5: APANHADO

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Paris, França, em uma casa de sangue e ódio.

Denver Crawford

( Muito irritado e meio ciumento)


Eu não penso.

Não paro.

Não escuto.

No exato momento em que Henrieta diz que precisa de mim, pulo para fora do equipamento que estava, não me importando em vestir uma camiseta, ou ao menos avisar Sam.

É rápido e brutal, minhas questões não respondidas, quando ela encerra a ligação.

Droga, Henrieta.

Se algo acontecer com minha ratinha...

A transformação vem dolorosa e grotescamente, um grito de Sam em meus ouvidos. Já é tarde, porém, e meu lobo surge para a vida, perigoso, furioso e rápido.

Entrar na mata é como respirar para mim, correr como uma segunda pele.

Corro como fui treinado, como deveria ser, como uma máquina de matar.

E irei, se alguém tocar a garota que está sobre minha proteção.

Com gosto e muito sangue.

As árvores passam por mim, borrões e logo noto outra presença.

Sam está logo atrás, em sua moto, a expressão surpresa, mas não paro.

Fujo por entre os bosques, rastreando o seu cheiro, até o lugar exato em que ela está.

Minutos se passam como horas, até ver a pequena casa que lhe serve de lar, minha ânsia tanta, que o outro lobo quase me atropela quando derrapa.

Corro para a porta aberta, meu coração gritando de ódio, até que a vejo.

Hen caminha para fora como se sentisse, me sentisse, seus olhos surpresos e assustados.

É com um estranho alívio que observo seu corpo, porém, ela não está machucada.

Sem sangue. Sem lutas.

O que significa que a ameaça entrou e saiu, e não sei o que me irrita mais.

— Denver, Jesus, o que foi isso, cara? — Sam pergunta e olha para Henrieta com curiosidade e confusão. — Hey, eu conheço a garota. É a Oriunda que estava com Lena, lembra dela? O que estamos fazendo aqui?

Saia do meu caminho.

Rosno, pronto para dilacerar qualquer um que ficar entre mim e o que quero, seguindo direto para a garota na porta.

Seus olhos estão em mim a todo tempo, a respiração arfante como se não pudesse acreditar no que vê.

Isso, querida, sou eu, e não poderá escapar de mim como tem feito durante toda essa semana.

Pensei que ela precisava de um tempo sozinha, lidar com seus pensamentos e sentimentos, mas estou revogando.

Ela pode ficar furiosa de agora em diante, me xingar ou ignorar, desde que esteja perto o bastante para que a veja, que a toque, que a proteja.

Sem mais distância e falo sério quando chego até minha coisinha curiosa.

Paro bem em sua frente e olho fundo em seus olhos, para que veja toda a minha determinação.

Vou matar por você, meu doce, penso mesmo que ela não possa ouvir.

E destruir todos os seus inimigos.

DENVER Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin