IN BETWEEN - Lorde Tewksbury

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Minha mãe continua sumida, então resolvo ir para Londres me encontrar com Enola. Mal tive tempo de me planejar, eu simplesmente saio de minha cama correndo e abro o baú localizado na frente dele. Assim que o abro, vejo minha mala, que há um bom tempo não é utilizada. Pego meu dinheiro e algumas roupas para a viagem e encaixo tudo em seu devido lugar na bolsa.

Saio silenciosamente do meu quarto e vou em direção da cozinha, para pegar algo para comer durante o longo percurso que será realizado. Assim que abro minha porta sem fazer barulho, agarro minha mala e meus sapatos que não estão sendo usados para não causar barulho e acordar Allie. Desço lentamente e silenciosamente a escada e vou em direção da cozinha com muita cautela. Pego alguns frutas e cookies preparados pela minha governanta e deixo a carta de que à escrevi no balcão.

Caminho até a parte de trás da casa e procuro algo que não via à um bom tempo, a bicicleta do meu falecido pai. Coloco minha bolsa na cesta presente nela e a monto. Começo a pedalar e sigo rumo à estação de trem localizada mais ao centro da cidade.

Assim que chego perto escondo minha bicicleta perto de uma moita e vou caminhando até a bilheteria com o dinheiro que estava guardado nas coisas de meu pai.

Compro o bilhete em cerca de 15 minutos e caminho em direção ao trem que teria que pegar. Assim que encontro meu assento dentro do trem, me dou conta que não sei onde Enola poderia estar, pois ela nunca está em casa. Todavia, na última carta, enviada pela mesma, ela me disse que estava tentando começar um negócio, uma empresa de investigação.

Então esse seria o plano, sair por Londres procurando uma empresa de
Detetive, fácil fácil, não é? Confesso que não possuía muita experiência com cidades grandes, sempre fui criada na zona rural da Inglaterra, onde tudo se encontra longe.

Eu estava anotando meu plano no meu caderno quando um menino entra pela porta e senta na minha frente. Ele parecia desconfortável com o silêncio estabelecido, então eu resolvo o quebrar.

–Olá, é um prazer, me chamo Amelie Baskerville, e você é...?

O menino estranha minha atitude repentina mas acaba sorrindo gentilmente e me respondendo.

– Olá, sou o Gilbert, Gilbert Bryron. É uma honra senhorita Baskerville.

Eu não sabia mais o que falar, nem como me portar, nunca conversei com muitas pessoas, eu sempre estudei em casa e só saia para ir para Ferdall-Hall, casa de Enola, ou me aventurar na floresta. Nunca completei meu debute, sempre tive a esperança de debutar como uma dama na sociedade londrina. Gilbert parece perceber minha falta de reação e após me lançar um breve sorriso, começa a me contar o que pretende fazer em Londres, ele estava indo para estudar, já que morava no interior, do outro lado da minha cidade, que não era muito grande.

Após um pouco de conversação, me vejo pegando no sono e adormeço praticamente pelo resto do percurso. Quando me dei conta já estava saindo do trem com minhas malas. Me despedi de Gilbert, que acabou virando um bom amigo e sai da estação de trem. Mas, agora eu faço o que?

Saio da estação e sigo meu caminho, andando sem direção, completamente perdida nesta cidade gigante. Sigo andando durante toda a tarde. Já depois do anoitecer, acabo esbarrando em uma pessoa, peço desculpas rapidamente e olho para cima, apenas para ver alguém muito conhecido me lançando eu largo sorriso. E ele era ninguém mais do que Sherlock Holmes, irmão de minha melhor amiga. Solto minha mala no chão e o envolvo rapidamente em meus braços, o mesmo completa o abraço dizendo:

– O que faz aqui Amelie, porque não está em Wells?

– Sherlock, minha mãe desapareceu. - ele se separa do abraço e me olha rapidamente com um olhar curioso. Senti meus olhos cheios de lágrimas, mas não as deixo escorrer. Não posso me dar o luxo de chorar, não agora.

– Como? Faz quanto tempo?

– Três dias, eu não sei o que houve, ela só desapareceu. Sherlock, estou tão perdida. Por favor me ajude.

– Vamos, eu te levo para o meu apartamento.

– Muito obrigada Sherlock!