Acontecimentos

142 12 5
                                    

"Amar pode doer, amar pode doer às vezes"

Katsuki havia acabado de participar de mais uma missão de sucesso, seu corpo estava cansado e coberto pelas cinzas, resquício de que sua individualidade havia feito. Tudo o que queria e precisava era ir para sua casa, sentir a água quente do chuveiro se chocar contra seu corpo e receber carinho de sua namorada.

Toda aquela ação atraiu a atenção das pessoas, não tardou para que repórteres e fãs, principalmente fãs do Ground Zero, aparecessem. Todos queriam ter a chance de ver o grande pro-hero de perto, poder tocá-lo e até mesmo tirar uma selfie.

Suas fãs eram conhecidas por serem ousadas, por sempre tentar tirar uma lasquinha do loiro, claro que o irritava demais isso, em várias entrevistas ele deixava claro o quanto odiava e pedia para que elas parassem.

— Ground Zero, Ground Zero — a repórter loira o chamava — Como se sente após derrotar mais um vilão da liga? — ela se espremia entre a multidão.

— Fizemos um bom trabalho hoje, mas sabemos que há mais de onde surgiu esse e nós vamos atrás de todos — Bakugou respondeu com seu tom sério.

As mulheres ao redor soltavam gritinhos apaixonados a cada palavra que ele dizia, isso o fazia querer se contorcer a cada momento, mas precisava continuar ali para aumentar sua popularidade, que no momento estava um pouco baixa devido a um incidente.

— E você acha que a ajuda de Deku não seria bem vinda? — eles continuavam insistindo nessa história dos dois heróis trabalhando juntos.

Bakugou odiava isso, a ideia de ter que ser algo que não é, ser somente ele não bastava? Isso era uma verdadeira merda. Um herói não precisava ser popular, um herói precisava salvar as pessoas, precisava estar lá para quem precisa.

— Ground Zero? — a repórter chamou novamente.

— Penso que Deku — o loiro não pode terminar sua resposta, pois nesse momento uma fã ousada o beijou.

— Mas que porra! — Katsuki bufou e a afastou. — Ficou louca?! — Virou as costas, estava puto e sabia que alguém ficaria mais puta ainda.


{...}


"E se você me machucar
Bem, tudo bem, baby, apenas as palavras sangram"

— 'Baby? — o loiro disse ao abrir a porta do apartamento — Cheguei! — deixou o olhar vagar pelo cômodo e estranhou, tudo estava apagado. Pensou que talvez ela não tivesse chegado, deixando a preocupação de lado.

Bakugou caminho pela casa depositando as chaves do carro em uma cristaleira perto da porta, acendia as luzes enquanto caminhava até seu destino final: a cozinha, estava com muita fome e precisava de algo para se manter de pé.

Sem prestar muita atenção ao redor, ele abriu a porta da geladeira. — Cadê a cerveja que tinha deixado por aqui? — disse para si mesmo em voz alta. — Achei!

O loiro fechou a geladeira e virou-se para a bancada, dando as costas para a mesa — Ela vai chegar com fome — ele pensava alto, tinha esse costume quando sozinho — Acho melhor pedir pizza — o loiro ponderou por alguns segundos — Isso, pizza.

Bakugou deu um gole em sua cerveja e se virou para pegar o telefone — Caralho! — disse, levando a mão ao peito — Que susto da porra, Ochako!

— Oi... — a castanha murmurou, estava com um semblante sério e seus olhos denunciavam o choro recente.

— Trouxe mocchi para você..— ele disse apontando para a sacola em cima da bancada.

— Hum..— ela continuava o encarando, como se esperasse uma explicação.

Photograph Where stories live. Discover now