15 | Vamos fugir, o fim.

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𝕔𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝕔𝕠𝕞 𝕡𝕠𝕟𝕥𝕠
𝕕𝕖 𝕧𝕚𝕤𝕥𝕒: ℍ𝕨𝕒𝕟𝕘 ℍ𝕪𝕦𝕟𝕛𝕚𝕟.

- Vamos sair daqui, agora! - ordenei subindo as escadas feliz, assim sendo puxado com força e impedido de subir. Cravei meus olhos ao seus e vendo sua feição de tipo "você está louco?"
- Por que está com essa cara?

- Você acha que será tão fácil assim? Não é porque temos a chave que vamos conseguir sumir daqui.

- Fugimos de madrugada, eles não vão perceber!

Risada.

- Eles tem os guardiões da noite, enquanto você menos espera, lá estão essas pessoas te caçando. Fora os labirintos, será difícil fugir tão fácil daqui desse inferno. - estava certo, segurando a raiva que subia pelo meu corpo me controlava em sua frente, sendo interrompido pelo seu chamado
- Porém, podemos ir atrás de comida...

- Pelo menos um lado bom... - suspirei um tanto desanimado

- Também podemos ouvir as conversas fora daqui, mas precisamos estar camuflados.

- Mas, como vamos se camuflar para eles não saberem? - Olhando para ele me perguntando se isso poderia ser uma ideia boa, o sorriso travesso de Lee Felix surgia de uma forma repentina e seus olhos se direcionaram para atrás da escada, olhei ainda desconexo pois não havia nada atrás, apenas uma escuridão.

- Venha comigo.

〔...〕

O som da porta, e assim ela era aberta mostrando uma sala completamente secreta em que só ele sabia e conhecia impecavelmente, cada espaço no qual ele sabia guiar, cada detalhe em que ele sabia de cor era algo estranhamente perfeito pois suas habilidades eram únicas aos escuro do lugar. Parou num canto do lugar e deslocou sua mão a cordinha que acendia a miserável luz dali, assim que puxou para baixo o pequeno brilho se fez mostrando o enorme estoque de ossos e gavetas. Meus olhos estavam despertos e aturdidos a tal cena que apreciava

Felix mantia suas bolitas - olhos - em mim vendo se estava impressionado com o tal lugar, e não se aguentou quando viu minha reação de pavor baixando sua cabeça e dando uma risada nasal. Agora, guiando meus olhos ao seus ele andou até um enorme roupeiro antigo e abrindo ele aos poucos revelando um cheiro não tão agradável a minhas narinas

- Aqui. - apontou para suas peças estranhas dentro do seu "próprio roupeiro ", assim retirando e revelando um jaleco preto e uma calça preta com coerentes.
- Essa é a roupa dos guardiões da madrugada e dos seguranças aqui de cima.

- Essa roupa me lembra uma pessoa... - estava intrigado com a roupa, olhando sem parar algo me deu gatilho

chapéu tampando a visão de seus olhos, um enorme jaleco e um terço católico em suas mãos balançando parado perto de um armário. Não podia ser, ele era o homem daquele dia?

- Felix... Essa roupa é sua? - perguntei engolindo seco, sentindo um frio na barriga

- Não, era de um dos seguranças que foi assassinado. - respondeu olhando pra roupa, soltando um riso
- Você está com medo?

- Não! - ordenei
- Não, jamais.

Ele observou a roupa e senti minha barriga doer do nada, o suor frio escorrendo só de lembrar daquilo me deixava com calafrios, Felix andou se aproximando aos poucos de mim colocando o jaleco em si e comecei a caminhar com passos para trás;

O meu medo era nítido, e ele percebia que estava com medo por causa de algo só que fazia questão de provocar, aproximando mais de mim e eu tentando fugir de si. Quando colocou de uma vez o jaleco, encaminhou sua mão direita até seu bolso e retirou um terço de lá dentro, fazendo meu corpo estremecer com a tal cena, fazendo me afastar mais de si com desespero.

Por mais que sentia medo, ele estava estranhamente atraente com a roupa e era difícil não observar seu corpo em meio ao caos dentro de mim, Felix continuava a tentar se aconchegar a mim, mas eu não queria de jeito algum ele tão perto assim.
Sentindo o meu eu em caos, escorreguei em algo mistérioso e cai puxando seu jaleco e derrubando ele junto. Deixando ele cair em cima de mim.

Seu peitoral encostado ao meu, suas pernas no meio das minhas e sua cabeça no vão do meu pescoço, percebi meu corpo entrar em choque e repensar em todas as coisas da minha vida para chegar a esse merda aqui. Meu entendimento me xingava, meu coração palpitava e minhas mãos coçando para fazer algo só que não conseguia fazer nada, apenas ficar congelado vendo tudo isso acontecer.

O seu corpo ficou imóvel por alguns segundos, eu fechei meus olhos e pensava em como fugir dessa vergonha, quando do nada, ele se levantou e saiu correndo até a porta e saindo dali. Me sentei e observei a porta, lembrando do tal acontecimento, algo que talvez para mim foi bom e ruim ao mesmo tempo? Não tenho explicações.

𝙏𝙄𝙀 𝘼 𝘽𝙇𝙊𝙊𝘿𝙔 (HIATUS) Where stories live. Discover now