Epílogo

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Como prometi, eis o Epílogo!

O tempo para a chegada do bebê de Cindy e William, se arrastava junto com a ansiedade deles. William achava que o tempo estava mais demorado e Noah aprendeu a olhar o calendário, e contava nos dedos os dias que restavam.
__ Somente quatro dias para chegar na data que a mamãe disse que ela pode nascer, papai.
E então como se também estivesse tão ansiosa quanto o pai e o irmão, o bebê deu sinais de querer vir ao mundo, naquela mesma noite, acordando Cindy de um sono agitado com uma dor que a fez gritar e agarrar William com ambas as mãos.
__ Vai nascer! A bolsa estourou enquanto eu dormia!
Contrariando toda agitação de um pai que vai assistir o primeiro parto da esposa, William manteve a calma e, principalmente, a acalmou dividindo um sorriso e um beijo com ela.
__ Fique tranquila. A médica nos disse que há um tempo entre uma dor e a próxima. Vou ligar para o hospital e pedir uma ambulância o mais rápido possível.

__ Ela está chegando…Oh, meu Deus, me ajude! - implorou ela enquanto ele discava o número do hospital. __ Will! - gritou Cindy com pânico na voz.

Ele voltou para junto dela, após ter falado rapidamente ao telefone.

__ Fique comigo,Will. Eu preciso de você! - pediu ela apertando seu braço com toda a força que achou possível. __Você não tem ideia de como é, isso dói para caramba!- gritou crispando o rosto.

__ Prometo que não vou soltar a sua mão, meu amor. Faça a respiração como a médica ensinou. Respire e inspire rapidinho! Vou contar os minutos entre uma contração e outra. A ambulância já está a caminho.

E assim, em meio a dedicação, preocupação, coragem e carinho, Scarlett Collins Thompson nasceu ao amanhecer exteriorizando com seu chorinho esganiçado que precisava do aconchego e do alimento do seio da mãe.

Horas mais tarde, depois de ter passado o trauma por ver Cindy passando por tanto sofrimento, William levou a mão de Cindy à boca e beijou seus dedos um por um assim que ela foi colocada no leito hospitalar para descansar.
__ Nossa filha é linda e saudável.

__ Ela é. - disse Cindy, fraca pelo esforço do parto.

Emocionado, William sorria com os olhos querendo se derramarem, vendo a criança dormindo no bercinho ao lado.
__Todo esse cabelo encaracolado numa cabecinha tão pequena. Parece uma boneca. Você já olhou para as unhas dos dedinhos dela? São perfeitas.
Cindy olhou fixamente para o marido, prendendo a respiração. William, em pouco tempo, havia percebido todos os detalhes da bebê. Ele continuou falando e comparando as semelhanças dela entre eles e Noah, enquanto afagava a palma da mão dela. Falou sobre os pés, sobrancelhas, orelhas, como se ele estivesse admirado que a criança tivesse tais coisas. Por fim, a enfermeira informou que a nova mamãe precisava descansar. Ele calou, mas não arredou o pé da beira da cama de Cindy e nem se descuidou do bercinho, apaixonado pela outra mulher que acabava de entrar na sua vida.

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A voz calma e pausada de Cindy leu a epígrafe do livro recém lançado: __"A passagem do tempo é como as ondas do mar, que acariciam a areia levemente, mas também batem sem dó nas rochas deixando marcas profundas.
As linhas do meu rosto se tornaram mais marcadas, tornearam-me a boca e os meus belos olhos azuis de nuances violetas. Os altos e baixos da maré da vida levaram minha juventude, lançaram-me num casamento sem amor ou afinidades. O mais doído porém, foi constatar e aceitar que ele tirou-me também a liberdade. Fui, posso dizer, como a rocha, que tudo suporta.  Entretanto assim como o marinheiro, que veleja e desbrava o mundo, a algema dourada não pode aprisionar a minha imaginação, tampouco a alegria de viajar e voar com as asas da leitura."
Deveras sei que o meu sonho não morrerá comigo. Alguém muito especial, herdou o mesmo desejo de ser livre e é dona também de lindos olhos cor de violeta sonhadores."

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