7° Capítulo

574 62 0
                                    


Quando chegamos na minha casa,a porta estava aberta.Dou sinal para Helena e entramos.

— Estamos no quarto,podem vir!

Elizabeth permite.

Entramos.

Quando Eliza vê que Helena veio seus olhos brilham.

— Tia Nana!!

Ela comemora e aponta para o seu lado para que Helena sentasse.

— Posso?__Helena me encara__.

— A casa é sua, senhorita!

Ela me encara e revira os olhos,eu amava provoca-la.

— Ouvi dizer que tem uma princesa com febre__Helena a pegou em seus braços__você também ouviu isso Eliza?__.

Eliza sorri dizendo que não e se aconchega ainda mais em seus braços.

— Ninguém aqui pode ficar triste,tem que ficar todo mundo feliz__Helena deu cócegas em Eliza que deu gargalhadas__.

— Tem uma garotinha também que não quer deixar a mamãe medir a febre __Elizabeth entra também na brincadeira de Helena__.

Eliza era muito difícil de tomar remédio e de fazer qualquer coisa que a lembrasse de médico ou hospital.

— Dá aqui esse termômetro__Helena pede e minha irmã lhe entrega__vamos medir essa febre bem rapidinho e se você confiar na tia,a gente vai agora comprar um pote de sorvete quando melhorar.Estamos combinadas?__.

Eliza deixou Helena colocar o termômetro para medir a sua temperatura e a pequena estava 38° graus.

— Você deu o remédio,mana?

— Não maninho,a Eliza não quer ceder como você já conhece.Eu não a pego a força, você sabe disso!

Olho para Helena em busca de pedir um socorro já que Eliza estava mais para o lado dela agora.

— Eliza,vamos tomar o remedinho e agora são dois potes de sorvete.O que acha?

Os olhos de Eliza brilham.

— Dois,assim?__ela mostra com os seus pequenos dedinhos__.

— Sim__sorri__.

Ela assente e eu e Elizabeth ficamos perplexos porém evitamos comentários.

Helena fica ciente da dosagem e coloca em uma colher...

— Abre a boca bem grande para tia,tem gostinho de morango.Vamos lembrar como é um morango?ele é vermelhinho e muito bonitinho.

— Azedo__resmunguei baixo e Helena me deu uma leve cotovelada enquanto Elizabeth me repreendeu com o olhar__.

Ué,era verdade!

Eliza tomou pela primeira vez um remédio sem manha,gritos e até mesmo vômitos.

Deixamos Eliza adormecida no quarto e fomos para a sala...

— Obrigado por tudo,Helena.

— Não tem de quê.Precisando, estarei aqui!

— Eu te levo em casa.

— Não precisa,minha amiga Sara está voltando do trabalho e vai passar aqui daqui há alguns minutos para me buscar.

— Helena?

— Sim?

— Pode vir comigo?vamos tomar um pouco de ar fresco e quero te mostrar a vista do andar de cima.

— Que andar de cima?

Ela ainda não tinha percebido então a conduzi ao andar seguinte.Sentamos em duas cadeiras de praia que tinha lá e admiramos o céu por alguns segundos em silêncio.

— A minha vida é tão corrida que confesso para você que a última vez que fiz isso tinha 8 anos de idade__Helena constata__.

— Eu acredito!

— Oliver,eu sei que hoje você completa praticamente uma semana de trabalho e em relação a isso acho estranho porque parece que te conheço há muito tempo...posso desabafar com você?

— Se não me ignorar completamente amanhã,sim...

— Por que iria te ignorar completamente amanhã?

— Porque eu já passei por isso antes...

— Não vou te ignorar completamente amanhã, entendeu?eu só quero dizer que estou com medo de ser mãe.

Me surpreendo com a sua confissão.

— Eu não tive uma boa mãe sendo assim eu não sei se eu posso ser uma boa mãe.

— Você foi maravilhosa com Eliza, acredito que você será uma ótima mãe.

— Você tem vontade de ser pai,Oliver?

— Não sei,parece estranho mas tenho o mesmo medo que você.Eu não mereço ser pai um dia, Helena.

Digo isso porque ainda me acho culpado de algumas coisas que aconteceram na minha infância.Eu perdi o meu melhor amigo na linha de trem porque estávamos jogando bola e ele era mais velho e se via no direito de me proteger,ele foi pegar a bola que era minha e infelizmente o trem o levou nessa hora,ele faleceu.

Lembro claramente das palavras do pai de Victor para mim,ele disse "um dia você vai sentir a mesma dor que estou sentindo.A culpa foi sua Oliver e você nunca vai se livrar dessa culpa.NUNCA".

Oliver,como pode dizer isso? você merece sim ser pai um dia.

Sinto toque de Helena em minhas mãos então percebo que deixei algumas lágrimas rolarem.

Sinto Helena se aproximar e sua respiração ficar cada vez mais perto,ela deita no meu ombro e depois aproxima um pouco nossos rostos,faltava centímetros para um beijo quando fomos interrompidos.

— Gente,a amiga de Helena chegou!

Nos afastamos imediatamente mas percebemos que Elizabeth não tinha visto nada porque apenas gritou a distância respeitando a nossa privacidade.

— Me desculpa,eu... não devia,Oliver!

— Sim, não devíamos Helena.

Acompanhem...

Uma Grávida em Minha Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora