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Você batucava os dedos de maneira impaciente sobre o balcão da loja, soltando suspiros de tédio.
Não que você não gostasse de trabalhar em uma biblioteca. Não, nada disso! Mas era cansativo estar no final do seu turno só esperando uma senhora escolher um livro, para enfim, poder fechar a loja.
Se debruçou levemente sobre a madeira, sentindo seus olhos pesarem. Você levantava cedo da cama para ir à faculdade e logo depois que saía, só tinha uma hora de descanso. Pois você logo tinha que ir ao trabalho.
Se sentia exausta.
No momento em que iria fechar os olhos, ouviu o sininho da porta soar. Alguém tinha entrado. Virando a cabeça para ver de quem se tratava, abriu um sorriso vendo seu namorado adentrar a loja, indo em sua direção.
Chifuyu sorria pra você, segurando dois copos de café nas mãos. E era exatamente disso que você precisava: café.
—— Ooi! — ele se debruçou um pouco sobre o balcão para poder, delicadamente, puxar sua nuca para selar sua testa. Você murmurou um "Oi" sorrindo. Amava os gestos de carinho do loiro. — E aí, como é que tá?
—— Se você estiver se referindo a mim, eu tô bem. Mas se for a loja... — você fez um sinal com a mão para que se aproximasse, e foi o que ele fez. — Tá vendo aquela senhora? Ela tá a mais de duas horas escolhendo um livro! Eu só tô esperando ela pra poder fechar a loja.
Ele riu com a sua indignação e pressa pra velha senhora se decidir de que livro comprar.
—— Relaxa amor, já já ela escolhe um livro e podemos ir embora — disse carinhoso.
—— Eu tô morrendo, Fuyuuu... — fez drama se deitando na mesa do balcão.
—— Morrendo é? Que pena, então não vamos poder ir naquela doceira que você tanto gosta...
Você se levantou no mesmo instante, e Matsuno caiu na risada.
—— Chifuyu, cê nem acredita. Mas do nada comecei a me sentir super bem.
—— A é? Que milagre, hein — disse rindo, enquanto via você levar um dos copos de café que estava sobre a mesa aos seus lábios, tomando um longo gole.
—— Você não faz nem ideia — você o acompanhou na risada enquanto tomavam o café.
[•••]
Vocês riam de uma piada besta que você havia contado. Chifuyu chegava a colocar as mãos na barriga e jogar a cabeça para trás de tanto que ria. Já tinham terminado seus doces e agora estavam de bobeira conversando. Sentados em uma das mesas da doceira.
Aquela velha senhora, havia ficado mais trinta minutos escolhendo o bendito livro. Pra no final, ela comprar o primeiro que viu e que estava na mão dela. Uma das coleções de Stephen King, o famoso "À Espera de Um Milagre".
