado.

Quer saber? Vou pegar outro livro para ler, já estou cansada de procurar.

...

Olho no relógio e vejo que ainda são 03:01 da madrugada, mas um maldito barulho vindo da janela me acordou.

Liguei o abajur, e vi que a janela estava aberta, provavelmente o vento forte a abriu, assim como na noite passada.

Tranquei a janela e quando estava voltando para cama pude jurar ver uma sombra no canto do quarto.

Procurei meu celular rapidamente na intenção de iluminar o local, mas não achei.

- Com medo, docinho? - Uma voz grossa como um trovão surgiu do canto escuro do meu quarto.

The Demon Of DreamWhere stories live. Discover now