A deusa dos Aflitos e Enjuriados

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Os dias em Velaris eram lindos, mas as noites sem dúvida ultrapassavam suas expectativas

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Os dias em Velaris eram lindos, mas as noites sem dúvida ultrapassavam suas expectativas. O brilho das estrelas continuava igualmente belo, desde da última vez que esteve naquela belíssima cidade.

Aemyra poderia passar horas admirando aquele belíssimo céu, sem jamais se cansar dele.

Ela estava trajada com um vestido branco simples e leve, com adornos de flores roxas e azuis claras escolhidos por Cerridwen. E Seus cabelos estavam em um coque firme, com alguns fios soltos e adornados por alguns enfeites de cabelo, feitos por Nuala.

As gêmeas eram uma doce companhia para a deusa, mesmo que não conversassem muito. Talvez por receio de desagrada-la, o que era um pensamento tolo, já que Aemyra sempre tinha o prazer de ouvir suas criações. Sempre gostou de estar por perto, mesmo quando a Mãe não achava apropriado tal coisa.

- Obrigada, queridas - Agradeceu Aemyra com um sorriso - Quando voltar da cidade, vou ajudá-las a fazer uma torta de mertilos. Ouvi dizer ser uma das preferidas de Feyre.

- Como desejar, minha senhora - Disse as gêmeas em uníssono, se curvando levemente.

- Não precisa de formalidades comigo, meninas - Aemyra se aproximou fãs gêmeas e pegou a mão de ambas, fazendo-as olharem para ela - Não desejo que me tratem como alguém superior e distante. Não sou mais a Senhora do destino, como bem sabem. Portanto, podem me chamar de Aemyra ou Myra, se preferirem.

- Mas...- Aemyra interrompeu a fala de Cerridwen.

- Eu desejo, Cerridwen. Que possamos ser amigas, a partir de agora - Disse Aemyra - Não sou a Senhora dessa Corte, tão pouco uma deusa distante, como anteriormente. Sou apenas Aemyra. E espero que me tratem dessa forma a partir de agora. Não Senhora. Não deusa. Apenas Aemyra.

Um sorriso gentil, e um olhar doce e sereno estava sobre a face da deusa.

Nuala e Cerridwen a olhavam de forma atenta, seguidamente de um pequeno sorriso desenhado em seus lábios. Quase imperceptíveis, mas verdadeiros.

-Como desejar, Aemyra - Disseram a gêmeas, assentindo com a cabeça e se retirando dali.

Aemyra suspirou, seguidamente de um sorriso pequeno sobre seus lábios.

Há tempos que não tinha motivos para sorrir, como se seu mundo tivesse se tornado completamente um monte de cinzas sobre suas mãos. A guerra ainda era uma ideia que a deixava nervosa, pois apesar de tudo, Hybern ainda era sua criação. Seus filhos. Como os cidadãos de Velaris, a Corte dos Sonhos. A Cidade Escavada, a Corte dos Pesadelos, as demais Cortes Solares, as Cortes Sazonais de Prythian e os Seres Mortais abaixo da Muralha. Cada um deles foi feito por ela. Pensando e sonhado por ela.

E partia seu coração, ver suas criações se afundarem em uma nova guerra. Destruírem a si mesmo, em uma nova guerra. Os Grão-Senhores de Phythian lutava para proteger suas famílias, terras e seu povo. E o rei de Hybern, em busca de poder.

Corte de Amor e Ruína - CassianWhere stories live. Discover now