Wu Yifan- Parte 2

26 3 0
                                        

                  ⚠️ Violência e Nudez ⚠️

Hong Kong, China

18 anos atrás

Fazia dez minutos que estava batendo a cabeça na parede, esperando a confirmação de que podia começar o que tinha que fazer. Odiava ter que depender de outras pessoas, no máximo aceitava apoio emocional com tranquilidade. Poderia ficar o restante da noite só testando a durabilidade do capacete contra àquela parede, mas por fim, sua voz da salvação apareceu.

Liberado.— Escutou pelo seu fone, dando um impulso para se levantar e esticar as pernas. O drone que levou até o condomínio, e que agora estava no teto da mansão do Wu, permitia que os outros Agentes acessassem todo e qualquer servidor presente na casa, era uma benção.

Sequer precisava dá alguns passos para trás para pegar velocidade, seu tamanho permitia que só levantasse seus braços e subisse no muro. Pisou no gramado do quintal imenso, era uma casa grande demais para um único indivíduo. Andou com tranquilidade pelo lugar, não poupando pensamentos de que não poderia ter uma primeira missão mais fácil que essa, o banheiro da área externa estava aberto como imaginava, e foi por lá que atravessou e entrou na cozinha.

Era um lugar muito bonito e moderno, e que chamou atenção da Jeon, talvez usasse sua Permissão de aparelhos e fizesse um delicioso misto quente na sanduicheira. Deu a volta na ilha que quase tinha o tamanho de uma ilha de fato, entrou na sala que era cinco vezes o tamanho da cozinha, era muito alta e muito branca, chegava a doer sua pouca vista. As luzes estavam todas acesas, o que indicava que ele estaria acordado, ou só era irresponsável o suficiente para esquecer de apagar antes de dormir.

As escadas que estavam ao seu lado a levaram para o segundo andar, que tinha mais uma sala, só que cheia de jogos de diversas modalidades. Ia de uma grande mesa de sinuca até várias máquinas de fliperama nostálgica. Aquele cômodo a fez ter certeza que usaria sua Permissão de aparelhos. Continuou andando até chegar em um corredor do outro lado da sala, dava para ver que o quarto dele ficava no fim, e dava mais ainda para escutar sua voz rasgada ecoando no que provavelmente era o banheiro na primeira porta do corredor.

Tirou um cubo de dentro do bolso da mochila, pelejando para achar o botando daquele negócio que chamavam de câmera, não precisava ser algo tão discreto assim para uma missão tão inane. Deu alguns passos até chegar na porta aberta do banheiro, onde não escondeu a cara de nojo ao ver o homem tomando banho e performando onde deveria ter um box, mas não tinha. Ergueu a câmera na direção dele e começou a gravar, aproveitando para também tirar algumas fotos que eram enviadas instantâneamente para alguém na empresa.

Guardou a câmera e fez mais uma careta para a cena, logo saindo dali e andando até o quarto. Era um lugar sem graça nenhuma, apenas uma cama, televisão e closet. Claro, tudo o mais luxuoso possível. Buscou por uma cadeira que estava na pequena varanda do lugar, arrastou até um canto do quarto ao lado da porta e ali sentou, esperando o dito cujo.

Três minutos depois, ele passou pela porta com uma toalha enrolada no quadril, deixando pegadas molhadas por simplesmente não ter enxugado os pés. Óbvio que não viu a Jeon ali, ninguém nunca via. Passou direto para o closet, essa foi a deixa para levantar e caminhar até o meio do quarto.

—Porra! Quem é você?!— Quase riu quando ele se assustou e bateu o pulso na parede.— Quem é você, caralho? O que tá fazendo na minha casa?!— Ele não se aproximava, certamente intimidado pelo tamanho do que nem sabia ser uma adolescente de dezessete anos. Apontou para a toalha que cobria seu quadril, indicando que tirasse.— O quê? Me responde, seu filho da puta!— Xingamentos de Filhotes faziam cócegas em suas orelhas, era quase um elogio ter eles querendo que ela morresse. Mas não queria perder tempo com um indivíduo nojento que nem ele, então apenas cruzou os braços calmamente, deixando visível seu Revólver Colt Python.— Ei ei, calma, tá tudo bem, só.....só fala o que você quer.— Óbvio que ele tinha medo de qualquer pessoa suspeita que aparecesse, afinal, maior parte do mundo lhe odiava no momento. Claro que mostrar uma arma diretamente trás uma reação esperada, mas mesmo assim era divertido.

Égide sob mudez Where stories live. Discover now