capítulo 3: procurado mundialmente

146 29 8
                                    

— Sabe garoto, Agust é um cara muito procurado. – o delegado os levava pelos corredores da delegacia enquanto Jimin se acalmava de tudo que aconteceu – Como é seu nome mesmo?

— Jimin.

— Então, como eu ia dizendo Jimin, ele é muito procurado, não apenas no nosso país. A recompensa pra quem der uma pista sobre ele é muito alta.

— Sério?

— Algumas pessoas já vieram para nos dar pistas, mas por algum motivo elas nunca voltam pra que formalizemos sua denúncia.

— Estranho.

— Também acho, mas sabe Jimin. Meu chefe odiaria ser preso.

O delegado abriu uma porta empurrando Jimin por ela, eles saíram em um beco onde o carro de Agust já estava estacionado.

— Sem gritar, ou tentar fugir, eu tenho uma arma no meu cinto, e não sou um atirador de elite a toa.

O rapaz engoliu em seco enquanto era escoltado até o carro, o delegado o empurrou para dentro e entrou em seguida.

— Obrigado Vante, é sempre bom saber que tenho com quem contar. – o homem assentiu com a cabeça sorrindo – e você, Jimin... Eu achei que tivesse deixado bem claro quem eu sou. Eu não gosto de brincadeiras, esse foi um teste e você falhou. Saiba que eu tenho olhos e ouvidos em toda parte. Agora me de seu celular.

— Tá bom, é 0...

— Não, você não me entendeu, me entregue o aparelho.

— O que?

Agust bufou e abriu um compartimento atras do banco em sua frente, ele retirou uma arma de lá e checou se havia balas, assim que liberou a trava apontou para cabeça de Jimin.

— Você não vai me querer ver nervoso. Entregue o aparelho. Agora!

Com as mãos trêmulas o rapaz retirou o celular de seu bolso e entregou ao criminoso que sorriu o beijando.

— Viu como me obedecer não dói.

A casa de Agust era grande, mas prática, ele levou Jimin até o seu quarto e deixou Vante o vigiando. Quando Agust voltou, vestindo roupão e de banho tomado, ele explicou para o rapaz que eles dividiriam aquele quarto a partir dali e enquanto não fosse instalado uma segurança mais forte ele teria que tomar providências para evitar a sua fuga.
O que resultou em um Jimin acorrentado ao pé da cama, a corrente o prendia pelo tornozelo e era do tamanho suficiente para ele passear pelo quarto, porém o impedia de chegar na janela ou na porta.
Agust retirou seu roupão e deitou fazendo o outro lhe abraçar, a cabeça de Jimin girava enquanto ele tentava entender tudo que estava acontecendo, ele queria que aquilo fosse apenas um pesadelo mas o peso da corrente em sua perna o lembrava que era bem real.
Pela manhã o som de uma furadeira acordou Jimin, ao olhar para janela ele viu uma grade sendo posta, deveria ser a segurança que Agust havia dito.

— Bom dia. Que bom que acordou, precisamos conversar.

Jimin se virou para a voz e encontrou Agust arrumando uma gravata, ele o olhava pelo reflexo do espelho.

— Bom dia.

— Temos um banheiro aqui no quarto, as toalhas limpas estão no armarinho embaixo da pia, eu esperarei na mesa de jantar, você apenas desce as escadas e vira a direita. Você tem 10 minutos, nada de gracinhas.

— Ok.

O rapaz levantou e foi tomar um banho rápido, ele não se conformava com o que havia acontecido, mas parecia que não iria conseguir escapar tão cedo, mas daria um jeito, nunca que iria viver como um prisioneiro daquela forma.
De banho tomado e roupas limpas, Jimin desceu as escadas e encontrou uma porta que dava na sala de jantar, o cômodo era grande mas apenas um pedaço da mesa estava arrumado, Agust estava sentado na ponta e olhou para o relógio.

— Chegou antes do que falei, bom, muito bom. Sente-se, você precisa comer, enquanto isso eu te explico algumas coisas.

O rapaz sentou ao lado de Agust e pegou uma fatia de bolo, o criminoso sorriu e bebeu um gole de seu café antes de prosseguir.

— Muito bem, eu posso ser um criminoso procurado em 38 países, mas isso não me faz uma pessoa injusta, eu vou te dar duas opções para você escolher, três na verdade.

— Quais seriam?

— Primeiro, a opção ruim, você pode tentar bancar o espertinho, tentar fugir ou se rebelar. Nesse caso eu tenho um porão perfeito pra você, acho que até mesmo a sua bela bunda vai caber direitinho na parede da minha boate, ou então eu posso testar novos métodos de tortura, depende de quão irritado eu fique – Agust viu o outro engolir em seco o que lhe fez sorrir – mas temos também a opção boa, você aceita ser meu esposo, mora comigo comportado, se mantém na linha, e eu posso te dar a vida mais normal possível, até mesmo deixo você ter um celular e visitar seus pais. Para isso eu preciso confiar em você, mas vamos aos poucos. Então vemos a terceira opção que se encaixa na segunda. Você pode simplesmente ser meu esposo, caseiro, obediente, tranquilo, sem problemas, mas também pode me ajudar no meu trabalho, fazer parte da minha gangue, eu não sou tão ruim quanto pareço, e em algum momento você vai ver isso, eu não mato inocentes Jimin, muito menos sou um ladrão, mas isso vemos aos poucos. Resta a você se decidir.

— Muito obrigado pelas maravilhosas opções – Agust riu com a insolência de Jimin, havia um certo charme naquilo – mas não quero entrar no seu jogo sujo.

— Como preferir, as portas estarão sempre abertas para você, figurativamente, já que agora elas ficarão bem trancadas, não é nada pessoal mas não confio em você.

— É recíproco.

— Pois bem, café da manhã ficará na mesa até no máximo 9 horas, o almoço sai ao meio dia em ponto e o jantar é servido as oito, você pode pedir qualquer coisa para cozinheira, independente do que seja, independente do valor ou complexidade, ela dará um jeito de fazer ou comprar. Porém, você deve fazer as três refeições principais comigo, todo dia, sem falta. Entendido?

— Sim.

— Ótimo, como disse as portas estão trancadas, se eu ver que posso confiar em você eu posso te dar mais liberdade. Você pode usar a biblioteca, não mexa no meu escritório, você pode usar a televisão, aparelho de som, vídeo game, e até mesmo o computador, mas claro vários sites estão bloqueados, para minha segurança, alguns dos meus empregados estarão sempre aparecendo para checar como você está, caso precise de algo é só pedir, desde um doce até um conjunto de grife de última coleção, eles têm ordens de obedecer e comprar qualquer coisa, claro que qualquer coisa que não me ponhe em risco.

Jimin apenas assentiu, não era nenhum sonho mas estava melhor do que ele imaginou que seria, quando Agust saiu o rapaz se jogou na cama voltando a dormir.
Era quase meio dia quando uma batida na porta acordou Jimin. Ele levantou atordoado e abriu, dando de cara com um dos capangas de Agust.

— Bom dia, Bela adormecida.

— Oi... delegado Kim né?

— Vante. Me chame de Vante.

— Isso. Algum problema?

— O chefe está quase chegando, e nenhum daqueles preguiçosos queria vir te chamar, eu não viria também mas meu namorado me mandou mensagem, eu não sou doido de desobedecer.

— Obrigado, eu acho.

— Olha, nem você nem nós estamos bem com essa situação, eu fui tirado das ruas pra ficar de babá pra você, então vê se tenha juízo porque ninguém aqui evitaria de atirar caso seja preciso.

O rapaz apenas assentiu vendo Vante sorrir, o capanga saiu dali deixando que Jimin se trocasse para descer para o almoço, em um timing perfeito, assim que ele sentou à mesa, Agust chegou.

Kitty D | Yoonmin | em andamento Where stories live. Discover now