Capítulo 8

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Eu não podia acreditar no que estava vendo, Kiri tinha queimaduras nas mãos e nos antebraços, pareciam ser as mesmas da vez que encostou em um peixe cheio de espinhos venenosos.

- Não acredito, Kiri. - Falei indignado. - Você encostou naquilo de novo?

Ronal vinha em nossa direção com alguma coisa nas mãos, acho que era a pomada que ela tinha passado na Kiri da última vez.

- Dessa vez não foi culpa minha. - Ela fez uma cara de coitada. - Estávamos nadando próximo da barreira quando um monte de peixes vieram em minha direção as pressas. Um deles era aquele. - Ela fez um biquinho.

- Você deveria ter mais cuidado menina. - Ronal passou o remédio em suas queimaduras, não eram graves. - Toma, fica com esse para você caso precise de novo.

Ela deu a Kiri o recipiente com o remédio, certeza que fez isso só para não ter que lida com conosco novamente, ela nos achava insuportáveis.

- E você mocinha, onde estava o dia todo? - Se virou para fala com a filha que agora tinha a atenção de todos.

Eu já imaginava onde os dois podiam ter ido e o que estavam fazendo, mas decidir fica de bico fechado.

- Lo'ak e eu estávamos em uma ilha próxima, estávamos explorando ela e nem percebemos o tempo passar. - Tsireya disse calma, até parecia verdade.

Sabia que Lo'ak gostava de explorar coisas mas nesse caso não era só a ilha que ele estava explorando. Como ele mesmo havia dito outro dia, as bocas inchadas significava longas horas de pegação.
Não era da minha conta então deixei, para sorte dele Ronal pareceu acreditar.

Depois de algum tempo, avistamos meu pai e Tonowari chegando.

- Chegamos bem na hora. - Escutei Lo'ak falando baixinho para Tsireya que riu em seguida. Aí aí esse dois.

Minha mãe e Tuk também apareceram para recebê-los. Antes, minha mãe foi sabe oque tinha ocorrido com a Kiri e como todos nós, não ficou surpresa ao saber. O mesmo para meu pai.
Aproveitei o momento para informar que a criatura estava perto da li, com isso, novas regras iriam ser estabelecidas temporariamente depois. Como: não poder sair do recife. Já era uma regra mas agora tinha um motivo ainda maior.

Depois de um tempo de conversa e relatórios sobre a vila vizinha, cada um pode ir para suas casas. Já que o chefe tinha retornado, Aonung estava livre das obrigações.
Ao olhar para ele, lembrei o que pretendia fazer quando o encontrasse.

- Aonung, vamos caminha um pouco pela ilha? - Já dava para entender que eu queria conversar.

Andamos um pouco nos afastando dos outros que seguiam direções opostas a nossa. Ainda meio sem jeito eu tentava começar um diálogo que esclarecesse que aquilo já não me afetava, só que não era isso que parecia.

- Sobre aquilo que você queria conversar? - Ele quebrou o silêncio. - Já disse que está tudo bem.

- A sim, eu só queria fala que já não estava mais preocupado com isso. - Ele me olhou e sorriu.

- Que bom. - Falou. - Você deve ter ficado impressionado com meu tamanho. - Eu corei na hora. O que esse idiota estava falando?!.

O miserável começou a rir com minha reação, eu tampei minha cara com as mãos. Estava tentando não ser afetado mais por aquele assunto e ele manda essa. Desgraçado.

- Ei, ei tô brincando. - Estávamos no meio das árvores e não tinha ninguém por perto e isso me deixava ansioso. - Mas você não deve ser tão diferente de mim. Pelo menos não nesse requisito. - Ele cruzou os braços e se apoiou em uma das árvores.

Tirei as mãos da cara e olhei para ele, Aonung me admirava de cima a baixo e vez ou outro parava nos meus lábios, sabia o que isso significava. Já era noite e estava bem escuro onde estávamos. Sem sabe por que, me aproximei e o beijei. Um selinho demorado, nada de mais.
Voltado para sua postura ereta, ele parou na minha frente, me prensando sobre a árvore. Sua mão direita pegou meu queixo e a esquerda na minha cintura. Minhas mãos foram em direção ao seu peitoral, bem esculpido por sinal. Sua boca voltou a dialogar com a minha, tornado-se um beijo super intenso.

Antes que eu pudesse pensar de novo, senti a coxa de Aonung adentrar entre minha pernas, rosando a mesma sobre minha virilha. O ato me fez arrepiar por completo, ainda mais depois de sua mão, que estava na cintura, desceu para minha bunda me puxando para mais perto dele. Foi aí que sentir o volume dele sobre mim, ele estava muito exitado.

Separei nossas bocas e olhei para baixo, meu pau roçava no dele. Era estranho aquilo mas era tão bom. Ele agarrou minha boca novamente, minha pernas já estavam fracas.

- Aonung? - Estava ofegante e não conseguia olha para ele. - Minhas pernas não estão aguentando. - Minha testa repousou sobre seu ombro.

Ele não disse uma palavra, apenas me segurou um pouco mais forte e puxou meu pau para fora de onde estava escondido, fez o msm com o dele. Eu corei pois dava para ver tudo, o meu encostado no dele e sua mão quente fazia um vai e vem em nós dois.
Eu cravei minha unhas em suas costas quando começou o movimento, ouvi ele gemer no meu ouvido era muito excitante. E foi por isso que o apertei mais ainda, afundando minha cara no seu ombro e gozando na sua barriga, ele fez o mesmo na minha.

Eu tentava encontrar ar suficiente para encher meus pulmões, ainda com a testa em seu ombro, relaxei minha mãos. Desabei em seguida. Ele acariciava meu rosto e beijava minhas bochechas. Ofegante ele olhou para mim com uma cara tão sexy.

- Eu vejo você! - Disse sorrindo. Me fez rir também.

- Eu vejo você!

**********

Já deitado e pronto para dormi, me veio a mente tudo aquilo que fizemos. Nosso relacionamento avançava muito rápido, isso me assustava porém sempre queria saber onde mais iríamos chegar, aquilo me fez esquecer tudo que estava acontecendo, a sensação nova era viciante, não sabia que isso era tão bom. Nunca havia me tocando nem nada, entretanto ele sabia exatamente o que fazer. Um dia vou ter que pergunta onde ele aprende essas coisas.

- Mano? Tá dormindo? - Lo'ak me cutucou interrompendo meus pensamentos.

- Tô. - Disse indo dormi mesmo.

- Poxa cara, queria te conta sobre meu dia com a Tsireya.

- Me conta que vocês estavam se agarrando na ilhazinha? - Me virei para ele e ele pareceu chocado. Na mosca.

- Como sabe disso? - Agora ele que estava se fazendo de bobo. 

- Bocas inchadas. - Ele revirou os olhos e eu rir. - Ela gostou do colar?

- Sim. - Ele deu um sorriso fofo.

- Que bom, vai dormi. - Dei um fim no diálogo e foi dormi.

**********

Acordei assustado com o alarme, todos saíram de casa e foram em direção a praia para ver do que se tratava. Ninguém dizia uma palavra, todos os olhos estavam focados no mar. Eu estava paralisado e mesmo que quisesse não podia me mexer.

- O que é isso Tonowari?

Ronal, paralisada também, só conseguiu dizer isso.




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