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Félix.

Hoje será uma noite meio tensa pra mim, pois Changbin virá dormir aqui á pedido do meu irmão. Já que ele trabalhará no turno da noite, não queria deixar eu, as crianças e Jisung sozinhos.

Achei uma péssima ideia.

Não quero dormir sob o mesmo teto do homem que amo, é um atentado ao meu coração fraco. Na primeira oportunidade que tiver, já estou nos braços dele igual um trouxa.

É isso eu sou, trouxa.

Agora me encontro no estúdio de dança treinando alguns alunos novos que entrou, irei embora daqui a pouco pois prometi a Jisung que ajudaria ele com o almoço, faríamos uma noite de cinema de noite, até pegar no sono. Achei uma ótima ideia pois faz tempo que não tenho momentos assim com alguém.

Não tenho amigos, por incrível que pareça. Meu ciclo de amizades se encerrou na faculdade, pois todos decidiram simplesmente me largar pra seguir suas vidas de ricos.

Minha era de escola era tão boa. Pode ser chato o que for, se perguntar a alguém qual a melhor época de sua vida a resposta tem que ser escola. Afinal, lá você é um adolescente que não precisa se preocupar com a vida adulta.

Eu amava.

Uma pena que fui largado sem nem fazer nada.

É o destino.

Ao menos agora criei alguns laços com Jisung e seus amigos.

Saio do estúdio horas depois fechando tudo, tenho que que ir andando pois meu carro está no concerto, aquela porcaria sempre dá problema. Sei que preciso comprar outro, mas o apego que tenho com ele é grande. Foi o primeiro presente que meu pai me deu antes de morrer.

Eu e Minho somos órfãos á sete anos, nossos pais morreram em um acidente de carro que ocorreu devido à descuido de um motorista bêbado. Ocasionou no carro explodindo não sobrando nem vestígios de sua pele, apenas ossos podres foram encontrados.

Foi doloroso, até hoje eu ainda lamento um pouco. Mas evito dizer na frente de Minho, ele foi quem sofreu mais... Era apegado demais em nosso pai.

Desde lá, moramos juntos pois somos a única família um do outro. Não há parentes próximos ou avós, todos sumiram do mapa.

Nosso pai deixou a empresa pra Minho e todo o dinheiro em nosso nome, hoje temos uma vida boa. Trabalhamos por hobby, não conseguimos ficar parados em casa sem fazer nada é entediante.

Andava pelas ruas movimentadas enquanto ouvia uma música triste pensando em cada detalhe da minha vida. Sinto-me em um filme triste quando faço isso, é divertido. Já passei diversas vergonhas fazendo isso, pois caí no buraco pois olhava para o céu distraído.

Se chover agora, eu choro.

Compro um churros de uma barraca aproveitando do gosto. Fico tão focado nisso que quando vejo, estou parado perto de uma loja comendo.

Quando olho para frente, a primeira coisa que vejo é Youra. A mulher estava do outro lado da rua conversando com um homem alto, vestido de preto e máscara cobrindo o rosto. Acabei me escondendo atrás do porte de luz, olhando disfarçadamente pra não ser notado.

Fiquei meio surpreso ao ver ela dando-lhe uma arma, um revólver prata. O que ela estava fazendo com Aquilo, meu Deus? Essa mulher anda tão maluca da cabeça, nem sei o que pensar sobre isso.

Sei que irei avisar meu irmão.

Ela entra no carro depois de falar algo ao homem, e o mesmo saí em direção oposta a dela.

O TUTOR || Minsung  Onde histórias criam vida. Descubra agora