Capítulo 25

2.7K 170 137
                                    

POV Priscila

Estávamos reunidos, em mais uma noite em que eu tentava relaxar e distrair a minha cabeça sempre cheia de problemas intermináveis.

- E como estão indo as suas aulas? - Malu perguntou sentando-se ao meu lado e eu vi que ela me entregava uma cerveja. E como eu estava precisando de uma bem gelada naquele momento.

- Estão ótimas. - falei sorrindo - Francês é um pouco mais complicado do que imaginei que seria, mas tudo está tranquilo por enquanto.

- Você disse francês? - Larissa questionou entrando na sala e eu afirmei com a cabeça - a mamãe e a tia Cah falam francês e italiano.

- Como que é, Larissa? - Malu arregalou os olhos e levantou rapidamente - Eu preciso ouvir a Maria falando em francês. Deus, é hoje! - a morena sorriu vitoriosa e saiu da sala praticamente correndo.

- Nojenta. - murmurou Larissa e se retirou também, ainda fazendo careta.

- Larissa, chame a sua vó aqui, por favor. -pedi antes que ela saísse e a menina concordou sem dizer nada.

Balancei a cabeça rindo das duas.

Larissa e Malu se davam muito bem, o que a Maria dizia que era um grande milagre, já que a garota não aprovava nenhum relacionamento que a mãe tinha.

Dava pra saber de onde vinha o ciúmes. Elas estavam em Hanover há poucos dias, já que a Maria estava finalmente assumindo a presidência do Hospital e precisava fixar residência na cidade.

Carolyna estava enlouquecendo com a irmã, mas estava amando a companhia de Larissa, que ainda não tinha começado a estudar na nova escola.

As Borges estavam ficando na mansão, mas Maria queria achar outro lugar, um apartamento para ela e Larissa, pois achava a mansão grande demais.

- Priscila querida, a Larissa disse que você queria falar comigo. - disse Dona Fernanda ao entrar na sala, me fazendo respirar fundo.

- Sim, eu queria. - falei e Fernanda se sentou no sofá a minha frente. - Eu queria muito saber quanto irá cobrar pelos seus serviços. - a mulher franziu o cenho e me olhou como se eu, de repente, tivesse criado uma nova cabeça.

- Como assim, do que está falando? - ela questionou confusa e eu, novamente, respirei fundo.

- Por estar me representando como advogada. - falei séria e Dona Fernanda permaneceu me encarando, como se ainda não tivesse entendido ou eu estivesse falando em mandarim.

- Você está brincando? Priscila, você bateu a cabeça e ficou louca? - ela esbravejou, me pegando desprevenida. - Quem você acha que sou? Acha mesmo que eu iria cobrar algo de você, garota? Principalmente se for para esmagar aquele inseto que você um dia chamou de esposa! Eu não acredito que estou ouvindo isso. Carolyna! - gritou. - Anna Carolyna, venha aqui agora! Priscila Caliari, nunca mais me insulte dessa maneir...

- Mãe, o que houve? Por que essa gritaria toda? - perguntou Carolyna ao entrar na sala correndo e com um semblante de assustada. Eu também estava assustada.

Fernanda Borges era assustadoramente brava.

- Essa... essa...- ela apontou para mim, me fazendo encolher ainda mais no sofá - Essa inconveniente! Ela veio me perguntar quanto. Carolyna, quanto! Quanto eu cobraria pelos meus serviços! Você acredita nisso? Eu não! - Dona Fernanda saiu da sala batendo os pés, me deixando ali sozinha com Carolyna, que parecia tão perdida quanto eu.

- Eu acho que irritei sua mãe. - murmurei fazendo a morrna rir alto.

- Eu achei que tinha feito algo. - falou e sentou-se ao meu lado - Nunca mais toque nesse assunto com Dona Fernanda, ok? Você é da família Senhorita Caliari, bote isso dentro da sua cabecinha oca.

Red Line - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora