Rivals

2.

Bahrein, Sakhir (tori's pov)

Eu havia passado a noite em claro por pura ansiedade, afinal seria minha estreia oficial no campeonato pela Red Bull. Se pilotar durante os testes tinha sido exaustivo e estressante, imagina na primeira corrida do ano. Todos os olhos estariam voltados pra mim e a Max, o atual campeão, e as expectativas jamais estiveram tão altas e adrenalina também.

Hoje eu largaria da quarta posição, com a Ferrari de Sainz logo a frente, e a Mercedes de Hamilton logo atrás, logo a pressão não poderia ser maior. O nervosismo só aumentou depois de ter tido uma reunião com a equipe toda, onde Max declarou ter sentido que seu carro estava menos potente do que o habitual, especialmente porque eu mesma tinha sentido a mesma coisa, durante os treinos no dia anterior. Mas infelizmente agora, não era possível fazer nada, os carros já estavam posicionados e a volta de formação tinha acabado de começar.

No momento, única coisa que eu era capaz de ouvir era o ronco do motor, e isso era exatamente a única coisa que importava. Fechei os meus olhos, enchei o peito de ar, e vi as luzes apagarem.

E assim se iniciou o grande premio de Bahrein

A largada foi ótima, consegui roubar  a posição de Sainz e Max estava na cola de Leclerc. Poucas voltas depois Charles conseguiu liderar o batalhão, sem muitas preocupações já que Verstappen estava levemente atrasado atrás de si. Foi uma tarefa difícil segurar o espanhol no começo, mas depois que Hamilton começou a atacá-lo a distancia facilitou muito as coisas.

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Algumas voltas depois, recebi um aviso de um dos meus engenheiros:

- Wilson, o motor do Verstappen está parando. Repito, o motor do Verstappen está parando. Entendeu?

- Entendido - respondi - Passagem livre pra p2 então?

- Vá em frente.

- Ok.

E assim fiz, enquanto via seu companheiro de equipe e melhor amigo encostar o carro, a vontade de se provar pra equipe e pro mundo só cresceu. A prioridade do momento seria diminuir a distancia de Leclerc, e depois tomar a posição no monegasco. Bom, pelo menos esse era o plano, até mais um rádio um tanto quanto incomodo vindo do engenheiro:

- Tori, Lewis foi pro box. Carlos está livre e vai colar em você - recebendo um suspiro em resposta - Se defenda.

- Mas que merda- bufei - Ok, tudo bem. Farei meu melhor.

E assim se iniciou a disputa pelo segundo lugar, com um Lewis sorrateiro a espreita, seguido de um Magnussen bem insistente. A princípio, eu tinha quase tudo sobre controle, estava conseguindo aumentar a distância de Carlos e Lewis, até começar a sentir o motor perder intensidade, da mesma forma que tinha acontecido mais cedo com Max:

- Meu motor está me deixando na mão.

- Você sente que ele vai parar?

- Sinto, não vai ser de uma vez, mas ele tá diminuindo o ritmo.

- Melhor você abandonar pra prevenir qualquer acidente. Sinto muito Tori, desculpa pelo descuido.

- Tudo bem pessoal, a próxima é nossa relaxem.

Depois de descer do carro, Decidi que voltaria ao box andando pra espairecer um pouco, não tinha sido um bom começo para a equipe mas eu sentia que nós dariamos a volta por cima. Chegando aos boxes, fui avisada por Gabi que teria uma coletiva de imprensa ao fim da corrida junto de Verstappen.

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Leclerc havia ganhado a corrida