Aurora é a personificação de estresse.
Charles é a personificação de caos.
Após Charles decidir que Aurora estava devendo ele depois de um acontecimento - que foi culpa dele -, os dois passam a ficar mais tempo juntos do que definitivamente espera...
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Franzi as duas sobrancelhas ao observar a mulher de cabelos cacheados mover o mouse do computador com lentidão enquanto procura pelo nome de Aurora no sistema do hotel. Me disseram que o serviço desse lugar era impecável, mas estou começando a duvidar disso pela agilidade da recepcionista. A mulher foi muito gentil quando cheguei, porém, depois que mencionei o nome da minha italiana, ela começou a agir de uma maneira meio... seca?
Apoio os dois antebraços no balcão, inclinando minha cabeça para o lado para conseguir ver se a internet dela estava boa o suficiente para que ela conseguisse acessar a rede do hotel.
— Desculpa, mas ainda vai demorar? — pergunto, tentando não ser muito grosso com a mulher, apesar da minha paciência já estar a dois passos de acabar.
Ela não me olha, mas responde:
— Não estou encontrando o nome dela, senhor — Franzi o cenho. Eu tenho certeza que fiz a reserva de Aurora nesse hotel, ainda não estou louco. — Tem certeza que ela está hospedada aqui?
Respiro fundo, fecho os olhos e solto o ar, faço essa mesma sequência mais três vezes para não me estressar demais e gritar com a mulher. Eu preciso manter minha educação, ou Irina me acerta com um cabo de vassoura se algo que eu fizer, vazar nas redes sociais.
Olho novamente para a mulher, prestando atenção em seu crachá para não ter problemas.
— Olha só, Grace — falo seu nome enfaticamente para ver se ela acorda para a vida e encontra a merda do quarto de Aurora sem eu ter que chamar o dono do hotel. — Eu mesmo fiz a reserva dessa senhorita, e ela me confirmou ontem que já estava aqui. Então, por favor, se não for pedir demais, dê mais uma olhada, tudo bem?
A tal Grace bufa, subindo o mouse outra vez para o início da tela que estava navegando.
Mantenho meus olhos na tela do seu computador, para tentar ajudá-la de alguma maneira, mesmo que eu não saiba nem mesmo onde ficam os nomes das pessoas hospedadas.
Aperto meus lábios ao sentir um cheiro misturado de baunilha com amêndoas invadir minhas narinas sem permissão, logo ficando cada vez mais presente na recepção. Viro lentamente o rosto, sorrindo de forma instantânea ao colocar os olhos na minha italiana, usando sua nova pulseira com os três pingentes que escolhi a dedo.
Me aproximo em passos lentos, ignorando a voz de Grace me chamar, e seguindo o caminho da italiana sem pressa. Ela para, arrumando seu cabelo para trás dos ombros e encontro o momento ideal para abraçá-la por trás, envolvendo meus braços na sua cintura e descansando meu rosto no seu ombro.
Seu corpo ficou tenso contra o meu e ela não deve ter pensado nenhuma vez antes de erguer o cotovelo para me acertar, seguro rapidamente seu braço, impedindo seu ataque. Aurora vira o rosto e encontra o meu, logo sinto seu corpo relaxar nos meus braços.
— Oi, gata — sussurro, deixando um beijo casto na sua mandíbula.
— Por que você e Pietro insistem em chegar assim nas pessoas?
