Capítulo 17

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POV Priscila

Depois de alguns dias arastada da escola, resolvi que era hora de retornar, afinal eu não poderia fugir para sempre daquela mulher.

Eu não estava sendo covarde, precisava apenas de um tempo afastada para poder pensar em tudo o que estava acontecendo de uma vez só na minha vida.

Não só a Amber saiu do buraco de onde nunca deveria ter saído, como também a Carolyna estaria voltando para Nova York em dois dias. Era tudo muito recente e eu precisava de um tempo só pra mim.

Mas além disso tudo, eu tinha certeza de uma coisa: A Amber jamais chegaria perto do meu filho novamente.

Ela não tinha direito algum sobre ele, como a advogada de Carolyna havia me explicado. Aquela cretina assinou um termo desistindo dos direitos legais que tinha e sumiu no mundo, ou seja, aquele termo não poderia ser desfeito de maneira alguma.

- Mãe? - escutei o Caio me chamando na sala e imediatamente fui até onde ele estava - Você vai me levar hoje?

- Vou meu lindo. - baguncei seus cabelos e Caio apenas revirou os olhos sorrindo - Filho. - chamei-o após alguns segundos e ele me olhou esperando que eu terminasse de falar - Posso conversar com você um minutinho?

- Eu fiz alguma coisa, mamãe? - perguntou preocupado com os olhinhos cheios de lágrimas e eu me apressei a me abaixar ao lado dele com um sorriso tranquilizador.

- Claro que não filho, você não fez nada de errado, ok? - acariciei seu rosto macio e respirei fundo - Tem uma mulher muito má lá na escola que quer... que eu divida Você com ela.

- Me cortar em dois? - ele questionou horrorizado e eu neguei com a cabeça.

- Não, meu bebê. Ela quer ver você, quer criar você, mas eu sou a sua mamãe e não ela. - expliquei e ele concordou - E essa mulher acha que você precisa ter ela na sua vida.

- Mas se ela é má, eu não quero ver ela. - falou choroso e me abraçou.

Se eu pudesse estalar os dedos e fazer com que a Amber desaparecesse, eu faria sem pensar duas vezes só pelo sofrimento que eu sabia que ela ia impor sobre meu filho.

- E eu não preciso dela, mamãe. Eu tenho a tia Malu, a vovó e o vovô, o tio Rafa e o tio Wini, com o meu priminho Breno.

- É claro, meu amor, você tem tantas pessoas que te amam. - sorri emocionada.

- E o tio Paulo. - falou contando mais um dedinho, ele já havia se perdido e estava contando dedos errados - Ah, agora eu tenho a Cah! - exclamou com um sorriso ao se lembrar da morena e eu só conseguia concordar e me sentir feliz por ter tantas pessoas ao lado do meu pequeno. - E a tia Maria, a Larissa, o tio Couto.

- Você gostou mesmo deles, não é?

- SIM! - gritou gargalhando e olhando em meus olhos com suas pequenas orbes verdes. - E, mamãe, eu te amo. Eu não quero a mulher má na minha vida.

- Nem eu meu amor. Nem eu.

————————

Cheguei na escola naquela manhã tolamente pronta para atropelar um certo alguém com meu fusca, mas para a minha infelicidade, ela não apareceu logo de cara.

O Caio se despediu de mim no portão de entrada enquanto eu fui direto para o estacionamento.

Estava feliz por não ter encontrado a abençoada, mas como minha alegria sempre dura pouco, a maldita estava lá me esperando de braços cruzados com um sorriso no rosto.

Fingi não vê-la e estacionei o carro como se ela não estivesse ali. Desci do veículo calmamente com a bolsa pendurada no ombro e tranquei o carro com tranquilidade sem sequer olhar para Amber

Red Line - CapriDonde viven las historias. Descúbrelo ahora