dezenove

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— Espera um momento. — Pandora balançou as mãos em ansiedade enquanto dizia. — Você está dizendo que vai entrar no dormitório da Sonserina? Regulus, tem noção há aurores lá que não vão te deixar entrar?

— Sim, querida eu sei. — Regulus massageou suas têmporas. — Vou usar um feitiço de invisibilidade.

— O feitiço não dura mais do que cinco minutos! E só funciona nas suas roupas! Como espera enxergar se vai cobrir o rosto todo? — Pandora parecia muito como uma mãe dando bronca nele com as mãos apoiadas nos quadris.

— Há uma passagem secreta que vai dar em baixo dos pisos e eu vou sair de dentro de uma das poltronas da comunal.

— Ainda é muito arriscado. — a loira começou a passagem a mãos pelos cabelos com rapidez e Regulus sabia que isso significava que ela estava no ápice de seu estresse.

O sonserino levantou-se e foi até ela, retirando os dedos finos e delicados dos cabelos loiros quase brancos para segurar em suas próprias mãos. Pandora sabia que aquilo significava que ela deveria olhar para ele e assim o fez.

— Preciso que acredite em mim para que eu possa acreditar em mim mesmo. — ele falou.

— Estou com tanto medo.

— Eu também, mas tudo dará certo se você acreditar. — ele puxou ela para seus braços e ela foi de bom grado.

— Talvez eu possa ajudar com a questão da invisibilidade. — Evans disse, fazendo com que os dois melhores amigos saíssem de sua bolha para olhar a ruiva.

— Sim, você disse que é boa em feitiços. — Regulus respondeu.

— Não, não desse jeito. — a ruiva negava enquanto buscava algo no bolso de sua calça e quando tirou o que procurava, Regulus teve a visão de um pedaço de pano pratedo com estrelas e luas dobrado em sua palma. Ela apontou a varinha para ele e disse um feitiço de amplificação e tecido cresceu tanto que caiu de sua mão. Quando ela buscou no chão, as estrelas prateadas pareciam brilhar na luz precária do Lago Negro que vinha das janelas. Regulus percebeu que era uma capa longa, porém, sua surpresa foi quando Evans se envolveu nela e simplesmente sumiu.

— Nem fodendo! — Pandora exclamou ao seu lado.

— Agora me surpreendeu, Evans. — o sonserino disse quando seu queixo voltou ao lugar. — Isso explica como você entrou aqui, para início de conversa.

— Você tem que me dar o crédito também, além da capa eu tive que ser muito rápida antes que você fechasse a porta.

— Sim, sim. Extraordinária, como tudo que você faz. — Regulus debochou e Pandora viu as bochechas de Evans ficando vermelhas de raiva.

— Agora, voltando aos planos. — Pandora enterviu. — Com a capa, estou mais segura sobre tudo. Mas ainda há um furo muito grande em tudo isso. Como vamos descobrir onde está o antídoto ou como ele é feito.

A grifinória tirou a capa, a deixou na guarda da cadeira e arrumou seus cabelos de fogo.

— Eu posso fazer o meu lance. — Regulus propôs, não nomeando sua pscicometria e esperando que Pandora pudesse entender que não deveria revelar à Lilian. — Com Snape.

— Que lance? — Evans perguntou.

— Um que irá me revelar o que ele usou para fazer a poção. Mas preciso estar em perto dele.

— Por que não fez isso antes então? — Evans parecia indignada.

— Porque é arriscado e eu preciso de um certo tempo para poder fazer isso. — Regulus explicou de uma maneira ríspida, não aceitando que a ruiva usasse aquele tom para falar com ele.

judas • starchaserWhere stories live. Discover now