Traição

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Quando o sol nasceu novamente alguma coisa estava diferente no ar de King's Landind, o castelo estava em silêncio e uma brisa fria incomum para os dias quentes correu pelo ar enquanto nenhum som dos criados corria pelos corredores.

Visenya ficou de pé sem vontade de sair da cama, sentindo frio com o pequeno, as mãos correndo pelos vestidos do guarda-roupas atrás de um com pelo menos meia manga e encontrando um em meio a montanha, de cor azul escura como o céu da meia noite.

Alguma coisa a disse que ela nem devia ter saído da cama...

No silêncio do castelo o som da maçaneta dela batendo preencheu os corredores, a fechadura trancada impedindo-a de sair do quarto mesmo quando ela empurrou repetidamente, confusão enchendo-a.

"Guardas!" ela chamou em vão

Ninguém a respondeu conforme o silêncio reinando pelo corredor se tornava ensurdecedor, o único som vindo dos assovios da brisa que corria pelas frestas da janela do quarto dela.

Alguma coisa estava errada...

Caminhando pelo quarto Visenya empurrou a janela aberta, os olhos correndo pelo pátio principal olhando o baixo movimento dos criados e quase nenhuma companhia dos guardas que normalmente guardavam áreas especificas.

Com certeza alguma coisa estava errada, e ela ser trancada era a forma que Otto e Alicent tinham de mantê-la longe das coisas e dos assuntos do reino.

Mas o que demandaria tal ato? Um novo ataque não era um cenário possível na mente dela, não depois do estado que a última frota ficou após a saída dela e de Aemond.

Qualquer que fosse o assunto seria do pequeno concelho, e ela não era permitida nas reuniões, mesmo como princesa do reino e estando na sucessão do trono.

Ao invés disso a causa poderia muito bem ser algo interno, algo que ela foi longe ao ponto de teorizar que mesmo o pequeno concelho não deveria saber, e isso a assustou, com sua família longe e incomunicável ela estava sozinha para se preocupar consigo mesma sem nenhum suporte extra.

Mesmo assim Visenya se controlou, suas armas estavam na sela em Seasmoke, o que a deixava com apenas uma faca de cozinha que estava sobre a mesa onde o jantar a esperava na noite anterior, nenhum guarda a respondia não importando o quanto ela chama-se, e isso evidenciou sua falta de aliados na capital.

Todos obedeciam a Rainha e a Mão do Rei...

E por tal fato Visenya não se surpreendeu quando a porta se abriu e Otto apareceu na porta com toda sua postura real.

Ou tão real quanto um velho ladrão poderia parecer, um coiote sorrateiro pronto para dar um bote naquilo que não era dele.

Junto dele mais dois guardas se aproximaram entrando sem o convite dela, ambos mantos brancos da guarda real, ambos armados e seguindo o passo do Mão do Rei.

"Princesa" ele a cumprimentou

Ela fechou a cara "Espero que você tenha uma boa desculpa para isso" ela disse ponderadamente mantendo sua voz controlada

"O rei está morto" ele declarou sem hesitação ou emoção em sua voz

E ela quase caiu com o baque que simples palavras podiam fazer...

"Sei que é uma mensagem devastadora, entendo que você precisará de tempo para-" ela interrompeu a divagação dele

"Quando aconteceu?" ela questionou

Quanto tempo fazia que ela estava trancada...?

"Ele foi encontrado morto em seus aposentos, os meistres acreditam que ele se foi em seu sono" e ao menos isso ele se dignou a fazer, responder ela

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