História 12 - Ataque Surpresa

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Ataque Surpresa

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Eles são felizes. Na vida e no amor. Vegas é um homem bom. Advogado conceituado. Comportamento ilibado. Casado com Pete. Mas a história deles não foi sempre fácil e feliz. As cicatrizes de sua alma já foram feridas bem expostas. Expostas. Sangrentas. Dolorosas.

Dizem que ninguém muda ninguém. Mas talvez isso não seja verdade. Talvez haja um modo de transformar uma pessoa em sua melhor versão. Pete mudou Vegas. Diferente das feridas que o transformaram em ruínas e esnobismo, o esmerilar do namorado sorridente trouxe à luz um homem admirável, um esposo sem reclames e um profissional sem máculas. Entretanto, isso é só um resumo do que eles viveram. Ouçamos a história desse amor e, quem sabe voltaremos a acreditar em finais felizes:

Anos antes...

Vegas Theerapanyakul

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Vegas Theerapanyakul

Pete é um homem alto e frágil. Forte em sentimentos, mas tenho sempre a sensação que ele não suportaria viver minha vida.

Filho de pais amorosos que, mesmo separados, dão a ele amor e carinho. Não entenderia minha família. Ou o arremedo de família que tenho. O pai liga se ele adoece e a mãe supre-lhe de amor. Sei que tem irmãos e quando os cita é com amor, mas nas poucas vezes que o vi com sua mãe, vejo-o como filho único e mimado. A mulher deixa de ser a empresária que é e se torna em uma mãe boba, aninhando filho e cuidando de suas vontades.

Foi na casa dela que ele decidiu nossa relação.

- Pete! Você quase nunca traz amigos aqui. Fico tão feliz quando você tem companhia.

- Ah, mamis! Ele não é meu amigo. É meu homem.

Quase que sua mãe e eu nos engasgamos com o bolo que comíamos.

- Assim você mata sua mãe, Pete! - Falei me desengasgando sozinho. Ainda envergonhado pela surpresa.

- Estou acostumada, Vegas. Imagine que foi assim que ele matou meu sonho de ter nora. Um dia ele disse: falei com papai que sou gay. Está bem para a senhora?

Ela riu, ainda tossindo. Eu só pude imaginar a cena porque na hora o pai dele ligou e a senhora foi atender.

Foi lá também que o evitei pela primeira vez.

Desde que o conheci tenho tido medo. Transar com outros homens que realmente não me enxergavam além do rosto e de minha aura sexual era fácil e acabava como começava: olhares, necessidade sexual, satisfação e adeus. Mas com ele não é assim. De alguma forma eu sabia que ele iria desvendar minha alma apenas tocando mais intimamente o meu corpo.

Ele é maravilhoso. É amoroso. E eu estou amando-o completamente. Entretanto, de hoje, eu sei que não escapo. Ele não disfarçou suas aquisições no shopping: um estoque de camisinhas, lubrificantes e lenços umedecidos. E assim, viemos para a minha casa.

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