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Alguns dias haviam passado, Pete já estava bem, e já conseguia andar pelo quarto com a ajuda de Type, o garoto não queria de jeito nenhum sair de perto do pai e Vegas havia feito um acordo com o adolescente de que pelo menos ele iria a escola, depois passaria em casa para tomar banho, trocar de roupa e ajudar o irmão mais velho, depois ele poderia ir ao hospital.

― O médico comentou porque Feen nasceu prematura? ― Pete perguntou, ainda não podia ver a filha, mas Vegas a viu.

― Sua idade foi um dos fatores ― Vegas disse sentado ao lado da cama ― Ele disse que aquela vez em que você ficou ruim já era um aviso...

― Ela vai ficar bem, não é? ― O Saengtaam perguntou e Vegas assentiu sorrindo pequeno ― Como estão as crianças?

― Prapai quer vir lhe ver logo, as gêmeas já fizeram vários cartazes ― disse e Pete sorriu ― Prya disse que vai fazer uma festa e Nat... Bom, Nat tá dormindo comigo e meio que fez a cama da Feen.

― Uh?

― Quando fui pra casa ontem Prapai disse que Nat havia aprontado, e bem... Ele pegou todos os lençóis que encontrou e colocou em um canto do quarto dele e disse que ali seria a cama da Feen ― Vegas disse e Pete tentou não rir para não abrir seus pontos ― Eu disse que ela não poderia dormir ali porque era um bebê, precisava de uma cama, e ele disse que não daria a cama dele porque era grande demais pra um bebê.

― Tem que montar o berço dela ― Pete murmurou e Vegas assentiu ― Quando ela poderá sair?

― Ela precisa atingir os 2Kg, a enfermeira disse que em torno de dois a três meses ― disse e Pete fechou os olhos encostando a cabeça no travesseiro ― Ela disse que Feen é bem espertinha, então eu acho que pode ser até antes disso.

― Será que ela terá alguma sequela?

― Não sei, querido ― suspirou ― O médico disse que os órgãos dela estão bem, o problema é o peso e a respiração dela que ainda é muito fraca... Eu realmente não sei como explicar, apenas confio que ela ficará bem.

― Obrigado por contar, eu pergunto e eles me ignoram ― resmungou ainda de olhos fechados ― Parece até que eu vou poder reagir de alguma maneira.

― Eles pensam no seu bem estar, se você ficar estressado pode acarretar alguma coisa ― tocou na mão do marido ― O médico disse que você poderá sair daqui a dois dias.

― Eu não quero ir embora daqui sem ela ― abriu os olhos e virou para encarar o marido.

― Mas teremos, não tem como ocuparmos um quarto aqui, Pete ― O Theerapanyakul disse  ― Iremos para casa e todo dia voltaremos aqui para vê-la, e você vai ficar em repouso até seus pontos serem tirados.

― Odeio você.

― Também te amo.

[...]

― Olha, eu não sei fazer comida boa como os pais de vocês ― Porchay disse mexendo na carne que estava na panela ― Mas Kim até hoje não morreu, então eu devo fazer algo comestível.

― Não tem problema, tio ― Prapai disse cortando pepino e tomate para a salada ― Obrigado por ficar aqui com a gente, Sarawat precisa ajudar o tio Kim na floricultura e o Type não quer sair do hospital.

― Você entende o motivo, não? ― perguntou virando para olhar o garoto, Prapai balançou a cabeça ― E mais, eu não vejo problema em ficar com vocês.

― O senhor já tem um mês? ― perguntou colocando o pepino e tomate em uma vasilha.

― Já sim, mais de um mês na verdade ― sorriu desligando o fogo ― Acho que está tudo pronto.

A grande famíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora