capítulo 68°- "nosso filho"

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Liana.

Cheguei na casa que ele pediu que eu fosse,pediu não né?mandou,ele nunca pede,sempre manda! e a otária aqui sempre obedece. Já tava pronta para falar com os homens que ficavam fazendo a segurança,quando um deles me parou.
***: Fica lá dentro princesa,ele já tá chegando!—princesa? olha que afoito! também né?trabalha pra quem? manias pegam. Não falei nada e apenas entrei.
Essa casa era diferente da que ele me levou para morar,não era à casa dele oficial,na qual eu morava,era mais uma das muitas casas fake que ele tinha. Bandido é esperto né? pelos menos o meu é!
Sentei no sofá e com dois segundos levantei. Andei uns quatro passos pela casa e reparei que eu nunca tinha vindo nessa para limpar,que nem de longe eu já tinha visto. Voltei para o sofá e sentei,respirei fundo porque eu tava nervosa demais, e já estava sentido que aquilo não era bom para mim. Quer dizer,para nós! Meu Deus, que estranho pensar assim. Que não estou mais sozinha,que agora não sou mais só eu e sim nós. Talvez exista mesmo algo bom em tudo isso,pelo menos nunca mais,ou pelo menos não tão cedo eu vou estar sozinha.
Mantive minha postura ereta no sofá,tentando me distrair. Coloquei minhas duas mãos nas coxas e com um segundo já tava levantando dedo por dedo,impaciente. Eu vou ter um ataque de ansiedade,pânico,não sei. Eu não consigo parar de pensar no como ele vai reagir,no como eu vou começar contando,e quando eu ver ele...  Escutei um barulho e quando olhei pra porta,lá estava ele,de pé me olhando,só deu tempo de eu olhar pra ele,e o mesmo já foi logo desviando o olhar e colocando uma arma enorme em cima da primeira coisa que ele viu.
Meu coração bateu acelerado,mais, se é que era possível . O perfume dele era inebriante,os movimentos dele eram brutos e eu só conseguia achar aquilo tão lindo,que chegava a me faltar o ar. A cara que ele fazia me deixava nervosa e irritada,era uma expressão que me mostrava que era arriscado trocar qualquer palavra com ele . E ao mesmo tempo ele trazia uma expressão de audácia,Thiago era muito ousado,e,isso me irritava,ele constrange qualquer pessoa. Agora além de eu não querer falar mais nada,eu quero até morrer. Mas se existe uma vontade bem maior que essa dentro de mim ? aah com certeza existe. Eu só queria pular nele agora, abraçar tão forte e pedir pra ele não me deixar ir,que fosse para sempre a gente,eu ,ele e nosso filho, contra tudo,contra o mundo se precisasse.  Eu só queria me entregar para ele aqui e agora,feito uma louca,como se não houvesse amanhã. Esquecer do quanto somos problemáticos juntos. Agora pais problemáticos.
Terror:vai ficar aí só me olhando ?eu sei que sou bonito pô.—ah,ele ainda estava de gracinha?entanto a expressão dele era de quem estava cansado,acho que tá duro mesmo no 'trabalho' dele.
Liana: é mesmo.—eu juro que só pensei,mas quando dei por mim eu percebi que tinha falado em voz alta.
Um silêncio depois dessas duas meias frases tomou conta do ambiente,o olhar dele em mim,me olhando de cabeça erguida,típico de jeito de bandido mesmo,não tem porque descrever muito,todo mundo sabe como é. E eu de repente percebendo que eu não precisava ter abrido a boca,de novo ,como sempre. Eu tô com uma vergonha,pode não parecer motivo para tanto,mas com certeza se alguém estivesse vendo o clima que fica,a vergonha alheia iria gritar. Ele fica tão sexy de todas as formas. Ele está com cara de cansado,olhos fundos,o cabelo não está bem alinhado,porém ainda assim ele consegue estar no ápice da sensualidade dele.
E eu não consigo não ter vergonha quando estou com ele. O olhar dele me constrange,e eu tenho que admitir que em alguns momentos,esse sentimento não era ruim não,pelo o que me lembro,era ... Bom. Estamos a três dias sem conversar como pessoas normais,só brigamos. A três dias que não rola essa tensão sexual entre a gente. Apenas uma vibe caótica em todo o momento que estivemos perto ou dirigindo a voz um ao outro nesses dias.
Terror: tu quer subir?—eu sei. Ele está tão na seca quanto eu. E é incrível como homem é,né? ele está puto comigo,não está de guarda baixada porque me escutou séria demais no telefone. Porém está pensando em me levar para a cama agora e nem parece a mesma pessoa que me ameaçou de morte à algumas horas atrás e que parecia não querer me ver pintada de ouro. Porém eu não posso julgá-lo. Estou com algo seríssimo para contar para ele,algo que está tirando a minha paz,entanto eu poderia facilmente tacar o foda-se em tudo nesse momento e dar para ele como se não houvesse amanhã. Até porque só o nosso sexo tem o poder surreal de me fazer esquecer de tudo,esquecer do mundo.
Liana: subir pra quê? —respondi um pouco eufórica,estava na defensiva também,porém eu almejava que ele me agarrasse e me levasse lá para cima. Mas se ele não fizesse eu também não faria,porque por mais que eu quisesse mais que tudo... Ah vocês me entendem,também tenho meu orgulho .
Terror: Iiih alá, não foi tu que disse que tem um bagulho sério pra me contar?...— ele ia falar mais, mas eu cortei .
Liana : ... e tenho—ainda gaguejei.
Terror: Liana... Para de me cruzar caralho... Isso me irrita ...— eu vou ter um treco. A tensão sexual entre nós estar absurda. Meu Deus,cada vez fica mais difícil,como eu vou viver sem esse pedaço de mal caminho,eu me apaixono mais só de ver a maneira dele falar.
Liana : Sim, e o que isso tem a ver em ter que subir pro quarto?— desconversei,porque tudo que eu queria era subir,mas precisava disfarçar.
Terror : ué,essa casa aqui não é a mansão da que tu tá acostumada não,qualquer coisa mais alto e os cara lá de fora escuta.—pausa e eu não digo nada.—Então vai,solta a voz.—eu olho para a porta logo aqui atrás de mim e penso que os homens dele estão logo ali e, bom. A casa era grande mas aqui na sala não dava para contar sem que os de fora escutassem. E como ele mesmo fala que ele não confia em alguns que trabalham para ele,eu é que não vou confiar,até porque eu vou contar que estou grávida. Vai que as pessoas que querem matar o Thiago usam isso para atingir ele,querer matar eu e o meu filho,sei lá. Deus me livre não gosto nem de pensar. Volto a olhar para ele e balanço a cabeça negativamente.
Ele levantou a mão,como se dissesse "Então passa logo”. Olhei para ele ainda desconfiada,toda defensível. Porém se ele ousasse chegar pelo menos perto do meu pescoço já era todo o meu autocontrole.
Terror:para de caô Liana, eu não vou fazer nada que você não queira.—disse ao me perceber retém. Eu engoli em seco porque ele me conhece muito bem. E esse era o problema,tudo que ele quiser fazer,com certeza eu vou querer também. E esse filho da mãe já falou na intenção,sei como homem é,principalmente esse. Ele sabe como tá sendo difícil para mim,será que também tá sendo difícil para ele? tsc, que pensamento idiota esse meu,claro que não tá sendo difícil para ele . Terror tem a mulher que quiser,na hora que ele quiser. Me bateu um certo ódio.
Liana: ah... Que bom então. Porque eu não vou querer fazer nada além de conversar.— digo cortando toda essa tensão carnal.
Terror: pode pá. —disse , fazendo de novo aquela cara de filho da puta,com a cabeça erguida,me olhando de cima.
Subimos e eu senti o olhar dele me queimando,olhei pra trás uma vez e dito e feito,o cachorro estava secando minha bunda. Entramos no quarto e eu olhei tudo,bem moderno. No ponto para uma decoração a gosto.
Terror: senta aí, deixa eu tomar pelo menos um banho,rapididão.—disse e já foi logo saindo,enquanto eu sentava na cama respirando fundo. Não aguento mais esperar,preciso contar logo,tirar esse peso do peito.
Liana: tá.—digo cansada.
E ele tirou a camisa na minha frente. Eu fiquei toda desconcertada,parece até idiota da minha parte. Porém é estranho ver ele tirando a roupa quando não é para fazermos algo. Estamos brigados tem três dias e eu estou com muita saudades do corpo dele,do toque dele. Então fiquei meio que sem reação. Desviei o olhar invergonhada.
Terror: que foi?—ver só se ele não é um cachorro. Ele estuda direitinho o ponto fraco das pessoas para poder tocar justamente nele.
Liana: que foi o quê?—me fiz de sonsa também.
Terror: tu aí toda estranhona—estávamos querendo jogar tudo para o alto e pular encima um do outro. Eu conheço ele,e ele está me querendo agora como nunca. Porém,tem o orgulho dele assim como eu,o desejo dele é movido pelo o meu,por isso toda essa provocação. Será que não valia a pena que a gente desse uma namorada agora? esquecer de tudo isso pelo menos por alguns minutos. Até porque não sei se voltaremos a fazer isso novamente,depois dessa conversa.
Liana: impressão sua. É  só calor.—continuei desconversando.
Terror: Quer tomar banho também não? —perguntou  com a maior cara de cínico.
Liana: Thiago...— repreendi. Mesmo sabendo que se ele provocar mais um pouco eu vou ceder.
Terror: quê que foi porra? Tu não tá com calor? Tô perguntando se tu não quer ir tomar banho caralho,te deixo ir primeiro.—ele fez sinal com as mãos para que eu vá na frente.
Eu ainda pensei um pouco,porque até iria se fosse em uma situação diferente,se eu não estivesse vindo aqui pra contar que estou grávida dele. Com certeza quando eu falar, todo esse clima de provocação vai acabar na hora. E eu sei que ele tá perguntando se eu não quero ir primeiro,pra entrar junto depois,quando já tivesse certeza que eu estava nua. E que o senhor me perdoe, mas é por isso mesmo que eu até iria. Porém eu só queria me livrar logo disso e torço para que não saia como imaginado,que saia tudo ao contrário,que acabe tudo bem.
Liana: não,eu tô de boas.—digo engolindo em seco.
Terror: tá  com a mente mó suja em Liana,cê é louco ,não te conheci assim não. — disse e entrou no banheiro, me diz se não é muita cara de pau?
Fiquei sentava na cama e com alguns segundos ele sai do banheiro só de cueca,eu  fiquei sem saber o que fazer,juro, gelei, esqueci como se respira. Ele passou o braço por cima das minhas coxas pegando a toalha do meu lado,nem percebi que essa toalha estava aqui do meu lado.
Terror: esqueci a toalha.—disse com o rosto bem próximo ao meu,ele acabou nem pegando a toalha e continuou me encarando,aproveitou que viu minhas pernas entre abertas e colocou a mão entre uma coxa e outra. Meu corpo começou a esquentar,ele sabe que tem o controle,ainda mais assim ,com três dias sem chegar nem perto de pelos menos um toque dele. Meu peito subia e descia.
Liana: Thiago,a gente tem que conversar.—digo com os olhos fixos na boca dele. Meu peito subia e descia e eu tentava me manter firme,porém estava difícil.
Terror: a gente tem que fazer o que tem vontade.—a cara dele era de tarado.
Liana: o que você tem vontade,você quer dizer!—digo engolindo em seco.
Terror : isso... — disse bem próximo ao meu ouvido, com voz de cachorro que ele é ,e que  eu sou apaixonada. —Mas você também tem.—disse convicto,e me olhou nos olhos, depois pra minha boca, acariciando minha coxa. O pior era saber que ele tinha razão. Eu estava com tanta vontade dele,se ele não me beijasse logo,eu beijava. E ele não beijou, e então eu tentei, porque era demais para mim. Coloquei minha mão na nuca dele o puxando para mim. Nossas bocas já tinham se tocado, quando ele se afastou.
Terror: você não disse que não queria nada além de conversar?—sim, o que ele queria era me ver implorando por ele. Ele gosta disso,ele sente um tesão absurdo nisso.
Mas eu o empurro com força e levanto da cama.
Liana:você é tão idiota.— o orgulho dele me irrita,o risinho dele me irrita—Será que dá pra você parar de palhaçada? Eu vim aqui pra conversar um negocio sério com você,e talvez quando você souber,aí sim não vai querer mais nem olhar na minha cara,de uma vez por todas.—digo lembrando da frase que ele disse que não queria mais olhar na minha cara,porém,aqui estamos nós. Ele ficou sério na hora ,foi até o banheiro e vestiu de volta a bermuda, mas continuou sem camisa. Pegou o radinho que eu tanto odeio e mandou mensagem para alguém do outro lado.
Terror: enrola dois e trás pra mim.— acho que agora  ele percebeu que vem bomba. Porém eu tenho certeza que ele acha que eu vou falar algo sobre ficar aqui.
Terror: solta a voz.—ele manda enquanto apoia-se na mesinha. E eu já comecei a andar,não conseguiria falar parada. Não sabia como começar.
Terror: fala caralho.—me apressou assim que notou minha expressão.
Liana : eu…—meu Deus,como que eu vou dizer isso?parece ser tão fácil, mas não sai.
Terror : eu... Eu.— me imitou.—Você o quê porra? ficou gaga agora?— ele já tava perdendo a paciência. E eu já me irritando pela a forma que ele estava falando.
Liana: eu tô grávida.— soltei logo de uma vez.
E de repente um silêncio horrível,totalmente diferente do clima de quando eu cheguei.  Eu fiquei de cabeça baixa,e o silêncio imponente, então olhei pra ele. E percebi que ele já me olhava todo esse tempo. Olhei dentro dos olhos dele,tentado ler, mas eu via tanta coisa,que no final das contas ,não tinha certeza . Era raiva?dúvida?nervosismo? nojo? minha boca estava seca,no meu estômago parecia que morava a malária.
Terror: você acha que sou otário? — meu coração começou a bater mais rápido. Ele disse baixo,com a voz rouca,o rosto já tomava uma cor diferente,aquele já não era mais o Thiago.
***: patrão?— o menino chamou e ele foi buscar a encomenda,já veio de lá da porta com o bagulho acesso. Eu não consiguia falar nada ,NADA. Porque eu não sabia o que estava passando pela a cabeça dele. Mas pela a cara dele não era nada bom. Ele puxou duas vezes e soprou,enquanto andava pra lá e para cá, olhando pra mim.
Terror: VOCÊ ACHA QUE EU SOU IDIOTA LIANA? —gritou e eu me assustei, já me batia uma vontade de chorar. Porque eu vi pelo o olhar dele que ele não acreditaria em mim. Eu viro de costas para ele e fecho os olhos,respiro fundo e repito em pensamentos: “seja forte,seja forte,você sabia que seria assim.“
Liana: não Thiago,eu não acho que você seja idiota—eu olho para ele,quero dizer olhando dentro dos olhos dele. Para que ele veja que eu não estou mentindo—O fato de eu estar grávida de um filho seu ,não tem nada a ver com isso.— disse firme,mas só Deus sabe como eu estava por dentro. Mais longos segundos me encarando na cara. E do nada ele remete uma gargalhada,daquelas psicopatas mesmo? estilo Terror. Aquela risada de hiena, e quando ela foi embora,ele sorriu,tipo gato da Alice. Eu estou com medo,por mim,pelo o meu filho.
Terror: Liana não mente pra mim... — o interrompi.
Liana : ... Eu não estou mentindo pra você.— disse alto. Como ele pode pensar que eu estou mentindo pra ele?
Terror : VOCÊ NÃO ME CORTA CARALHO.—gritou apontando o dedo na minha cara. Quando ele viu meus olhos enchendo de lágrimas,ele virou de costas passando uma mão no cabelo.
Liana: Por que eu mentiria pra você? —perguntei com voz de choro porque eu não consegui controlar.
Terror : PORQUE VOCÊ É UMA MENTIROSA. —gritou, outra vez,virando de uma vez,me fazendo encolher pelo o susto. —Você se acha muito esperta né Liana? —eu balanço a cabeça negativamente engolindo o choro.
Liana: eu não...Teria porque mentir. —minha voz falhou.
Terror : TERIA SIM…—o peito dele subia e descia.—Você quer ficar no Alemão e agora tá inventando que tá grávida,pra mim te deixar ficar aqui. E eu que achei que você era diferente,na moral,eu nunca tive enganado, você é como as outras . Capaz de inventar isso ... —cortei ele de novo, agora eu não estava nem aí.
Liana : VOCÊ ME RESPEITA,PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA, ME-RES-PEITA.— digo soletrando. Meu Deus ,tá doendo horrores. Porque além de tudo,ele ainda me humilha,me desrespeita,mesmo me conhecendo tão bem.—Eu não sou como as vagabundas que você pega,você passou todo esse tempo me tratando como uma,MAS EU NÃO SOU COMO ELAS E VOCÊ SABE DISSO.—agora eu quem estava ofegante— Eu jamais seria capaz de inventar que estou grávida pra ficar aqui,eu sei o valor que eu tenho e você tem que aceitar isso. Porque você não aceita né?não aceita que eu não seja como essas piranha que você pega,não aceita que diferente do tipo de mina que você já se envolveu,eu tenho índole.—ele me olhava imóvel,depois fumou o baseado inteiro, e já procurou acender o outro.
Terror: não pode ser, eu nunca me descuidei.—ele só pode estar de brincadeira.
Liana : você sempre se descuidou comigo.—e ele quem insistiu nos benditos remédios,ele quem insistiu em parar de usar a camisinha. E agora a culpa é minha?
Terror: eu sempre cuidei em comprar o remédio caralho. Eu te alertava sobre essa porra. —ele fala completamente indguinado.
Liana:E eu sempre tomei…—digo depressa.
Terror: SEMPRE TOMOU? ENTÃO COMO VOCÊ EXPLICA ISSO ? —ele grita novamente,completamente fora de sí.
Liana : ISSO. —gritei apontando pra minha barriga. —É O SEU FILHO,O NOSSO FILHO.—a expressão dele mudou na hora e eu não consigui ler de novo.— E isso,acontece quando um casal transa, e eu e você, fazemos muito isso.—ele quem fugia do meu olhar,o tempo todo.
Terror: mas eu achei que você se cuidava caralho, eu sempre te lembrei dessa porra. E a gente não transa faz três dias.—homens…
Liana: eu estou com quase um mês. Eu sei exatamente o dia que aconteceu. Eu sei que eu não me descuidei!se você quer colocar a culpa em mim por algo que nenhum de nós dois tivemos culpa,então sinto em te informar que você não pode. Porque eu sempre me cuidei.—pausa—Anticoncepcionais falham Thiago, nenhum método é 100% seguro a não ser a camisinha.— disse e ele começou a andar pra um lado e outro.
Terror: um filho porra,eu não posso ...—ele estava nervoso assim como eu,eufórico.
Liana : você pode sim,Thiago é o nosso filho,meu e seu,você...—ele me corta com um grito que me fez assustar.
Thiago: EU NÃO POSSO CARALHO.—ok,é tudo muito novo para ele. Porém para mim é pior e ele precisa reconhecer isso.
Liana: não pode por quê?—perguntei com voz de choro outra vez.
Terror : você acha que eu,eu Liana,sou capaz de cuidar de uma criança,ser pai?acorda porra,tu me conhece. Eu sou um filho da puta que ...—eu o interrompi de novo.
Liana:... Acho,eu acho sim!você já mudou tanto Thiago,tanto... Uma criança...— agora foi ele quem me cortou.A gente não tinha paciência de esperar que o outro falasse. Sempre era assim em uma discussão.
Terror : ... Eu não quero mudar. —eu sei que ele tem medo.
Liana : mas você precisa.—digo porque sim,agora era a hora. Sem esperas,sem demoras,porque tinha que ser agora. Eu já estou grávida,já era,não tem o que fazer.
Terror: preciso por quê?—como ele ousa ainda perguntar o porquê?
Liana : Porque você tem uma mulher agora na sua frente,que não consegue mais viver sem você e que está grávida de um filho seu.— disse um pouco alterada.—Eu preciso de você, a gente precisa.—disse tocando minha barriga e o olhar dele acompanhou meu movimento.
Terror: você sabe o tanto que é arriscado? o tanto que é perigoso pra você e pra ele se eu deixar ele vim? —eu tive medo. Porém eu sei que ele só estar assustado. Não vai acontecer nada de ruim a gente,porque eu confio nele,eu me sinto super segura com ele.
Liana: Thiago você não tem que deixar ele vim,ele vai vim.—disse firme,pra que ele entenda que não importa o rumo que essa conversa vá tomar,mas meu filho virá ao mundo de qualquer maneira. —E sobre ser arriscado,a gente da um jeito,você sempre da um jeito ...
Terror : ... Você não intende. —disse meio alterado. —Você tem noção de quantos inimigos eu tenho ? Vocês serão o alvo.— me bateu medo novamente.
Liana: quantos bandidos do seu nível também têm uma família,mesmo correndo os mesmos riscos ? eles dariam a vida pela a família deles,e eu também daria a minha por vocês. Qual foi a parte que você não entendeu ainda Thiago?eu quero está contigo para o que der e vinher e eu tenho noção sim ,do quanto isso é perigoso. Você tem uma família agora,nunca sonhou com isso?ok,as vezes a gente acha que não pode sonhar alto mesmo. Mas é um filho teu.—de repente me bateu esperança de que ele aceitasse,visse tudo isso com outros olhos. Ele me encarava,processado tudo que eu falei. E de repente a expressão dele mudou de novo.
Terror: você tá querendo me tontear!—eu fecho os olhos e respiro fundo. Eu não vou chorar!mas como ele consegue ser tão bi instável e lunático nesse nível?
Liana : Thiago...— choraminguei cansada. Eu já falei tudo que tinha que falar. O que falar agora para que ele acreditasse?
Terror: Thiago o caralho. Quem me garante que esse filho é meu?—ele pergunta vindo até mim,me olhando nos olhos.
Liana : eu não acredito nisso.— comecei a chorar,mas dei as costas para ele e engoli todo o choro. Depois voltei a olhar dentro da retina dele.— EU NÃO TÔ ACREDITANDO NISSO.— gritei em meio a voz embargada. Respiro fundo novamente,não vou perder o controle.—Como você é capaz ?... —eu pergunto balançando a cabeça negativamente.
Terror: a gente não pode ter ele! —diz depois de alguns segundos me olhando nos olhos.
Liana : eu vou ter ele!...—digo convicta.
Terror : ... A GENTE NÃO VAI TER ELE.—gritou voando no meu braço,ele estava bem perto de mim agora e eu vi nos olhos dele o quanto ele estava desnorteado. Porém assim que ele segurou o meu braço,ele soltou na mesma velocidade. Terror se afastou de costas passando as duas mãos no cabelo.
Liana : Thiago ... Por favor...—fecho os olhos—Se você não quer ter ele. —minha voz falha. — Me deixa ter— agora eu estava me controlando pra não desabar. Porque tudo que eu queria mesmo era que ele estivesse comigo nesse momento— Eu consigo... Tudo bem eu cuidar dele sozinha ,eu vou pra pista como você queria e você nunca mais vai saber de nós. —agora eu não consegui evitar o choro e deixei que eles escapasse. Ele riu,daquele jeito psicopata dele.
Terror : é isso que você quer né? chegou aqui e contou essa história toda achando que eu já não ia aceitar e ia te deixar ir pra pista,porque tudo estava saindo como você queria. Tá grávida de algum playboy de lá vagabunda? é aquele que te mandou mensagem não é? ou é o cara da moto?—ele não esquece nada. O Terror é altamente rancoroso e alucinado. Não tem como,nada do que eu diga vai fazer com que ele acredite em mim. Porque ele não quer aceitar essa idéia.
Liana : Por favor,acredita em mim.—disse chorando muito. Era minha última tentativa. —Você sabe que eu nunca... Nunca faria isso. Sempre foi você,só você.—digo com toda sinceridade que eu tinha,porque era verdade. Um tempo calados e eu fui percebendo que ele estava baixando a guarda. E eu também fui parando com o choro.
Terror: agora não dá... Agora não...—disse sentando na pequena poltrona, e baixando a cabeça. Eu me ajoelhei para que ficássemos do mesmo tamanho.
Liana : eu sei que não é uma boa hora. Mas ninguém precisa saber. A gente espera tudo isso acabar,se você não quiser que ninguém saiba nem depois,pra mim tá tudo bem . Só me diz que vai cuidar do nosso filho comigo.—ele levantou a cabeça me olhando nos olhos.
Terror : um filho nosso...—disse baixo,com voz rouca e meu coração disparou.
Liana: Sim.—eu sorrio.
Terror : um filho seu...— meus olhos se encheram de lágrimas de esperança,porque soou maravilhosamente bem. Como se o que confortasse ele,mesmo tendo dúvida de não ser um bom pai,era saber que eu era a mãe.  A mãe do filho dele.
Liana : nosso... —ele olhava dentro dos meus olhos, ele podia ver como eles estavam cheios de lágrimas.  Lágrimas de esperança.  Então o Thiago baixou a cabeça de novo balançando negativamente.
Terror : eu não posso fazer isso com vocês... Eu não posso fazer isso com você. —repetiu,e meu mundo desabou de novo. Ele não quer esse filho e não quer se sentir culpado por me deixar tê-lo sozinha. Ele acha que essa criança será um fardo para mim.
Eu fui levantando lentamente,sentindo as lágrimas caírem descontroladamente pelo meu rosto de novo,que já ardia de tanto que eu enxugava. Eu era total decepção agora.
Liana : você quer matar seu próprio filho?!... —alguns segundos calados—Então vai ter que carregar a culpa de ter matado seu filho e a mãe dele.— as lágrimas caindo sem eu conseguir controlar,mas disse tudo firme,sem nenhuma falha na voz. E saí do quarto o deixando lá ,e por fim saí da casa ,indo direto para a minha. Tudo que eu queria agora era chorar todo o resto do dia,sozinha.

Entregue A Um Traficante Where stories live. Discover now