CAPÍTULO TREZE

575 74 36
                                    

Terça-feira, Itália

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Terça-feira, Itália.

- Bellissimo! (que bonito!)

Me inclino perto das prateleiras com os ursinhos de pelúcia, pegando as duas pelúcias de vaquinha e colocando no meu carrinho de compras - que já estava cheio de coisas desnecessárias -, perto da garrafa de café preta.

Volto a andar pelos corredores da loja de utilidades, procurando por mais coisas desnecessárias que vou achar mais do que necessárias e acabar comprando para pagar no próximo mês. Amo e odeio ao mesmo tempo meus dois cartões de crédito quando ando por essas lojas. Ainda não sei como sobrou dinheiro do meu salário para gastar por aqui, mas vou aproveitar antes que me dê conta do que esqueci de pagar.

Paro no corredor onde têm as utilidades para escritório e pego de primeira uma luminária pequena para colocar na minha escrivaninha. Não tenho um escritório dentro de casa, claro, mas posso comprar coisas para colocar no meu quarto e no meu consultório.

Me dirijo para a fila dos caixas antes que acabe ficando sem dinheiro para pagar um uber de volta para casa e precise ir andando até o outro lado da cidade.

- Buongiorno, tutto bene? (bom dia, tudo bem?) - Cumprimento, colocando minhas coisas no caixa.

A balconista começa a passar minhas compras com gentileza para o outro lado enquanto um rapaz empacota minhas coisas e coloca de volta no carrinho. Aproveito o momento para checar o preço do Uber, quase dou um grito com o preço alto para dirigir por apenas dez minutos. Acho que ir andando não vai ser tão ruim assim, afinal.

Aproximo meu cartão da maquininha, espero ser aprovado e guardo na capa do celular.

Aviso ao rapaz que não vou precisar do carrinho, então ele gentilmente me ajudou a retirar as sacolas dali de dentro e as ajeitar em meus braços. São apenas quatro sacolas, eu consigo carregar e ainda posso fazer uma pausa para comer um cachorro quente.

Saio do estabelecimento ainda organizando as sacolas em meus braços, apesar de serem só quatro, eu preciso deixar elas no mesmo peso nos dois braços ou vou acabar andando toda torta pela rua. Minha barriga ronca de fome quando volto a caminhar com as sacolas devidamente organizadas. A sorte da minha barriga - que está roncando desde o momento em que entrei na loja - é que a barraquinha de cachorro quente não fica muito longe da loja, são só cinco minutos de caminhada e já estou em outra fila para gastar meu dinheiro.

Meu celular vibra em meu bolso assim que coloco a mão ali pagar pegar o cartão, retiro ele do bolso e desligo a chamada por já saber quem é, e então, finalmente pego o cartão.

Faço meu pedido e cruzo os braços, ainda com as sacolas ali, enquanto aguardo pela minha refeição ser feita. Não é só porque amo cachorro quente, mas juro que eu comeria facilmente ele por uma semana completa. Mas apenas uma semana porque minha barriga ia começar a reclamar da mesma comida e eu ia ser obrigada a comprar coisas novas.

Running To YouWhere stories live. Discover now