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Em um mar de gente, meus olhos miram-te em ti

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Em um mar de gente, meus olhos miram-te em ti

Um rosto familiar?

Um vulto do meu passado, a dúvida de meus pensamentos e a incerteza de um antigo amor

Em minha mente veio memórias que jurava ter me esquecido

Meu coração dispara sem hesitar, o ar foge de meus pulmões e um sentimento singular me abate

Meus olhos o seguem em meio a multidão de rostos insignificantes, sem pensar, como se perde-se o controle do meu próprio corpo

Meus pés vão em sua direção, o seguindo num ritmo calmo ao contrário do meu coração

Era estranho te ver ali, o destino podia ser mais casual que isso?

Você se lembra de mim?

Essa pergunta resoou na minha mente, não só naquela noite mas por um bom tempo

E se você não se lembrar?

Parei no instante que essa pergunta atravessou meu peito, como um tiro a queima roupa

Afoguei minha covardia numa garrafa de vinho barata e em lembranças de tempos distantes

Eu tinha que te deixar ir

Um ponto de interrogação em meu passado, era para ser um ponto final mas acabamos virando reticências

Nada mudou por aqui

Poetisa Do CaosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora