Capítulo 4

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Harry teve algumas semanas cheias de emoções, após algum tempo mostrando seus reais poderes durante as aulas, ele descobriu seu novo apelido de Prodígio de Ouro da Grifinória. O garoto ficou com medo de que todo o drama de seu tempo viesse atormentá-lo nessa nova vida, e tentou diminuir a potência e ritmo de sua magia, se prendendo novamente. Contudo, seu plano foi por água abaixo em apenas dois dias, quando os professores perceberam o que estava fazendo e logo o diretor precisou chamá-lo para conversar. O homem o convenceu de não se segurar durante às aulas, além do mais, era bom ter alguém que pudesse rivalizar com o Riddle.

Tom Riddle, a última pessoa que o viajante do tempo gostaria de se relacionar, mas quanto mais o tempo passava, mais eles pareciam se aproximar. Eles não se tornaram amigos, de forma alguma, mas Harry podia ver um pouco da antiga atitude de Draco quando olhava para Tom, e isso não ajudou em nada para afastá-lo do moreno mais alto, fazendo-o desejar ter uma noite íntima com o sonserino para descobrir se ele era tão bom na cama quanto seu ex. Esse era outro grande problema para Harry em relação à Tom, o menino não conseguia segurar o desejo que tinha pelo monitor da sonserina, e isso o estava matando.

Harry não gostava de Riddle, ele sabia que o sonserino ainda não era Voldemort, e que ele não tinha assassinado seus pais, e ainda havia uma chance de impedi-lo de se tornar o Lorde das Trevas. Porém, Tom era uma fonte de problemas, não importava a situação, e Harry se sentiu como um mosquito sendo atraído pelas chamas de Riddle, porque realmente, o garoto era tão quente quanto o fogo infernal. Fosse o que fosse que atraía o jovem de olhos verdes ao sonserino problemático, estava deixando-o frustrado e mais que um pouco dolorido depois das sessões de provocações do sonserino.

E o pior, Tom sabia o que estava fazendo, ele sabia muito bem que Harry o desejava, e isso divertia o maldito sádico. Ele se sentia como uma criança que conseguiu seu doce favorito toda vez que provocava o mais baixo, e via o rosto de Harry ser tomado pela vermelhidão. A tensão entre os dois aumentava exponencialmente com o decorrer dos dias, chegando a um ponto em que as pessoas ao redor deles ficavam frustradas apenas de assisti-los.

Depois do primeiro mês de Harry em Hogwarts, ele estava caminhando pelo castelo para sua aula de poções; os gêmeos o flanqueavam como de costume, e Reynard e Wolfgang os seguiam, enquanto mantinham uma de suas acaloradas discussões sobre, literalmente, qualquer assunto aleatório. Chegando na frente da sala de aula, os sonserinos já esperavam em frente à porta, e não demorou para que um certo grupo de serpentes se aproximasse do grupo de Harry. O menino apenas revirou os olhos ao ver o sorrisinho de Riddle enquanto vinha em sua direção.

- Evans...

- Riddle. - ninguém falava mais nada nesse momento, todos concentrados na interação dos dois prodígios.

- Soube que conseguiu mais alguns pontos para Grifinória na aula da transfiguração, de novo. Me diga, qual é a sensação de ser o cachorrinho de Dumbledore?

Harry sentiu a raiva crescer em seu peito, ele nunca seria um dos cães de Dumbledore, nunca se deixaria ser enganado pelo homem de novo. - Eu não sou um cachorrinho de Dumbledore, Riddle, nunca fui e nunca serei. Eu consigo pontos com minhas próprias habilidades e méritos, você deveria tentar também. Além do mais, parece que o único professor que ainda lambe suas botas é Slughorn, não é? O que você precisou fazer para que ele te desse pontos a mais, Tommy? Um trabalhinho extra depois das aulas?

Em um movimento mais rápido do que os olhos puderam ver, Riddle tinha sua varinha pressionada contra o pescoço de Harry, uma expressão furiosa em seu rosto perfeito. O sonserino parecia prestes a lançar um feitiço, mas parou ao ver a expressão vitoriosa de Harry e sentir uma varinha sendo pressionada contra suas costelas.

Meu Amado Caos (HIATUS)Where stories live. Discover now