Lírios

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Pov: Petunia

Com Rose não braços eu me despedia de todos, trocando olhares com Severus, puta que pariu, o que vou falar para Valter? Eles me disseram que tudo de Rose já estava no segundo quarto da casa, abrindo a porta veio aquele cheiro doce de lavanda que eu sabia que Lily adorava. Coloquei ela deitada no berço rosa claro e suspirei, Valter ia me fazer miras perguntas amanhã, mas hoje eu poderia apenas ficar olhando para aquele bebezinho que dormia tranquilamente.

                     dia seguinte

Acordar com o Valter gritando não é a melhor maneira de acordar, posso garantir isso.
— VOCÊ SAIA DA MINHA CASA E LEVE ESSA ABERRAÇÃOZINHA COM VOCÊ!
— Valter? O que está acontecendo? - falo tentando manter a voz o mais calma possível - Você vai acordar Duda.
— PORQUÊ DIABOS TEM UM BEBÊ NO OUTRO QUARTO?
Eu engoli em seco, ele descobriu mais rápido que eu imaginava.
—Valter meu amor... esse neném era de Lilian, ela e o marido inútil dela morreram e me obrigaram a ficar com a menina - resolvi que mentir era a melhor opção
Ele se aproximou de mim, com o rosto vermelho de raiva e apertou meu braço forte o suficiente para deixar roxo por algumas semanas
—EU NÃO LIGO, NÃO QUERO ESSA ABERRAÇÃO NA MINHA CASA!
—Mas querido eu não poss...
E no momento seguinte apenas senti s mão dele batendo no meu rosto e senti  o gosto do sangue em minha boca.
Ele me encarava, a raiva dele aos poucos ia diminuindo e eu sabia que daqui a pouco poderia pedir para que Rose ficasse, ele sempre se sentia culpado após as agressões.
Agora tremendo fui para o banheiro com ele me seguindo mormurando perdidos de desculpas.
Ele repete exatamente os mesmos passos toda vez, o pedido de desculpas quase inaudível seguido por um choro de criança birrenta e por fim a culpa pesa nele notando as marcas me deixando fazer um pedido especial. Semana passada ganhei uma bolsa após ele me empurrar no chão me fazendo bater as costas na quina da mesa, quando cai das escadas foi uma televisão nova, e por assim vai.
—Tunia... querida me desculpe por favor, o que posso fazer por você para me desculpar - ele interpreta bem o seu papel, repetindo cena após cena a mesma fala e o mesmo gesto batido de passar a mão suavemente na área agredida.
Faço uma cara de choro forçado e uma careta de dor, era mais uma das táticas, como se falasse 'pode me pedir, mas lembre que posso te ferir muito mais que só isso'.
Valter... deixe a menina ficar, por favor... é só isso que lhe peço. - as lágrimas escorriam pelo meu rosto e lhe molhava a mão.
—Certo Tunia, mas essa menina não vai gastar um tostão meu, tudo que ela precisar você que vai comprar com o seu dinheiro. - ele fala bruto e aperta meu queixo com força apenas para confirmar o que me foi pedido.
O abraço mesmo sentindo ânsias de vômito.
—Oh meu amor, obrigado! Você é tão gentil, muito misericordioso com a menina.
Ele assente com a cabeça me soltando e apontando para a cozinha fala:
—Vai lá e me faz algo bem gostoso para comer, pra recompensar a minha bondade.
Forço um sorriso no rosto e caminho para a cozinha e preparo o seu prato favorito, ensopado de carne com legumes e arroz branco e lasanha de carne ao molho.
'Ele come igual um brutamontes' penso ao ver ele comer e se babar todo, desviando o olhar ajudo Dudinha a comer quando escuto Rose chorar pela primeira vez no dia.
Sem olhar para Valter subo as escadas o mais rápido possível e pegando a menininha no colo.
—Está tudo bem Rose, tia Petunia vai cuidar de você.
—Tutu...
—O meu amor...
Fico ali um bom tempo ninando ela e espero Valter sair para poder descer e alimentar Rose, que se mostrada uma menina bem educada.
—Nós vamos nos divertir muito Rose, apenas eu, você e Duda contra o mundo.

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EAI??? QQ TAO ACHANDO??
QUE ODIO DO VALTER, MAS CALMA, CALMA QUE VAI FICAR BOM
NAO ESQUEÇA DE COMENTAR E FAVORITAR O CHAPIE <3

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