6 | Rancor e Impulso

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i've got a war in my mind (eu tenho uma guerra na minha mente)

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i've got a war in my mind
(eu tenho uma guerra na minha mente)

Entro raivosa em meu quarto e bato a porta com tanta força que a mesma quase se desprende das dobradiças.

Choro, tomada pelo ciúme e lamentando pela liberdade que nunca me pertenceu.

— Baetrys. — Escuto a minha mãe chamar.

Me assusto. O barulho do meu choro abafou o ambiente e eu não percebi ela entrando.

— Você enlouqueceu? — ela pergunta, provavelmente se referindo a minha atitude imprudente com a faca.

— Sim, estou louca — falo sarcástica. — As circunstâncias me deixaram assim e a tendência é piorar.

— Pare com isso!

— Um chorinho do Aegon te comove a ponto de você me deixar falando sozinha sobre um assunto importante.

— Você queria que eu o deixasse chorando?

— Você me deixava chorando incansáveis vezes quando eu implorava para morar com você! E também tem as vezes que eu chorava e você não sabia, porquê estava longe!

— Por que esse ciúme agora?

— Você sempre me tratou diferente! Criou Jacaerys e Lucerys ao seu lado em King 's Landing e cria Joffrey, Aegon e Viserys do mesmo jeito aqui. Você me mandou para cá, sozinha, quando eu tinha 1 ano. Até os 10, tudo que eu tinha de você eram suas visitas esporádicas. — Minha voz estava carregada de rancor. — De todos os seus filhos, você só fez isso comigo!

— Eu vim para cá Baetrys! Eu estive com você todos os dias durante os últimos seis anos.

— Eu sei, mas isso não é suficiente para apagar anos de ausência! — Soluço. — E você só veio porque estava fugindo dos boatos.

— Eu vim porque queria uma vida feliz, em paz ao lado da minha família.

— Você decidiu isso tarde demais!

— Há quanto tempo você pensa assim? — questiona.

— Desde que não sou mais uma criança.

— E estava esperando para jogar isso na minha cara?

— Sim.

— Se esse é o tom da conversa, você ficará dando chilique sozinha. — Ela me dá as costas e caminha até a porta.

Engulo seco, pronta para continuar jogando toda a minha mágoa para fora.

— Eu sei que somos bastardos. — Ela para de andar. — Jacaerys, Lucerys e Joffrey e eu.

— Eu não lhe dou autorização para continuar falando! — Ela vira seu rosto para mim.

— É a minha vida! Eu tenho o direito de falar!

A Bastarda de Dragonstone | Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora