08: "já se comeram?"

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Isabel Diaz

─ Você chutou a bola na cara do Gavi? ─ eu digo boquiaberta e solto uma risada baixa ─ Tadinho.

─ Tadinho nada. Foi ele que chutou na minha bunda primeiro. ─ ele diz brincando e eu rio mais alto.

Eu e Pedri estávamos conversando na mesa esperando enquanto nossa comida não chegava.

Ele me contou um pouco sobre como estava os últimos treinos e coisas engraçadas que aconteciam.

Era incrível como a nossa conversa fluía super rápido. Eu me sentia muito confortável conversando com ele.

─ Ele se machucou muito?

─ Ele já está bem. E temos o jogo amanhã, não podemos jogar sem o grande Pablo Gavi. ─ ele diz rindo e dando um gole na sua bebida ─ Eles querem comemorar em uma boate se ganharmos o jogo. Mas vamos ter que entrar escondidos lá.

Eu fico encarando ele por alguns segundos.

─ Quer ir? ─ ele pergunta com um sorrisinho no rosto.

─ Mas a gente nem jantou ainda você e já tá me convidando pra sair de novo? ─ pergunto rindo.

─ Só tô perguntando. E vai ser legal, tirando a parte de fugir dos paparazzis.

Tomo um gole da minha bebida.

─ Você não se encomoda as vezes?

─ Como assim? ─ pergunta confuso.

─ Ter que sair e ficar se escondendo dos fãs ou dos paparazzis. Parece ser... difícil e chato.

O caminho pra cá foi até tranquilo, mas no momento que paramos na frente do restaurante, várias fãs apareceram do além pra tirar fotos com ele.

Tive que entrar sozinha antes para que ninguém percebesse que estávamos juntos no restaurante.

─ É difícil. E chega a ser desagradável na maioria das vezes. ─ ele suspira fundo e passa a mão na parte de trás da nuca ─ Várias vezes os paparazzis encontravam a gente em festas e postavam absurdos falando que tínhamos usado drogas lá.

─ Sério? ─ arqueio as sobrancelhas.

─ Sim. Mas infelizmente eu não posso fazer muita coisa. ─ vejo sua mão se fechando e seu punho fazendo força para não abrir.

Coloco minha mão em cima do seu punho, fazendo um carinho de leve, sem forçar muita intimidade.

Ele morde o lábio de baixo e tenho muita vontade de morder ele também.

Ele abaixa seu olhar para nossas mãos e se alivia um pouco, parecendo mais relaxado.

─ Sinto muito. Não consigo imaginar o quanto deve ser péssimo. ─ digo quase em um sussuro.

─ É, mas vale a pena pelo futebol. ─ ele sorri sem mostrar os dentes.

─ Você realmente ama isso, né? ─ pergunto soltando nossas mãos.

─ Amo. Até demais. ─ sorrio. ─ E a sua faculdade?

─ Não tem muito o que falar. Só vou me formar daqui a uns 4 anos. E tenho que achar um trabalho de meio período enquando não me formo. ─ faço uma cara de dor e ele ri.

─ Você podia virar fisioterapeuta do barcelona quando se formar. ─ ele fala e eu solto uma risada alta.

─ Ainda tem mais 4 anos pela frente. ─ cruzo os braços em cima da mesa dando um volume nos meus seios sem querer ─ Mas quem sabe?

twitter - p. gonzálezWhere stories live. Discover now