Baetrys Velaryon, filha da princesa Rhaenyra Targaryen, foi criada em Dragonstone, longe da presença constante de sua família.
Aos 16 anos, depois de uma briga com a mãe e tomada pelo impulso, a jovem parte para King's Landing para passar um tempo...
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i love it and i hate it at the same time you and i drink the poison from the same vine (eu amo e odeio ao mesmo tempo, você e eu bebemos o veneno do mesmo vinho)
Aemond está entusiasmado, e durante o caminho, não consegue conter o sorriso no canto dos lábios. Ele abre a porta de seu quarto e me puxa para dentro. Analiso minuciosamente o ambiente.
O quarto é como qualquer outro na Fortaleza, mas por algum motivo é a cara de Aemond. Seja pelos livros espalhados na mesinha perto da lareira acesa ou as variadas espadas expostas em cada canto do cômodo. A atmosfera é enigmática, sombria e encantadora, assim como ele.
Corro até a mesinha e olho livro por livro.
— Sabia que amo a Visenya? — Pego a biografia da rainha guerreira em minhas mãos.
— Eu sempre soube — diz convencido por estar ciente disso.
— Isso é óbvio. — Tento tirar o seu mérito. — Visenya era incrível, maravilhosa e lendária. — Não poupo elogios para a mulher que me inspira.
— Acho que estou com ciúmes. — Ele comprime os lábios fingindo estar ultrajado.
— Deveria mesmo, pois a devoção que eu tenho a ela é maior que os Sete Reinos.
Aemond anda para o outro lado do quarto enquanto eu ainda inspeciono os livros.
— "A Maldição de Valíria" — leio em voz alta o título do livro que Aemond pegou sorrateiramente do meu quarto há alguns dias. Só percebi o que ele tinha feito quando se vangloriou disso. — Já terminou? — pergunto quando volta a se aproximar com algo em suas mãos.
— Li em uma noite, quando precisei distrair os meus pensamentos que estavam fixos em um certo alguém. — Seu olhar penetra no meu e tenho um vislumbre do meu próprio reflexo refletido em sua íris. — É para você. — Ele estica as mãos que seguram uma caixa de madeira. — Um presente. Espero que goste. — Sua excitação é grande.
Pego a caixa e apoio na mesinha. Passo os dedos na tampa, sentindo o entalhe do brasão da Casa Targaryen.
— O que é? — pergunto exasperada, sem fazer ideia de que tipo de presente Aemond daria a alguém, ainda mais para mim.
— Abra para saber. — Se diverte com a minha reação.
Arranco a tampa e me deparo com a adaga mais linda que já vi em minha vida.
— É aço valiriano — comento ao pegar a adaga, um sorriso largo se forma em meus lábios.
— Um pouco da nossa ancestralidade.
A lâmina possui um formato reto, e é tão limpa que reflete o meu reflexo. Contemplo o cabo que é todo adornado por pequenos rubis. As pedras cintilam.
— Pensei que iria gostar dos rubis. Como o colar que usou no baile. — Ele foi certeiro, e sabe disso.
— Essa é a adaga mais linda que eu já vi. — Ainda admiro a arma. — Obrigada!