22 | Feridas Abertas

620 48 54
                                    

i love it and i hate it at the same timeyou and i drink the poison from the same vine(eu amo e odeio ao mesmo tempo, você e eu bebemos o veneno do mesmo vinho)

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

i love it and i hate it at the same time
you and i drink the poison from the same vine
(eu amo e odeio ao mesmo tempo, você e eu bebemos o veneno do mesmo vinho)

Aemond está entusiasmado, e durante o caminho, não consegue conter o sorriso no canto dos lábios. Ele abre a porta de seu quarto e me puxa para dentro. Analiso minuciosamente o ambiente.

O quarto é como qualquer outro na Fortaleza, mas por algum motivo é a cara de Aemond. Seja pelos livros espalhados na mesinha perto da lareira acesa ou as variadas espadas expostas em cada canto do cômodo. A atmosfera é enigmática, sombria e encantadora, assim como ele.

Corro até a mesinha e olho livro por livro.

— Sabia que amo a Visenya? — Pego a biografia da rainha guerreira em minhas mãos.

— Eu sempre soube — diz convencido por estar ciente disso.

— Isso é óbvio. — Tento tirar o seu mérito. — Visenya era incrível, maravilhosa e lendária. — Não poupo elogios para a mulher que me inspira.

— Acho que estou com ciúmes. — Ele comprime os lábios fingindo estar ultrajado.

— Deveria mesmo, pois a devoção que eu tenho a ela é maior que os Sete Reinos.

Aemond anda para o outro lado do quarto enquanto eu ainda inspeciono os livros.

— "A Maldição de Valíria" — leio em voz alta o título do livro que Aemond pegou sorrateiramente do meu quarto há alguns dias. Só percebi o que ele tinha feito quando se vangloriou disso. — Já terminou? — pergunto quando volta a se aproximar com algo em suas mãos.

— Li em uma noite, quando precisei distrair os meus pensamentos que estavam fixos em um certo alguém. — Seu olhar penetra no meu e tenho um vislumbre do meu próprio reflexo refletido em sua íris. — É para você. — Ele estica as mãos que seguram uma caixa de madeira. — Um presente. Espero que goste. — Sua excitação é grande.

Pego a caixa e apoio na mesinha. Passo os dedos na tampa, sentindo o entalhe do brasão da Casa Targaryen.

— O que é? — pergunto exasperada, sem fazer ideia de que tipo de presente Aemond daria a alguém, ainda mais para mim.

— Abra para saber. — Se diverte com a minha reação.

Arranco a tampa e me deparo com a adaga mais linda que já vi em minha vida.

— É aço valiriano — comento ao pegar a adaga, um sorriso largo se forma em meus lábios.

— Um pouco da nossa ancestralidade.

A lâmina possui um formato reto, e é tão limpa que reflete o meu reflexo. Contemplo o cabo que é todo adornado por pequenos rubis. As pedras cintilam.

— Pensei que iria gostar dos rubis. Como o colar que usou no baile. — Ele foi certeiro, e sabe disso.

— Essa é a adaga mais linda que eu já vi. — Ainda admiro a arma. — Obrigada!

A Bastarda de Dragonstone | Aemond TargaryenWhere stories live. Discover now