Capítulo 19

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ADAM MEDINA

— Senhor, tem uma reunião marcada agora com um investidor. – Lucilene anuncia pelo viva-voz do telefone. Já entediado de verificar planilhas, me encosto do couro da minha cadeira, suspirando em seguida.

— Ele já chegou? – verifico, antes de pegar meu paletó e colocá-lo.

— Já sim. Está a sua espera na sala de reuniões, do quarto andar.

— Ok! – pego meu celular e as chaves do meu carro, me guiando para fora dali. Passo por Lucilene, que tem sua cabeça baixa olhando algo no celular. Após a porta do elevador se abrir, dou de cara com o quarto andar onde fica o jurídico, atualmente gerenciado pelo meu irmão, Luke.

Alguns funcionários me comprimentam e outros figem não me ver. Das grandes janelas da sala de reunião do jurídico, já posso ver Luke com as mãos no bolso do terno, olhando para a cidade exibida na enorme parede de vidro atrás da mesa de reunião. Adentro no local e sinto a refrigeração em menor temperatura, levo meu olhar até o ar-condicionado e ele está no 15.

— Está tentando morrer de hiportemia? – brinco com meu irmão, sento-me ao meu lugar. Luke suspira cansado e se senta ao meu lado esquerdo.

— Tô cheio de problemas para resolver. Vicent tomou um puta processo. – arregalo os olhos surpreso e ele prossegue – Ele comeu a chefe do jurídico e como ele não quis nada sério, ela processou ele por danos morais.

— Ele ainda não aprendeu a segurar o pau na calça? – Luke nega – Irei conversar com ele hoje.

— Tem mais uma coisa – afirma – Consegui uma jantar de negócios com o presidente da Argentina. Ele está interessado em uma filial em seu país, mas antes, ele quer conversar com você sobre isso.

— E quando será esse jantar? – abro uma garrafinha de água, despejando o líquido na minha boca.

— Amanhã, às oito e meia. – quase me engasgo com o que ele diz, Luke percebe minha dificuldade para respirar e bate sem delicadeza alguma nas minhas costas. – Vê se não morre.

— Amanhã? – ele concorda – Às oito e meia? – concorda novamente – Isso é loucura, Luke. Tenho muito trabalho para fazer aqui, sem contar que só essa semana tenho três reuniões com os fornecedores. E tenho que ver com o RH, já que vamos abrir vagas para estágios esse ano ainda.

— Posso resolver isso com o RH, sem problemas. As reuniões você pode reagendar, porque esse jantar vai ser bom para empresa continuar se expandindo sem fronteiras.

— Você está certo.

A porta automática da sala de reuniões se abre e o senhor Albert entra com sua equipe na sala, e logo atrás vem minha secretária com seu Tablet em mãos e um sorriso grande no rosto. A reunião com o Albert era para acertar alguns pontos sobre nosso novo software, que está em produção desde o ano passado.

Conversamos e organizamos algumas coisas, durante uma hora e meia. Percebi que Lucilene anotava tudo que era dito nessa reunião, e isso realmente é muito bom. Finalizamos com um aperto de mão e todos já saíram para seus devidos lugares. Sem esperar mais, fui até meu andar e peguei minha maleta, voltando para o elevador e apertando a garagem.

Encontro meu carro, e faço uma nota mental novamente que preciso comprar outro carro com Vicent. Entro no veículo já ligando o aquecedor do mesmo, já que aqui fora está um frio da desgraçada. O carro já está em movimento, indo em direção ao meu apartamento.

Assim que estaciono meu carro na minha vaga, não demora muito e tranco o mesmo indo até o elevador. Aperto no último andar, onde se encontra minha cobertura e espero a caixa de metal se abrir, me dando a visão de Lorena sentada no sofá com uma pilha de livros em volta.

Que mulher linda. Penso.

Lorena está com as pernas cruzadas, usando um short soltinho na cor preta e uma regata listrada. Seus cabelos estão preços de um rabo de cavalo. No nariz, está pendurado um óculos que faz os olhos dela parecerem mais claros. Seus olhos encontram os meus, quando ela ouve o barulho do elevador anunciando minha chegada.

— Chegou cedo. Ainda são três horas. – fica curiosa e sorri quando eu não respondo. Eu estou transe, como ela consegue ser uma mulher maravilhosa.

— Tenho uma viagem de negócios ainda hoje. Vim avisá-la, que teremos que ir para Argentina ainda hoje. – pinho minha maleta no cabideiro e começo a subir rapidamente as escadas. Ela logo vem apressada atrás de mim.

— Como assim, nós? Você não pode ir sozinho? – continuamos a subir e ela suspira cansada e prossegue – Não posso ir, Adam. Estou estudando para minha prova que será daqui um mês, isso é bem importante pra mim.

— Eu sei, doce esposa. Não ficaremos mais de dois dias, fique tranquila. – me viro para ela, quando chegamos no segundo andar. – Se quiser, leve todo o seu material de estudo. Afinal, essa é uma viagem de negócios e não de férias. – me aproximo dela, tocando sua bochecha com minha mão direita e deposito um beijo na sua testa – Vamos? Temos que estar prontos até as seis.

— Tudo bem – sorri de lado, sem mostrar os dentes e toma a frente subindo as escadas até o terceiro andar.

— Tudo bem – sorri de lado, sem mostrar os dentes e toma a frente subindo as escadas até o terceiro andar

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